O texto apresenta o conceito de crowdfunding e a sua relação com as redes sociais digitais. Para esse estudo temático, aborda-se a origem do crowdfunding e seu início no Brasil, o aumento do período de permanência de usuários nas redes sociais digitais, dados sobre a plataforma brasileira Catarse e, posteriormente, possibilidades do êxito dessa prática com base em teorias da comunicação, sociologia e estudos culturais.

1. Crowdfunding no Brasil:
as redes sociais digitais no apoio ao financiamento coletivo
de projetos culturais
Jorge Santiago Carvalho Sequeira
[Comunicação, Redes Sociais e Opinião Pública]
[Centro Universitário Belas Artes de São Paulo]
Sociologia das Redes Sociais | Prof. Ms. Rogerio Tineu

2. AGENDA
 Introdução
 Desenvolvimento
 Considerações
 Limitação do estudo
 Fechamento
 Referências bibliográficas
2

3. AGENDA
 Introdução
 Desenvolvimento
 Considerações
 Limitação do estudo
 Fechamento
 Referências bibliográficas
3

4. OBJETO DE ESTUDO
 as redes sociais digitais e o crowdfunding
4

5. PROBLEMA
 as redes sociais digitais estimulam o crowdfunding para projetos culturais
no Brasil?
5

6. OBJETIVOS
 verificar se as redes sociais digitais no Brasil são efetivas para o uso do
crowdfunding de projetos culturais
 apresentar o início das plataformas online desse modelo de captação de
recursos para projetos culturais no Brasil
 abrir para o debate a relação entre o engajamento do proponente com
públicos de interesse no sucesso da captação
6

7. OBJETIVOS
 verificar se as redes sociais digitais no Brasil são efetivas para o uso do
crowdfunding de projetos culturais
 apresentar o início das plataformas online desse modelo de captação de
recursos para projetos culturais no Brasil
 abrir para o debate a relação entre o engajamento do proponente com
públicos de interesse no sucesso da captação
7

8. OBJETIVOS
 verificar se as redes sociais digitais no Brasil são efetivas para o uso do
crowdfunding de projetos culturais
 apresentar o início das plataformas online desse modelo de captação de
recursos para projetos culturais no Brasil
 abrir para o debate a relação entre o engajamento do proponente com
públicos de interesse no sucesso da captação
8

9. JUSTIFICATIVA
 Estudos teóricos e bibliografia: incipientes
 Aumento de participantes nas redes sociais digitais
 Aumento do tempo médio de conexão às redes
Potencial para expansão do crowdfunding
9

10. AGENDA
 Introdução
 Desenvolvimento
 Considerações
 Limitação do estudo
 Fechamento
 Referências bibliográficas
10

11. O crowdfunding
 crowd: multidão | funding: financiamento
 multidão*: conjunto de pessoas cujo comportamento resulta do anonimato
dos seus membros; gera percepção de invencibilidade e falta de
responsabilidade pessoal
11
* Fonte: Le Bon apud Eiró-gomes (sem data)

12. O crowdfunding
 crowd: multidão | funding: financiamento
 multidão*: conjunto de pessoas cujo comportamento resulta do anonimato
dos seus membros; gera percepção de invencibilidade e falta de
responsabilidade pessoal
 público*: grupo de pessoas que vivencia uma situação, possui opiniões e
se empenha em discuti-las
12
* Fonte: Blumer apud França, 2006, p.5).

13. O crowdfunding
• Funcionamento
 projeto cultural
 plataforma online (valor mínimo e tempo de captação)
 base: texto sucinto e objetivo conciso.
 pequenas e médias doações
 recompensas escalonadas
 “tudo ou nada”
 engajamento: vídeos
 redes sociais digitais: potencializam a difusão
13

14. O crowdfunding
• Funcionamento
 projeto cultural
 plataforma online (valor mínimo e tempo de captação)
 base: texto sucinto e objetivo conciso.
 pequenas e médias doações
 recompensas escalonadas
 “tudo ou nada”
 engajamento: vídeos
 redes sociais digitais: potencializam a difusão
14

15. O crowdfunding
• Funcionamento
 projeto cultural
 plataforma online (valor mínimo e tempo de captação)
 base: texto sucinto e objetivo conciso.
 pequenas e médias doações
 recompensas escalonadas
 “tudo ou nada”
 engajamento: vídeos
 redes sociais digitais: potencializam a difusão
15

16. O crowdfunding
• Funcionamento
 projeto cultural
 plataforma online (valor mínimo e tempo de captação)
 base: texto sucinto e objetivo conciso.
 pequenas e médias doações
 recompensas escalonadas
 “tudo ou nada”
 engajamento: vídeos
 redes sociais digitais: potencializam a difusão
16

17. O crowdfunding
• Funcionamento
 projeto cultural
 plataforma online (valor mínimo e tempo de captação)
 base: texto sucinto e objetivo conciso.
 pequenas e médias doações
 recompensas escalonadas
 “tudo ou nada”
 engajamento: vídeos
 redes sociais digitais: potencializam a difusão
17

18. O crowdfunding
• Funcionamento
 projeto cultural
 plataforma online (valor mínimo e tempo de captação)
 base: texto sucinto e objetivo conciso.
 pequenas e médias doações
 recompensas escalonadas
 “tudo ou nada”
 engajamento: vídeos
 redes sociais digitais: potencializam a difusão
18

19. O crowdfunding
• Funcionamento
 projeto cultural
 plataforma online (valor mínimo e tempo de captação)
 base: texto sucinto e objetivo conciso.
 pequenas e médias doações
 recompensas escalonadas
 “tudo ou nada”
 engajamento: vídeos
 redes sociais digitais: potencializam a difusão
19

20. O crowdfunding
• Funcionamento
 projeto cultural
 plataforma online (valor mínimo e tempo de captação)
 base: texto sucinto e objetivo conciso.
 pequenas e médias doações
 recompensas escalonadas
 “tudo ou nada”
 engajamento: vídeos
 redes sociais digitais: potencializam a difusão
20

21. O crowdfunding
 A internet “acelera e simplifica o processo de encontrar grandes grupos de
financiadores potenciais que podem usar o crowdfunding para ingressar nas
atividades...”
21
* Fonte: Home (2009, p. 222, apud COCATE; PERNISA JÚNIOR, 2011, p. 2),

22. Internet e redes sociais digitais
• Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil)
 mais de 40% passa 2h/dia na internet
 dispositivos fixos ou móveis
 meio mais importante de comunicação para 82%
 internet para pesquisa de produtos para compra fora do ambiente
virtual (65%)
 anúncios online geram motivação para comprar produtos (57%) ou
visitar lojas (56%).
22
* Fonte: Pesquisa da IAB Brasil

23. Internet e redes sociais digitais
23
* Fonte: Go-gulf. 2012

24. Internet e redes sociais digitais
24
* Fonte: Go-gulf. 2012

25. *
O crowdfunding no Brasil
• Vakinha (2009)
 objetivo: beneficiar ações de cunho cultural e até mesmo
necessidades pessoais
• Catarse (2011)
 estruturação próxima ao do Kickstarter (EUA, 2009)
[Sellaband | 2006 | iniciativas musicais | baixa expressividade]
25
* Fonte: SANTOS, 2012, p.11 et seq.

26. *
O crowdfunding no Brasil
• Vakinha (2009)
 objetivo: beneficiar ações de cunho cultural e até mesmo
necessidades pessoais
• Catarse (2011)
 estruturação próxima ao do Kickstarter (EUA, 2009)
[Sellaband | 2006 | iniciativas musicais | baixa expressividade]
26
* Fonte: SANTOS, 2012, p.11 et seq.

27. O crowdfunding no Brasil: Catarse
27

28. O crowdfunding no Brasil: Catarse
• Projetos bem-sucedidos: médias
 30% $ : pessoas da rede de contatos próxima do proponente
 70% $: difusão do projeto cultural por apoiador
 áreas temáticas: música; cinema e vídeo; teatro
 período para captação: 40 dias (Kickstarter: 30 dias)
 contribuição: R$89,00
 financiadores: 31 e 70 (43%) | 71 a 100 (15%)
 capitais (88,1%)
 região Sudeste (66,33%)
28

29. O crowdfunding no Brasil: Catarse
• 5 primeiros projetos
 R$ 69.155,00 | 741 apoiadores
• 2011: 245 projetos finalizados | 54% bem sucedido
• Índice de aproveitamento da Lei Rouanet: 13,6% (média nacional)
29

30. AGENDA
 Introdução
 Desenvolvimento
 Considerações
 Limitação do estudo
 Fechamento
 Referências bibliográficas
30

31. Possibilidades para o sucesso do crowdfunding
• Laços fortes e fracos [Mark Granovetter]
 laços fortes (strong lies): amigos, parentes, colegas de trabalho
 laços fracos (weak lies): interesse pontual em um assunto
 Laços fracos: manutenção da rede social pela possibilidade de
interconexões entre diferentes grupos sociais por meio da maior diferença
entre os indivíduos
 Sem os laços fracos os grupos seriam isolados e não estariam em rede.
Captação 30% - 70%
31

32. Possibilidades para o sucesso do crowdfunding
• Ciberespaço [Rheingold]
 lugar público informal onde se pode reconstruir aspectos comunitários
• Internet como um novo espaço antropológico [Lídia Silva]
 espaço para relação interpessoal e organização social
 aglutina ideias
 requer estabelecimento de redes interpessoais
 redes: motores de dinâmica de retenção seletiva para discussão e
potencial para difundir informação e formação.
 potencial para difundir
32

33. Possibilidades para o sucesso do crowdfunding
• Comunicação como mercado simbólico [Inesita de Araújo]
 Sentidos sociais | bens simbólicos:
o produzidos
o circulam
o são consumidos
 Indivíduos e comunidades discursivas negociam sua mercadoria
o qual mercadoria? perceber, classificar e intervir (mundo e sociedade)
o busca de poder simbólico (constituir a realidade)
Comunicação: processo de produção, circulação e consumo (mercado)
o do quê? sentidos sociais
o como? discursos
33

34. Possibilidades para o sucesso do crowdfunding
• Comunicação como mercado simbólico [Inesita de Araújo]
 engajamento dos financiadores e difusão nas redes sociais digitais:
 busca de espaço social
 favorece consumo de sentidos sociais que altere a realidade
 promoção da democratização do acesso aos bens culturais
[isenção de marketing cultural ou benefício fiscal]
• O ato de comunicar [Komasu]
 necessidade da comunicação: “permanência dos sujeitos no campo da
visibilidade na sociedade contemporânea”,
34

35. AGENDA
 Introdução
 Desenvolvimento
 Considerações
 Limitação do estudo
 Fechamento
 Referências bibliográficas
35

36. Limitação do estudo
 registro do início do uso do crowdfunding cultural no Brasil
 relações do crowdfunding com as redes sociais digitais
 validação: as redes estimulam essa forma de captação de recursos
 necessidades futuras de explorar, qualitativa e quantitativamente:
 meios de engajamento dos proponentes para os financiadores
 atuação dos proponentes nas redes sociais antes da captação
36

37. Limitação do estudo
 registro do início do uso do crowdfunding cultural no Brasil
 relações do crowdfunding com as redes sociais digitais
 validação: as redes estimulam essa forma de captação de recursos,
 necessidades futuras de explorar, qualitativa e quantitativamente:
 meios de engajamento dos proponentes para os financiadores
 atuação dos proponentes nas redes sociais antes da captação
37

38. AGENDA
 Introdução
 Desenvolvimento
 Considerações
 Limitação do estudo
 Fechamento
 Referências bibliográficas
38

39. Fechamento
 É possível explorar ainda mais o engajamento de pessoas
via internet e redes sociais,
para que possamos atuar com
consciência crítica e política
em prol da ampliação do uso das plataformas
de crowdfunding para projetos culturais,
que se utilizam do engajamento dos financiadores
nas redes digitais para obter êxito na captação de recursos.
39

40. AGENDA
 Introdução
 Desenvolvimento
 Considerações
 Limitação do estudo
 Fechamento
 Referências bibliográficas
40

41. Referências bibliográficas
ARAÚJO, I. S. Mercado Simbólico: um modelo de comunicação para políticas públicas, Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.8, n.14, p.165-77,
set.2003-fev.2004.
CATARSE. São Paulo: Catarse online, 2012. Apresenta a plataforma de captação de recurso por meio de financiamento coletivo. Disponível em:
<http://www.catarse.me>. Acesso em 5 jun. 2012.
COCATE, F. M.; PERNISA JÚNIOR, C. Estudo sobre crowdfunding: fenômeno virtual em que o apoio de uns se torna a força de muitos. In:
SIMPÓSIO NACIONAL ABCIBER, 5., 2011, Florianópolis, SC: UDESC/UFSC. Anais eletrônicos... Disponível em:
<http://simposio2011.abciber.org/anais/Trabalhos/artigos/Eixo%206/17.E6/226-353-1-RV.pdf>. Acesso em: 29 maio 2012.
DI FELICE, Massimo. Das tecnologias da democracia para as tecnologias da colaboração. In: ______ (org.). Do público para as redes: a
comunicação digital e as novas formas de participação social. São Caetano do Sul: Difusão, 2008, p.17-62.
EIRÓ-GOMES, M.; DUARTE, J. Que público para as Relações Públicas?. Lisboa, Portugal: Biblioteca on-line de ciências da comunicação.
Escola Superior de Comunicação Social - Instituto Politécnico de Lisboa, sem data. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/eiro-gomes-
mafalda-duarte-joao-publicos-relacoes-publicas.pdf>. Acesso em 29 maio 2012.
FRANÇA, Fábio. Conceituação lógica de públicos em relações públicas. Disponível em: <http://www2.metodista.br/agenciarp/ffranca.pdf>.
Acesso em 7 maio 2012.
NOME. São Paulo: Interactive Advertising Bureau, 2012. Apresenta informações sobre pesquisa de acesso à internet e redes sociais digitais.
Disponível em: <http://www.mediafire.com/?k7uixk0unb2dyid>. Acesso em: 16 maio 2012.
KOMESU, Fabiana. Espaços e Fronteiras da “liberdade de expressão” em blogs na internet. Trab. Ling. Aplic., Campinas, 49(2), p. 343-358,
jul.2010-dez.2010.
MICHAELIS: dicionário online. Apresenta os significados de palavras crowd e funding. Disponível em:<http://michaelis.uol.com.br>. Acesso em 29
maio 2012
Pesquisa IAB Brasil. São Paulo, SP. Apresenta informações sobre pesquisa de acesso à internet e redes sociais digitais. Disponível em:
<http://www.mediafire.com/?k7uixk0unb2dyid>. Acesso em: 16 maio 2012.
RECUERO, Raquel da Cunha. Teoria das redes e redes sociais na internet:
considerações sobre o Orkut, os Weblogs e os Fotologs. In: ENCONTRO DOS
NÚCLEOS DE PESQUISA DA XXVII INTERCOM, 4., 2004, Porto Alegre, RS: Anais eletrônicos... Disponível em:
SANTOS, Renata de O. Braga. Power to the crowd: alternativas para o financiamento à cultura. 2012, no prelo. Monografia (Especialização em
Gestão Cultural) – Diretoria de Educação Continuada, Pesquisa e Extensão, Centro Universitário Uma, