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CROMATOGRAFIA

    Marilena Meira
1. Histórico
               Em 1903, o botânico russo
               Mikhail Tswett conseguiu separar
               pigmentos vegetais passando,
               através de uma coluna contendo
               CaCO3,     uma     solução   de
               pigmentos dissolvidos em um
               hidrocarboneto.




               Obteve um registro colorido do
               processo de separação
               cromatos: cor ; grafia: registro =
               CROMATOGRAFIA.
2. Definição de Cromatografia:
 Método físico-químico de separação baseado na
 migração diferencial dos componentes de uma
 mistura devido a diferentes graus de interação
 entre duas fases imiscíveis, uma móvel e outra fixa.

 • Fase móvel: solvente (gás ou líquido)
   que se move através do sistema
   (coluna ou placa), carregando os
   solutos.

 • Fase Estacionária: sólido (ou líquido
   impregnado em um sólido) que
   permanece fixo no sistema (coluna ou
   placa).
3. CLASSIFICAÇÃO
 1. PELA FORMA FÍSICA DO SISTEMA CROMATOGRÁFICO:
 •   CROMATOGRAFIA PLANAR
 •   CROMATOGRAFIA EM COLUNA

 2. PELA FASE MÓVEL EMPREGADA:
 •   LÍQUIDA
 •   GASOSA
 •   SUPERCRÍTICA

 3. PELA FASE ESTACIONÁRIA UTILIZADA:
 • SÓLIDA
 • LÍQUIDA
 • QUIMICAMENTE LIGADA

 4. PELO MODO DE SEPARAÇÃO:
 • ADSORÇÃO
 • PARTIÇÃO
 • TROCA IÔNICA
 • EXCLUSÃO
CROMATOGRAFIA




TÉCNICA                    PLANAR                         COLUNA




FASE                     LÍQUIDA          LÍQUIDA               GASOSA
MÓVEL



FASE           LÍQUIDA      SÓLIDA    LÍQUIDA    SÓLIDA    LÍQUIDA   SÓLIDA
ESTACIONÁRIA


                CP           CCD      CLL       CLS; CE     CGL      CGS
4. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA

 1. CROMATOGRAFIA POR PARTIÇÃO OU LÍQUIDO-
    LÍQUIDO (CLL)
 2. CROMATOGRAFIA POR TROCA IÔNICA (CTI)
 3. CROMATOGRAFIA POR EXCLUSÃO (CE)
 4. CROMATOGRAFIA POR ADSORÇÃO OU
    LÍQUIDO-SÓLIDO (CLS)

                        CL


           CLL                    CLS
                  CTI        CE
4.1. CROMATOGRAFIA POR PARTIÇÃO OU
LÍQUIDO-LÍQUIDO (CLL)
 • A separação é baseada nos
   diferentes coeficientes de
   partição (solubilidade) dos
   componentes da mistura
   entre     dois     solventes
   imiscíveis, um fixo (fase
   estacionária)    imobilizado
   na    superfície    de   um
   suporte sólido e o outro
   móvel.



                                  FASE MÓVEL   F. ESTACIONÁRIA
EXEMPLO DE CROMATOGRAFIA LÍQUIDO-
LÍQUIDO: CROMATOGRAFIA EM PAPEL (CP)
 • A celulose do papel forma pontes
   de hidrogênio com a água, que fica
   retida formando a fase estacionária.
 • A separação da mistura é baseada
   nas diferentes solubilidades
   relativas dos componentes na fase
   móvel e estacionária.
 • A fase móvel sobe por ação capilar.
 • Os componentes mais solúveis na
   fase estacionária serão
   seletivamente retidos, tendo uma
   movimentação mais lenta.
FATOR DE RETENÇÃO (Rf)
  Rf =   Distância percorrida pela substância
         Distância percorrida pela fase móvel




                                  Rf = ds
                                       dm
                           dm
           ds1

                 ds2
SUBSTÂNCIAS SEPARADAS POR
CROMATOGRAFIA EM PAPEL
 • COMPOSTOS HIDRÓFILOS
   (HIDROSSOLÚVEIS) COMO ÁCIDOS
   ORGÂNICOS E ÍONS METÁLICOS.
4.2.CROMATOGRAFIA POR TROCA IÔNICA (CTI)
  Trocador catiônico
                       • A fase estacionária é
  +                      constituída por uma
                         matriz com grupos
          -
                         funcionais ionizáveis.
         +             • Trocadores catiônicos,
                         têm sítios carregados
                         negativamente
  Trocador aniônico      adsorvendo cátions.
                       • Trocadores aniônicos têm
  -
                         sítios ativos carregados
          +
                         positivamente
          -              adsorvendo ânions.
TIPOS DE FASES ESTACIONÁRIAS NA
CROMATOGRAFIA POR TROCA IÔNICA (CTI)

• Derivados sulfônicos de copolímeros do estireno e
  divinilbenzeno. Fortemente catiônica.
• Amina quaternária de copolímeros do estireno e
  divinilbenzeno. Fortemente aniônica.
• Resinas com o grupo ácido carboxílico. Fracamente
  catiônicas.
• Resina com o grupo funcional amina primária.
  Fracamente aniônicas.
• Derivada da celulose: por tratamento químico, em
  geral sulfonação.
• Sílica-gel impregnada com trocadores iônicos
  líquidos (ex: triisoctilamina)
TROCADOR CATIÔNICO: ESTIRENO-
DIVINILBENZENO SULFONADO.
                   CH C CH C CH C
                      H2   H2   H2



                   SO3-H+     SO3-H+
          CH CH2   CH C CH C CH C
                       H2  H2     H2



                   SO3-H+
                             SO3-H+
          CH   C CH C CH C CH C
               H2   H2   H2   H2



                 CH    SO3-H+ CH
TROCADOR ANIÔNICO: AMINA TERCIÁRIA
ESTIRENO-DIVINILBENZENO.
                  CH C CH C CH C
                     H2   H2   H2



                    CH2NR3+OH-           CH2NR3+OH-
         CH CH2   CH C CH C CH                C
                     H2   H2                  H2



                    CH2NR3+OH-
                                         CH2NR3+OH-
         CH   C CH C CH C CH C
              H2   H2   H2   H2



               CH          CH2NR3+OH-
                                        CH
TIPOS DE FASES MÓVEIS NA
CROMATOGRAFIA POR TROCA IÔNICA (CTI)

 • Soluções tampões (pH 3,0 – 8,0):
   Tampão de Fosfato de pH = 8,0.
   Tampão de Fosfato de sódio de pH =
   3,4.
 • Soluções de sal: 0,1 – 0,2 M de LiCl ou
   NaCl.
 • Água destilada.
 • Qualquer solvente orgânico.
4.3. CROMATOGRAFIA POR EXCLUSÃO (CE):
Cromatografia de permeação ou filtração por gel

 • Baseia-se em um processo puramente
   mecânico. A fase estacionária é uma matriz de
   composição inerte, com partículas de forma,
   tamanho e porosidade uniformes.
 • As moléculas menores são capazes de
   penetrar em todos os poros da fase
   estacionária, ficando mais tempo retidas,
   enquanto as maiores são excluídas de todos
   os poros, passando entre os grânulos,
   arrastadas pela fase móvel.
CROMATOGRAFIA POR EXCLUSÃO (CE):




    A fase estacionária mais usada é um gel de
 dextrano (um polissacarídeo com unidades de
 glicose),  conhecido    comercialmente  como
 Sephadex.
4.4. CROMATOGRAFIA LÍQUIDO-SÓLIDO:
CROMATOGRAFIA POR ADSORÇÃO

  • Baseia-se na adsorção seletiva dos
    componentes da mistura pela fase
    estacionária por ação de forças eletrostáticas
    e nas diferentes solubilidades que estes
    componentes têm na fase móvel.
  • São exemplos: Cromatografia em coluna
    (CC) e Cromatografia em camada delgada
    comparativa e preparativa (CCDC e CCDP).
Adsorção e Absorção

