2. Arte Egípcia A arte Egípcia surgiu a mais de 3000 anos A.C., mas é entre 1560 e 1309 A.C. que a pintura Egípcia se destaca em procurar refletir os movimentos dos corpos e por apresentar preocupação com a delicadeza das formas. O local a ser trabalhado primeiramente recebia um revestimento de gesso branco e em seguida se aplicava a tinta sobre gesso. Essa tinta era uma espécie de cola produzida com cores minerais.
3. Os egípcios ao esculpir e pintar tinham o propósito de relatar os acontecimentos de sua época, as histórias dos Faraós, deuses e do seu povo em menor escala, já que as pessoas não podiam ser representadas ao lado de deuses e nem dentro de templos. Provavelmente eles não tiveram a intenção de nos deixar a "arte" de seus criadores. O tamanho das pessoas e objetos não caracterizavam necessariamente a distância um do outro e sim a importância do objeto, o poder e o nível social. Os valores dos egípcios eram eternos e estáveis. Suas leis perduraram cerca de 6.000 anos. O Faraó representava os homens junto aos deuses e os deuses junto aos homens, assim como era responsável pelo bem-estar do povo, sendo considerado também como um próprio Deus.
4. Arquitetura Egito – Os egípcios demonstram nas suas manifestações artísticas uma profunda religiosidade, dando um caráter monumental aos templos e às construções mortuárias, notabilizando-se entre elas as pirâmides, construídas de pedra, quando todas as comunidades ao longo do rio Nilo são unificadas em um único Império (cerca de 3.200 a.C.). A primeira pirâmide, "pirâmide de degraus", é construída pelo arquiteto Imhotep, como tumba de Djoser, fundador da III dinastia, em Saqqarah. A chamada pirâmide de degraus não passa, na realidade, de uma construção constituída de túmulos primitivos (mastabas), cujas formas se assemelhavam a um tronco de pirâmide, que continuaram a ser construídas para tumbas de nobres e outros grandes funcionários do Estado. As pirâmides mais conhecidas são Quéops, Quéfren e Miquerinos, da IV dinastia, já com a forma geométrica que conhecemos, apontadas pelo poeta grego Antípatro no século II a.C. como uma das sete maravilhas do mundo antigo.
5. Escultura A escultura egípcia foi antes de tudo animista, encontrando sua razão de ser na eternização do homem após a morte. Foi uma estatuária principalmente religiosa. A representação de um faraó ou um nobre era o substituto físico da morte, sua cópia em caso de decomposição do corpo mumificado. Isso talvez pudesse justificar o exacerbado naturalismo alcançado pelos escultores egípcios principalmente no Império Antigo. Com a passar do tempo, à exemplo da pintura, a escultura acabou se estilizando.
6. As estatuetas de barro eram peças concebidas como partes complementares do conjunto de objetos no ritual funerário. Já a estatuária monumental de templos e palácios surgiu a partir da 18ª dinastia, como parte da nova arquitetura imperial, de caráter representativo. Paulatinamente, as formas foram se complicando e passaram do realismo ideal para o grande amaneiramento completo. Com os reis ptolomaicos, a influência da Grécia revelou-se na pureza das formas e no aperfeiçoamento das técnicas.
7. Pintura A arte egípcia origina-se na maior parte da hipertrofia do culto aos mortos, pois é ela que determina os tipos construtivos fundamentais, a temática escultórica ou pictórica. A tendência ao realismo, necessário para assegurar a identidade entre a imagem e a coisa representada, única forma de fazer que aquela assuma as propriedades desta, em decorrência de suas crenças religiosas dominadas pela idéia de outro mundo e de uma concepção dual da pessoa. O caráter conservador e hierarquizado e compartimentado do tipo de sociedade em que viviam determinou também a codificação da arte, a repulsa a qualquer novidade, e o culto ao convencional. A pintura tem seu grande campo de ação nas decorações dos monumentos funerários, onde grandes telas murais descrevem as ocupações e o ambiente vital do defunto.
8. Processo de mumificação O processo era realizado por especialistas em mumificação e seguia as seguintes etapas:1º - O cadáver era aberto na região do abdômen e retirava-se as víceras (fígado, coração, rins, intestinos, estômago, etc. O coração e outros órgãos eram colocados em recipientes a parte. O cérebro também era extraído. Para tanto, aplicava-se uma espécie de ácido pelas narinas, esperando o cérebro derreter. Após o derretimento, retirava-se pelos mesmos orifícios os pedaços de cérebro com uma espátula de metal.2º - O corpo era colocado em um recipiente com natrão (espécie de sal) para desidratar e também matar bactérias.3º - Após desidratado, enchia-se o corpo com serragem. Aplicava-se também alguns “perfumes” e outras substâncias para conservar o corpo. Textos sagrados eram colocados dentro do corpo.4º - O corpo era envolvido em faixas de linho branco, sendo que amuletos eram colocados entre estas faixas.
9. Após a múmia estar finalizada, era colocada dentro de um sarcófago, que seria levado à pirâmide para ser protegido e conservado. O processo era tão eficiente que, muitas múmias, ficaram bem preservadas até os dias de hoje. Elas servem como importantes fontes de estudos para egiptólogos. Com o avanço dos testes químicos, hoje é possível identificar a causa da morte de faraós, doenças contraídas e, em muitos casos, até o que eles comiam. Graças ao processo de mumificação, os egípcios avançaram muito em algumas áreas científicas. Ao abrir os corpos, aprenderam muito sobre a anatomia humana. Em busca de substâncias para conservar os corpos, descobriram a ação de vários elementos químicos.