Nas décadas de 70 e 80, a juventude brasileira passou por transformações culturais e políticas. A ditadura militar deu lugar à democracia e houve avanços tecnológicos. Em Fartura, as crianças brincavam e se divertiam com atividades como desfiles escolares, festas juninas e corais. A cidade também recebeu novos moradores.
A juventude rebelde dos anos 70 e a consolidação da democracia na década de 80 no Brasil
1. Nos anos 70 a juventude já não era mais tão comportada como as dos
nossos pais, e mesmo assim eles insistiam em nos educar da mesma
maneira. Não teve jeito, estávamos entrando na década da rebeldia e
salto alto. A juventude comportada dos anos 50 e 60 deixou de existir.
Nos anos 80 o mundo teve um grande avanço tecnológico.
No Brasil, foi uma década de ouro.
Passou-se da ditadura militar à democracia de maneira madura, segura,
tranqüila.
Lamentamos a morte do presidente eleito Tancredo Neves, vimos
nascer o plano Cruzado e até mesmo acabamos virando fiscais do
Sarney.
Foi tempo de nova Constituição e acabamos por eleger nosso
presidente da República Federativa do Brasil.
Mal ou bem... não importa. Era o povo elegendo o presidente.
Era a democracia se consolidando.
5. Incêndio no edifício Joelma. No dia 1º de Fevereiro de 1974,
188 pessoas morreram e 280 ficaram feridas na tragédia.
6. Baixinho da Kaiser - Lançamento em 1984.
Na idéia do comercial algumas pessoas dançavam ao som
‘a kaiser é uma grande cerveja...’.
Um em especial chamou a atenção da produtora de tão
desengonçado e que errava coisas simples como virar para a
direita ou vice-versa e sempre atrasava as filmagens.
Nascia o baixinho da Kaiser, o catalão José Valien Royo.
Ficou 16 anos no posto.
13. Caminho Suave é uma obra didática, uma cartilha de
alfabetização, concebida pela educadora brasileira Branca
Alves de Lima (1911-2001), que se tornou um fenômeno
editorial.
De acordo com o Centro de Referência em Educação Mário
Covas, calcula-se que, desde 1948 quando teve sua primeira
edição, até meados da década de 1990, foram vendidos 40
milhões de exemplares dessa cartilha.
Em 1995, Caminho Suave foi retirada do catálogo do Ministério
Da Educação (portanto, não é mais avaliada), em favor da
alfabetização baseada no construtivismo.Apesar de não ser
mais o método "oficial" de alfabetização dos brasileiros, a
cartilha de Branca Alves de Lima ainda vende cerca de 10 mil
exemplares por ano.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caminho_Suave
14. Ainda tenho a minha,
já sem capa!
Olhem só: 1º Ano Misto!
16. Ai, como era difícil
decorar!!!
Pior que decorar era
quando a diretora nos
chamava para “ tomar
a tabuada” na
Diretoria.
17. Santinhos que eram distribuídos para os
parentes e amigos quando fazíamos a 1ª
Comunhão ou Crisma.
18. CASA PAROQUIAL
Era bastante usada nas apresentações de teatro. João
Mendes era o grande colaborador.
Também era usada para trabalhos escolares.
Chequei a assistir a apresentação do “E o vento levou” e
me lembro que o Toninho Amaral e Edna A Mazetto
foram os protagonistas!!
Encontrei uma foto tirada na Casa Paroquial, trabalho
dos estudantes do Trombi.
19. Jogral é como se fosse um coral, só que ao invés de
cânticos, é um coral falado. Falado dentro de uma ordem, o
que confere uma musicalidade e ritmo. A declamação fica
muito bonita.
Você pega o texto ou a poesia e divide em versos, que
serão declamados por 1, 2, 3, ou quantas vozes você
quiser.
O conjunto fica harmonioso.
JOGRAL
21. Arapuca
Pegamos muitas rolinhas no pasto!
A nossa arapuca era feita com uma peneira e no
galho era amarrado um barbante bem comprido para
poder ficar escondido atrás das árvores.
Depois era só fazer muito silêncio e ter muita
paciência para esperar a rolinha ir comer o farelo de
milho e poder puxar o barbante!
Uma criança da década de 70 adverte: Rolinha não faz mal para a saúde,
pois as nossas eram limpas, temperadas e fritas!