   • Absorção: penetração de um material na
     massa de outro por ação molecular ou
     química. A substância absorvida infiltra-se
     na substância que a absorve.
   • Adsorção: adesão das moléculas de um
     material sobre a superfície de um sólido ou
     líquido em que estas estão em contato.
     Quanto maior a superfície do adsorventes
     mais forte a adsorção.
Escolha do adsorvente e eluente na
Cromatografia por Adsorção
 •    Pontos a considerar:
 1.   Características da amostra
 2.   O Adsorvente ou fase estacionária
 3.   O eluente ou fase móvel
Características da amostra:
 1.   Acidez, basicidade, caráter iônico, solubilidade,
      reatividade com o adsorvente e solventes,
 2.   Constituição química:
 •    ligações duplas, particularmente conjugadas
      aumentam adsorção.
 •    Compostos com pontes de H intramoleculares
      são menos adsorvidos que seus isômeros.
 •    Grupos funcionais aumentam afinidade de
      adsorção. Este efeito decresce na ordem: -
      COOH, -CONH2, -OH, -NHCOCH3, -NH2, -
      OCOCH3, -COCH3, -NO2, -OCH3, -H, -Cl.
Pontes de hidrogênio intramoleculares fazem com que
o composto seja menos adsorvido que seu isômero:

         H
     O       O              OH

                 OH

                                   COOH
             1               2

       Com a formação das pontes de H
intramoleculares, menos moléculas do
composto orto (1), relativamente ao para
(2) , estarão formando pontes de H com a
                                           1   2
sílica, daí maior rapidez na eluição.
Escolha do Adsorvente

    COMPOSTOS          ADSORVENTES
                    ÓXIDO DE ALUMÍNIO
     LIPOFÍLICOS
                    SÍLICA-GEL



                    CELULOSE
     HIDROFÍLICOS   CELULOSE COM
                    TROCADORES DE ÍONS
                    KIESELGUR
                    POLIAMIDA
Principais adsorventes
 • Sílica-gel: Separa bem aldeídos, cetonas,
   alcalóides, açúcares, fenóis, esteróides,
   terpenóides, ácidos graxos e aminoácidos.
 • Alumina ou óxido de alumínio: Útil na
   separação de hidrocarbonetos policíclicos,
   alcalóides, aminas, vitaminas lipossolúveis e
   algumas cetonas. Inadequado para
   flavonóides e cetonas insaturadas.
 • Kieselgur (Terras diatomáceas ou diatomita).
   Ácido silícico de origem fóssil. É utilizado
   como suporte nas separações por partição.
Principais adsorventes

 • Óxido de magnésio: Usado para
   compostos aromáticos e substâncias
   com várias ligações duplas conjugadas
   (Ex: carotenóides).
 • Celulose e celulose modificada: Para
   compostos hidrofílicos (aminoácidos,
   ácidos nucléicos, açúcares, glicosídeos.
 • Poliamida: Separa flavonóides, fenóis,
   nitroanilinas, benzofenonas e derivados
   de aminoácidos.
Escolha da Fase móvel

 • Sua escolha depende do adsorvente
   utilizado, sua atividade e da classe de
   compostos da amostra.
 • Misturas equieluotrópicas: Misturas de
   solventes distintas que originam iguais
   deslocamentos de uma mesma
   amostra.
Ordem crescente da capacidade eluotrópica do
solvente
           •   Éter de petróleo
           •   Hexano
           •   Tetracloreto de carbono
           •   Dissulfeto de carbono
           •   Benzeno
           •   Diclorometano
           •   Clorofórmio
           •   Éter dietílico
           •   Acetato de etila
           •   Éter dipropílico
           •   Propanol
           •   MeOH
           •   Piridina
           •   Água
           •   Ácido Orgânico diluído
           •   Fenol
4.4.1. CROMATOGRAFIA EM CAMADA
DELGADA (CCD)

 Aplicações:
 1. Para determinar o número de componentes de
     uma mistura.
 2. Para determinar a identidade de duas
     substâncias.
 3. Para monitorar o progresso de uma reação
 4. Para determinar a eficiência de uma
     purificação.
 5. Para determinar o melhor sistema de solvente
     para uma separação em coluna cromatográfica.
 6. Para monitorar uma coluna cromatográfica.
CCD




UV 254 nm: detecta compostos aromáticos, compostos com
duplas conjugadas e alguns compostos insaturados.
REVELADORES EM CCD
       CLASSE                           REVELADOR

 Triterpenos e esteróides   Reagente de Liebermann-Burchard

 Flavonóides                Solução de cloreto de alumínio

 Alcalóides                 Reagente de Dragendorff

 Compostos insaturados      Vapores de iodo
DETERMINAÇÃO DO MELHOR SISTEMA DE
SOLVENTES PARA SEPARAÇÃO DE UMA MISTURA.


 • Deve-se fazer uma série de placas por
   CCD em sistemas de diferentes
   polaridades com a mistura a ser
   separada.
 • O melhor sistema é aquele que dê um
   valor de Rf na faixa de 0,25-0,35 para o
   componente mais rápido na placa.
Cromatografia
CALCULANDO O Rf
solvente 1   solvente 2   solvente3   solvente 4   solvente 5   solvente6   solvente 7

solvente    3.95         3.9          4.0         4.1          4.0          4.0         4.05

Mais
lento       0.6          0.35         0.35        0.25         0.1          0.1         0.1
(álcool)
Mais
rápido      1.45         1.0          1.0         0.8          0.65         0.6         0.45
(cetona)

Rf álcool   0.15         0.09         0.088       0.061        0.025        0.025       0.025


Rf cetona   0.37         0.26         0.25        0.20         0.16         0.15        0.11

    O Rf do componente mais rápido deve estar na faixa de 0.25-0.35. Os solventes
1, 2 e 3 estão nesta faixa. Para uma melhor resolução a diferença de Rf de cada
componente deve ser no mínimo 0,1:
solvente 1: Rf cetone - Rf álcool = 0.37 - 0.15 = 0.22
solvente 2: Rf cetone - Rf álcool = 0.26 - 0.09 = 0.17
solvente 3: Rf cetone - Rf álcool = 0.25 - 0.088 = 0.16
   Os sistemas 1, 2 e 3 dão diferença de Rf superior a 0,1. Escolhe-se o sistema 3 por
ser o menos polar.
Cromatografia
CROMATOGRAFIA EM COLUNA (CC)
CROMATOGRAFIA EM COLUNA

                 Pré-eluição




 Empacotamento
                               Carregamento
ELUIÇÃO: EXEMPLO DE MONITORAÇÃO
POR CCD

 • A amostra foi eluída
   com o sistema de
   solventes
   previamente
   escolhido por CCD.
   Recolheu-se 6
   frações que foram
   testadas por CCD.

                           Eluição
CCD DAS SEIS PRIMEIRA FRAÇÕES




•Frações 1 e 2 não têm nenhum componente.
•Nas Frações 3, 4 e 5 saiu o primeiro componente, deve-se
juntar estas frações.
•Pode-se agora aumentar a polaridade do sistema de
solvente para sair o segundo componente.
CCD DAS FRAÇÕES 7 a 12




Nas frações 7, 8 e 9 saiu o segundo componente
Nas frações 10 a 12 não saiu mais nada
Pode-se encerrar a coluna e juntar 7, 8 e 9.
BIBLIOGRAFIA

 •   COLLINS, Carol H.; Braga, Gilberto L.; Bonato, Pierina S. -
     Introdução a Métodos Cromatográficos. 7ª ed. Editora da
     Unicamp. 1997.
 •   Degani, A. L. ; Cass, Quezia B; Vieira, P. C. Cromatografia, um
     breve ensaio. Química Nova na Escola, 07, 21-25, 1988.

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Cromatografia

  • 1. CROMATOGRAFIA Marilena Meira
  • 2. 1. Histórico Em 1903, o botânico russo Mikhail Tswett conseguiu separar pigmentos vegetais passando, através de uma coluna contendo CaCO3, uma solução de pigmentos dissolvidos em um hidrocarboneto. Obteve um registro colorido do processo de separação cromatos: cor ; grafia: registro = CROMATOGRAFIA.
  • 3. 2. Definição de Cromatografia: Método físico-químico de separação baseado na migração diferencial dos componentes de uma mistura devido a diferentes graus de interação entre duas fases imiscíveis, uma móvel e outra fixa. • Fase móvel: solvente (gás ou líquido) que se move através do sistema (coluna ou placa), carregando os solutos. • Fase Estacionária: sólido (ou líquido impregnado em um sólido) que permanece fixo no sistema (coluna ou placa).
  • 4. 3. CLASSIFICAÇÃO 1. PELA FORMA FÍSICA DO SISTEMA CROMATOGRÁFICO: • CROMATOGRAFIA PLANAR • CROMATOGRAFIA EM COLUNA 2. PELA FASE MÓVEL EMPREGADA: • LÍQUIDA • GASOSA • SUPERCRÍTICA 3. PELA FASE ESTACIONÁRIA UTILIZADA: • SÓLIDA • LÍQUIDA • QUIMICAMENTE LIGADA 4. PELO MODO DE SEPARAÇÃO: • ADSORÇÃO • PARTIÇÃO • TROCA IÔNICA • EXCLUSÃO
  • 5. CROMATOGRAFIA TÉCNICA PLANAR COLUNA FASE LÍQUIDA LÍQUIDA GASOSA MÓVEL FASE LÍQUIDA SÓLIDA LÍQUIDA SÓLIDA LÍQUIDA SÓLIDA ESTACIONÁRIA CP CCD CLL CLS; CE CGL CGS
  • 6. 4. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA 1. CROMATOGRAFIA POR PARTIÇÃO OU LÍQUIDO- LÍQUIDO (CLL) 2. CROMATOGRAFIA POR TROCA IÔNICA (CTI) 3. CROMATOGRAFIA POR EXCLUSÃO (CE) 4. CROMATOGRAFIA POR ADSORÇÃO OU LÍQUIDO-SÓLIDO (CLS) CL CLL CLS CTI CE
  • 7. 4.1. CROMATOGRAFIA POR PARTIÇÃO OU LÍQUIDO-LÍQUIDO (CLL) • A separação é baseada nos diferentes coeficientes de partição (solubilidade) dos componentes da mistura entre dois solventes imiscíveis, um fixo (fase estacionária) imobilizado na superfície de um suporte sólido e o outro móvel. FASE MÓVEL F. ESTACIONÁRIA
  • 8. EXEMPLO DE CROMATOGRAFIA LÍQUIDO- LÍQUIDO: CROMATOGRAFIA EM PAPEL (CP) • A celulose do papel forma pontes de hidrogênio com a água, que fica retida formando a fase estacionária. • A separação da mistura é baseada nas diferentes solubilidades relativas dos componentes na fase móvel e estacionária. • A fase móvel sobe por ação capilar. • Os componentes mais solúveis na fase estacionária serão seletivamente retidos, tendo uma movimentação mais lenta.
  • 9. FATOR DE RETENÇÃO (Rf) Rf = Distância percorrida pela substância Distância percorrida pela fase móvel Rf = ds dm dm ds1 ds2
  • 10. SUBSTÂNCIAS SEPARADAS POR CROMATOGRAFIA EM PAPEL • COMPOSTOS HIDRÓFILOS (HIDROSSOLÚVEIS) COMO ÁCIDOS ORGÂNICOS E ÍONS METÁLICOS.
  • 11. 4.2.CROMATOGRAFIA POR TROCA IÔNICA (CTI) Trocador catiônico • A fase estacionária é + constituída por uma matriz com grupos - funcionais ionizáveis. + • Trocadores catiônicos, têm sítios carregados negativamente Trocador aniônico adsorvendo cátions. • Trocadores aniônicos têm - sítios ativos carregados + positivamente - adsorvendo ânions.
  • 12. TIPOS DE FASES ESTACIONÁRIAS NA CROMATOGRAFIA POR TROCA IÔNICA (CTI) • Derivados sulfônicos de copolímeros do estireno e divinilbenzeno. Fortemente catiônica. • Amina quaternária de copolímeros do estireno e divinilbenzeno. Fortemente aniônica. • Resinas com o grupo ácido carboxílico. Fracamente catiônicas. • Resina com o grupo funcional amina primária. Fracamente aniônicas. • Derivada da celulose: por tratamento químico, em geral sulfonação. • Sílica-gel impregnada com trocadores iônicos líquidos (ex: triisoctilamina)
  • 13. TROCADOR CATIÔNICO: ESTIRENO- DIVINILBENZENO SULFONADO. CH C CH C CH C H2 H2 H2 SO3-H+ SO3-H+ CH CH2 CH C CH C CH C H2 H2 H2 SO3-H+ SO3-H+ CH C CH C CH C CH C H2 H2 H2 H2 CH SO3-H+ CH
  • 14. TROCADOR ANIÔNICO: AMINA TERCIÁRIA ESTIRENO-DIVINILBENZENO. CH C CH C CH C H2 H2 H2 CH2NR3+OH- CH2NR3+OH- CH CH2 CH C CH C CH C H2 H2 H2 CH2NR3+OH- CH2NR3+OH- CH C CH C CH C CH C H2 H2 H2 H2 CH CH2NR3+OH- CH
  • 15. TIPOS DE FASES MÓVEIS NA CROMATOGRAFIA POR TROCA IÔNICA (CTI) • Soluções tampões (pH 3,0 – 8,0): Tampão de Fosfato de pH = 8,0. Tampão de Fosfato de sódio de pH = 3,4. • Soluções de sal: 0,1 – 0,2 M de LiCl ou NaCl. • Água destilada. • Qualquer solvente orgânico.
  • 16. 4.3. CROMATOGRAFIA POR EXCLUSÃO (CE): Cromatografia de permeação ou filtração por gel • Baseia-se em um processo puramente mecânico. A fase estacionária é uma matriz de composição inerte, com partículas de forma, tamanho e porosidade uniformes. • As moléculas menores são capazes de penetrar em todos os poros da fase estacionária, ficando mais tempo retidas, enquanto as maiores são excluídas de todos os poros, passando entre os grânulos, arrastadas pela fase móvel.
  • 17. CROMATOGRAFIA POR EXCLUSÃO (CE): A fase estacionária mais usada é um gel de dextrano (um polissacarídeo com unidades de glicose), conhecido comercialmente como Sephadex.
  • 18. 4.4. CROMATOGRAFIA LÍQUIDO-SÓLIDO: CROMATOGRAFIA POR ADSORÇÃO • Baseia-se na adsorção seletiva dos componentes da mistura pela fase estacionária por ação de forças eletrostáticas e nas diferentes solubilidades que estes componentes têm na fase móvel. • São exemplos: Cromatografia em coluna (CC) e Cromatografia em camada delgada comparativa e preparativa (CCDC e CCDP).
  • 19. Adsorção e Absorção • Absorção: penetração de um material na massa de outro por ação molecular ou química. A substância absorvida infiltra-se na substância que a absorve. • Adsorção: adesão das moléculas de um material sobre a superfície de um sólido ou líquido em que estas estão em contato. Quanto maior a superfície do adsorventes mais forte a adsorção.
  • 20. Escolha do adsorvente e eluente na Cromatografia por Adsorção • Pontos a considerar: 1. Características da amostra 2. O Adsorvente ou fase estacionária 3. O eluente ou fase móvel
  • 21. Características da amostra: 1. Acidez, basicidade, caráter iônico, solubilidade, reatividade com o adsorvente e solventes, 2. Constituição química: • ligações duplas, particularmente conjugadas aumentam adsorção. • Compostos com pontes de H intramoleculares são menos adsorvidos que seus isômeros. • Grupos funcionais aumentam afinidade de adsorção. Este efeito decresce na ordem: - COOH, -CONH2, -OH, -NHCOCH3, -NH2, - OCOCH3, -COCH3, -NO2, -OCH3, -H, -Cl.
  • 22. Pontes de hidrogênio intramoleculares fazem com que o composto seja menos adsorvido que seu isômero: H O O OH OH COOH 1 2 Com a formação das pontes de H intramoleculares, menos moléculas do composto orto (1), relativamente ao para (2) , estarão formando pontes de H com a 1 2 sílica, daí maior rapidez na eluição.
  • 23. Escolha do Adsorvente COMPOSTOS ADSORVENTES ÓXIDO DE ALUMÍNIO LIPOFÍLICOS SÍLICA-GEL CELULOSE HIDROFÍLICOS CELULOSE COM TROCADORES DE ÍONS KIESELGUR POLIAMIDA
  • 24. Principais adsorventes • Sílica-gel: Separa bem aldeídos, cetonas, alcalóides, açúcares, fenóis, esteróides, terpenóides, ácidos graxos e aminoácidos. • Alumina ou óxido de alumínio: Útil na separação de hidrocarbonetos policíclicos, alcalóides, aminas, vitaminas lipossolúveis e algumas cetonas. Inadequado para flavonóides e cetonas insaturadas. • Kieselgur (Terras diatomáceas ou diatomita). Ácido silícico de origem fóssil. É utilizado como suporte nas separações por partição.
  • 25. Principais adsorventes • Óxido de magnésio: Usado para compostos aromáticos e substâncias com várias ligações duplas conjugadas (Ex: carotenóides). • Celulose e celulose modificada: Para compostos hidrofílicos (aminoácidos, ácidos nucléicos, açúcares, glicosídeos. • Poliamida: Separa flavonóides, fenóis, nitroanilinas, benzofenonas e derivados de aminoácidos.
  • 26. Escolha da Fase móvel • Sua escolha depende do adsorvente utilizado, sua atividade e da classe de compostos da amostra. • Misturas equieluotrópicas: Misturas de solventes distintas que originam iguais deslocamentos de uma mesma amostra.
  • 27. Ordem crescente da capacidade eluotrópica do solvente • Éter de petróleo • Hexano • Tetracloreto de carbono • Dissulfeto de carbono • Benzeno • Diclorometano • Clorofórmio • Éter dietílico • Acetato de etila • Éter dipropílico • Propanol • MeOH • Piridina • Água • Ácido Orgânico diluído • Fenol
  • 28. 4.4.1. CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD) Aplicações: 1. Para determinar o número de componentes de uma mistura. 2. Para determinar a identidade de duas substâncias. 3. Para monitorar o progresso de uma reação 4. Para determinar a eficiência de uma purificação. 5. Para determinar o melhor sistema de solvente para uma separação em coluna cromatográfica. 6. Para monitorar uma coluna cromatográfica.
  • 29. CCD UV 254 nm: detecta compostos aromáticos, compostos com duplas conjugadas e alguns compostos insaturados.
  • 30. REVELADORES EM CCD CLASSE REVELADOR Triterpenos e esteróides Reagente de Liebermann-Burchard Flavonóides Solução de cloreto de alumínio Alcalóides Reagente de Dragendorff Compostos insaturados Vapores de iodo
  • 31. DETERMINAÇÃO DO MELHOR SISTEMA DE SOLVENTES PARA SEPARAÇÃO DE UMA MISTURA. • Deve-se fazer uma série de placas por CCD em sistemas de diferentes polaridades com a mistura a ser separada. • O melhor sistema é aquele que dê um valor de Rf na faixa de 0,25-0,35 para o componente mais rápido na placa.
  • 34. solvente 1 solvente 2 solvente3 solvente 4 solvente 5 solvente6 solvente 7 solvente 3.95 3.9 4.0 4.1 4.0 4.0 4.05 Mais lento 0.6 0.35 0.35 0.25 0.1 0.1 0.1 (álcool) Mais rápido 1.45 1.0 1.0 0.8 0.65 0.6 0.45 (cetona) Rf álcool 0.15 0.09 0.088 0.061 0.025 0.025 0.025 Rf cetona 0.37 0.26 0.25 0.20 0.16 0.15 0.11 O Rf do componente mais rápido deve estar na faixa de 0.25-0.35. Os solventes 1, 2 e 3 estão nesta faixa. Para uma melhor resolução a diferença de Rf de cada componente deve ser no mínimo 0,1: solvente 1: Rf cetone - Rf álcool = 0.37 - 0.15 = 0.22 solvente 2: Rf cetone - Rf álcool = 0.26 - 0.09 = 0.17 solvente 3: Rf cetone - Rf álcool = 0.25 - 0.088 = 0.16 Os sistemas 1, 2 e 3 dão diferença de Rf superior a 0,1. Escolhe-se o sistema 3 por ser o menos polar.
  • 37. CROMATOGRAFIA EM COLUNA Pré-eluição Empacotamento Carregamento
  • 38. ELUIÇÃO: EXEMPLO DE MONITORAÇÃO POR CCD • A amostra foi eluída com o sistema de solventes previamente escolhido por CCD. Recolheu-se 6 frações que foram testadas por CCD. Eluição
  • 39. CCD DAS SEIS PRIMEIRA FRAÇÕES •Frações 1 e 2 não têm nenhum componente. •Nas Frações 3, 4 e 5 saiu o primeiro componente, deve-se juntar estas frações. •Pode-se agora aumentar a polaridade do sistema de solvente para sair o segundo componente.
  • 40. CCD DAS FRAÇÕES 7 a 12 Nas frações 7, 8 e 9 saiu o segundo componente Nas frações 10 a 12 não saiu mais nada Pode-se encerrar a coluna e juntar 7, 8 e 9.
  • 41. BIBLIOGRAFIA • COLLINS, Carol H.; Braga, Gilberto L.; Bonato, Pierina S. - Introdução a Métodos Cromatográficos. 7ª ed. Editora da Unicamp. 1997. • Degani, A. L. ; Cass, Quezia B; Vieira, P. C. Cromatografia, um breve ensaio. Química Nova na Escola, 07, 21-25, 1988.