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Ciberjornalismo

MPinto | DCC- UMinho | 2007
Terminologia
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Jornalismo digital
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Webjornalismo
Jornalismo online
Ciberjornalismo
Marcas do
ciberjornalismo:
• Hipertextualidade
• Multimedialidade
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Hipertextualidade:

• Forma de organização de um texto, que
permite ligar qualquer uma das suas
partes a outro texto ou documento.
• <a href=“[endereço web]"> [NOME]</a>
• <img src=“[endereço web]”/>
“A mente humana opera
por associação. Com um
dado item ao seu alcance,
salta instantaneamente
para o seguinte que lhe é
sugerido por associação de
ideias, segundo algum tipo
de rede intrincada de
pistas transportadas pelas
células do cérebro”
Vannevar Bush (1945) “As We May Think”
The Atlantic Monthly, July
www.ps.uni-sb.de/~duchier/pub/vbush/vbush-all.shtml
Ted Nelson

Propõe o termo “hipertexto”
numa comunicação que
apresentou na Association
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Sobre o hipertexto
• Da linearidade bidimensional à
tridimensionalidade
• Valorização da profundidade, tendo como
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bidimensional
• Mais do que um conjunto de links numa
página: uma estrutura
• Recepção como exploração,
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Multimedialidade:

• Processamento (e difusão) de mensagens
compostas por diversos códigos - textuais,
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Interactividade:
• Possibilidade de todos os
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comunicativo – fontes,
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entre si.
Novas ferramentas
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• Blogging, Self Media: novas designações para utilizadores
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• Liberdade face às agendas de outrem, no que diz respeito
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• Os caminhos dos info-espaços são construídos sobre
links. Ler e escrever através dos processos de ‘linkagem’
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estão a realizar.
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• Escrutínio público e complemento dos media
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• Jose Luis Orihuela, Los 10 Paradigmas de la eComunicación
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• Gillmor, D. (2004) We the Media – Grassroots journalism
by the people, for the people [Trad. Port.: Nós os Media.
Lx: Presença, 2005]

http://www.authorama.com/we-the-media-1.html
• Neil Postman: Informing Ourselves to Death
http://www.mat.upm.es/~jcm/postman-informing.html
• M. Pinto: Jornalismo, Tecnologia e Mercado (texto
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Concepções de jornalistas portugueses
sobre o ciberjornalismo
•

•

Não existem diferenças de fundo (normas
deontológicas e exigências de verificação
da informação...)
inquietações e perplexidades quanto a
incidências na prática do jornalismo:
–

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imediatismo, dificuldade de verificação, ênfase
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Ciberjornalismo: Marcando o Futuro da Informação

  • 3. Marcas do ciberjornalismo: • Hipertextualidade • Multimedialidade • Interactividade
  • 4. Hipertextualidade: • Forma de organização de um texto, que permite ligar qualquer uma das suas partes a outro texto ou documento. • <a href=“[endereço web]"> [NOME]</a> • <img src=“[endereço web]”/>
  • 5.
  • 6. “A mente humana opera por associação. Com um dado item ao seu alcance, salta instantaneamente para o seguinte que lhe é sugerido por associação de ideias, segundo algum tipo de rede intrincada de pistas transportadas pelas células do cérebro” Vannevar Bush (1945) “As We May Think” The Atlantic Monthly, July www.ps.uni-sb.de/~duchier/pub/vbush/vbush-all.shtml
  • 7. Ted Nelson Propõe o termo “hipertexto” numa comunicação que apresentou na Association for Computing Machinery, em 1965.
  • 8. Sobre o hipertexto • Da linearidade bidimensional à tridimensionalidade • Valorização da profundidade, tendo como ponto de partida uma superfície bidimensional • Mais do que um conjunto de links numa página: uma estrutura • Recepção como exploração, reconstrução, escolha de possibilidades
  • 9. Multimedialidade: • Processamento (e difusão) de mensagens compostas por diversos códigos - textuais, visuais, sonoros – mas dotadas de unidade comunicativa.
  • 10.
  • 12. Interactividade: • Possibilidade de todos os interlocutores no processo comunicativo – fontes, jornalistas e público interagirem com o meio e entre si.
  • 13. Novas ferramentas - auto-edição • Blogging, Self Media: novas designações para utilizadores que querem ser mais activos e iniciar actividades mediáticas • Liberdade face às agendas de outrem, no que diz respeito a temas e frequência • Os caminhos dos info-espaços são construídos sobre links. Ler e escrever através dos processos de ‘linkagem’ constitui a competência mais estratégica que os bloggers estão a realizar. • Da periodicidade ao tempo real: perda de espaço de reflexão, ganho de dinamismo e conversação, ampliação do espaço público e novas redes sociais • Escrutínio público e complemento dos media
  • 15. Um novo jornalismo emergente? “Em vez da anarquia jornalística ou da informação amordaçada, procuro um equilíbrio que, simultaneamente, preserve o que o sistema actual tem de melhor e estimule o emergente jornalismo de publicação pessoal, o do futuro (…) perfeitamente ao nosso alcance (…). A possibilidade de qualquer um produzir informação dará voz a pessoas que a não têm tido”. D. Gillmor (2005) Nós os Media. Lx: Presença, p.19
  • 18. Sugestões de leitura • Jose Luis Orihuela, Los 10 Paradigmas de la eComunicación http://mccd.udc.es/orihuela/paradigmas/ • Lasica, J.D. (2003) We Media – How audiences are shaping news and information http://www.hypergene.net/wemedia/ • Gillmor, D. (2004) We the Media – Grassroots journalism by the people, for the people [Trad. Port.: Nós os Media. Lx: Presença, 2005] http://www.authorama.com/we-the-media-1.html • Neil Postman: Informing Ourselves to Death http://www.mat.upm.es/~jcm/postman-informing.html • M. Pinto: Jornalismo, Tecnologia e Mercado (texto fotocopiado) • Diaz Noci; R. Salaverría (coords.) (2003) Manual de Redacción Ciberperiodística. Madrid: Ariel
  • 20. Apêndice: • Um estudo feito em 2001, com cerca de meia centena de jornalistas portugueses de vários media, incluindo digitais, sobre as mudanças no campo jornalístico
  • 21. Concepções de jornalistas portugueses sobre o ciberjornalismo • • Não existem diferenças de fundo (normas deontológicas e exigências de verificação da informação...) inquietações e perplexidades quanto a incidências na prática do jornalismo: – – potencialidades do multimedia, maior contextualização, acesso a fontes, interacção com o público, ausência de limites espáciotemporais imediatismo, dificuldade de verificação, ênfase nas breaking news, prejuízo para géneros como a reportagem
  • 22. O ciberjornalismo e o relacionamento com as fontes • No fundamental, não há mudanças nem questões novas • Facilita-se o acesso, recorrendo ao e-mail, incluindo de fontes estrangeiras • Há muito mais fontes: problemas de credibilidade e desafio à verificação e cruzamento • Risco de maior distanciamento, relações impessoais.
  • 23. • • • • O Ciberjornalismo e o relacionamento com os públicos Maior interactividade e proximidade Públicos mais valorizados: interventivos, exigentes, participantes Informação mais rápida, descartável, menos contextualizada, logo: menos formativa Públicos mais voláteis, segmentados, menos fiéis, mais ligados ao que é útil no momento.
  • 24. Designações emergentes de ‘produtores de conteúdos’, ‘jornalistas polivalentes’ • Abertura relativa à polivalência (o “verdadeiro jornalista” é ou deve ser polivalente) • Mas: se lhe pedirem que faça tudo, não fará nada bem e usurpará funções • Designação de quem pretende reduzir o jornalismo a produto vendável • Produtores de conteúdos? Designação perigosa; é negação do jornalismo.
  • 25. Aspectos positivos do J.online • favoreceria um jornalismo mais contextualizado e apoiado na pesquisa; • estimularia o aproveitamento das potencialidades multimedia dos factos reportados; • permitiria a correcção in situ dos trabalhos disponibilizados, uma vez verificada a existência de erro • Ausência de limitações de espaço e tempo
  • 26. Aspectos negativos do J. online • a velocidade exigida prejudicaria o cruzamento de fontes, o aprofundamento e a filtragem dos assuntos; • o jornalismo online seria “stressante” no que se refere a “breaking news” • não favoreceria a investigação e o investimento em géneros nobres como a reportagem • Imediatismo e ausência de distanciamento