A briga era só para saber quem tinha o direito de comer as coxinhas!
26. Alguém tem
uma caneta
aí?
Está era uma perguntinha bem comum durante a época, da já completamente
esquecida fita cassete. Não que a caneta tivesse algo relacionado com a função
da fita, ou com sua reprodução, mas era porque através da caneta era possível
se rebobinar a fita com mais agilidade para o ponto que se desejasse,
liberando assim o aparelho para escutar outra.
http://coisasesquecidas.wordpress.com
27. O mês de setembro era um mês aguardado com ansiedade. Motivo:
Desfile de 7 de setembro.
A disputa era grande entre as escolas: Ginásio (Trombi), Grupão (Marcos
Ribeiro) e Grupinho (João Batista).
Uma queria ter a apresentação mais bonita que a outra. Fiz até a 8ª série
no Grupão, sempre achei o nosso desfile o melhor de todos, mas o
Trombi dava um show!!!!
A fanfarra, as roupas, os temas, não adiantava: eles eram os melhores!!!
Mas nós não admitíamos isso!!! Era o Grupão no coração!
Quando fui fazer o colegial no Trombi, enfim coloquei minha calça
vermelha, camisa branca e águia nas costas!!
Estava na fanfarra do Trombi, o nosso sonho!
Desfile 7 de Setembro
31. O Conga Branco
Usávamos outros métodos: nugete, um produto branco com uma esponja na tampa
que era passado e ele ficava branquinho (como passava na hora do desfile ele
ficava todo úmido) ou então cobríamos o lugar sujo com giz branco e torcia para
não chover!
O menino da foto, lavou na noite da véspera do desfile e colocou no forno do fogão
de lenha para amanhecer seco.A sola do conga derreteu todinha, ficou parecendo
chiclete. Não me lembro qual foi a solução encontrada por ele!! !
Todo ano era a mesma coisa: as mães pediam
para lavar o conga para ser usado no desfile...e
a gente ia deixando para última hora e acabava
não lavando.
Já li um texto que dizia que nós resolvíamos
tudo rapidinho, encontrava a solução na
hora...e não é que é verdade mesmo?
35. FOTO 3X4
Era um horror, ficar lá, parada, sem piscar, sem se mover aguardando o
Toninho Neves fazer o clik com aquela máquina antiga .....e não adiantava,
quando era revelada a boca estava torta, um olho aberto e o outro meio
fechado, cabelo escorrido, rindo, com cara de choro e assim vai...ou melhor:
ia!!!
O pior era quando o Sr. Toninho colocava naquele quartinho que tinham as
fotos expostas para quem quisesse ver!
Hoje existem as máquinas digitais e inúmeros programas para corrigir o que
você não gostou...tudo ficou mais fácil, mas para nós......quanto desgosto!
Veja se você está em uma delas!!!
36.
37.
38. Pressa pra que??
Naquela época o
tempo demorava
mais para
passar...dava tempo
de estudar e sobrava
muito tempo para
brincar. Tinha tempo
e paciência de ficar
vendo a Priscila
pegar um peixe, já
que nunca tive
paciência para
pescar!
Vai entender!!
Foto tirada no Porto de Areia do
Miguel Perini no bairro Taquara
Branca e hoje tem a balsa.
41. Formandos de 1981 no Trombi
Bertinho, Edna, Paulo, Jacqueline, Leude, Maria do Carmo, Celinha,
Célia, Eliana, Mara, Sara, Marcos, Cida, Anselmo, Paulo, Kátia,
Marlete, Cinira, Maria José, Yonara, seminarista, Alair Seminarista,
Cida Ramos, Bere, Cidão Seminarista, Adauto Seminarista, José Luis e
Cateto.
Eduardinho Gianeti e as professoras Cidinha e Marta.
42.
43. Baile na Garagem
Costumavamos falar brincadeira
na garagem.
Reunia os amigos, o disco na
vitrola e a nossa festa era um
sucesso!
Esta foi feita na garagem da
casa do Miguel Perini
Priscila e Eron
47. Ricardo e Joselita
Já ouviram a frase “ do
tempo da guaraná de
rolha”?
Pois esta garrafa, a
caçulinha, tinha a
tampa de metal
revestida com cortiça
na parte de dentro.
Portando não somos
da época que a tampa
era de rolha, isso foi
antes, em 1900, nós
somos do tempo que o
revestimento era de
cortiça!!
54. Na década de 80, Sebastião Amaral deu um
show...
Ele conduziu de trole uma noiva pelas ruas da
cidade e devidamente trajado, acompanhou a
noiva ao altar.
58. CORAL CIDADE DE FARTURA
Nos anos 1978/79 Dona Dinayde Rocha reunia em sua casa amigos e
alunos para ensaiar cantos....daí foi surgindo o nosso coral que ganhou
muitos prêmios na região.
Mais tarde passamos a ensaiar na Igreja Presbiteriana e a turma se
formou.
Estão na foto: Ana Luiza Garcia, Claudia Andrade, Maria José Mazetto,
Kátia Lolita Dognani, Jacqueline Villa, Berenice Alves, Dinayde Rocha,
Yonara, Dona Lucila Cagnoni, Dona Lila Gigliucci, Diane C Rocha,
Marlene Rocha, Reacy Lucarelli, Renné, Hélio Rocha, José da Costa,
Paulo, Cebolinha, Dona Ida, Garcia, Laércio, Vitor Cola, Lindolfo e Prof.
Hézion.
60. 1976....Certo dia, acordamos e estávamos com moradores novos na
Vila Velha!!!
Quem seria aquele Senhor com a esposa e muitos filhos?
Nunca tínhamos vistos por aqui, não conhecíamos ninguém da família,
todos estranhos. Eu morava uma rua acima da casa deles, e morria de
curiosidade daquela família: todos rindo, dançando, muito samba e
torcida do SPFC.
O casal e os filhos pequenos chegaram, depois veio mais um filho, mais
outro e não parou mais!
Aos poucos deixaram de ser desconhecidos conquistando seu lugar na
cidade e o coração de muitos amigos!
OS BAIANOS CHEGARAM!!
Sr. Antônio e Dona Conceição trouxeram alegria para a cidade!
62. Foto tirada no Bairro
Pinheirinho.
Oliveiros Dognani e
seu amigo Luizinho,
que infelizmente
estava entre as
vítimas do incêndio
do Edifício Joelma
em 1974.
63. Festa Junina
Nos mês de junho as escolas
faziam as festas juninas.
Tínhamos a quadrilha, maça
do amor, pipoca, quentão e o
famoso Correio Elegante,
quando aproveitávamos para
mandar recadinhos
apaixonados!
Esta foto foi tirada no Marcos
Ribeiro em 1976
Kátia Dognani e um dos irmãos Amamura
64. Os pares não davam
certo? Faltava homen?
Tudo bem, as mulheres
iam vestidas de homens
e os pares ficavam
perfeitos.
Estão nesta foto: Maria
Regina Cândido Araújo
(Centro de Saúde), Irene
Toyoko Amamura e
Maria do Carmo Richter
(Cozinha piloto)
Também da época de
70!
65. Festa a fantasia? Não...simplesmente foram para a praça assim...
Estão na Foto: Berenice Alves, Valtélia, Rui Dealis, Marlete Garbeloti,
Andrade, Nelsinho, Ricardo Stela, Kiko Rocha, Kátia Dognani e
Edilson Codognoto.
66. Essa foi a época do RPM, época da porradinha (sprite com pinga), do Sérginho
Lucarelli,e muitas outras coisas.
Sempre fomos os últimos a sair da lanchonete. Somente quando a Fia e o Tataco
começavam a jogar água para a limpeza.
Tataco e Fia...de quantas paqueras e namoros eles foram testemunhas!
67. Hoje é só nostalgia!
Nossa infância de 70, nossa
adolescência de 80 hoje viraram
recordações.
Muita coisa mudou, muita coisa
acabou, muitas melhoraram e outras
pioraram, até mesmo a nossa oração
antes de dormir para o Santo Anjo
Guardador acabou esquecida...
Nunca tivemos tecnologia, tantas
informações e conhecimentos, mas
tivemos muitos amigos, muitos
tombos, muita diversão!
Nunca tive a minha Caloi, mas... e
daí? Eu andava na garupa de quem
tinha e o tombo era mais
emocionante!
Nós temos algo em comum: uma
infância e adolescência única!!
68. Fartura, 24 de janeiro de 2010
Textos e fatos pesquisados na Internet
Fotos cedidas por amigos e parentes
Música: Stand by me
kld
litara@itelefonica.com.br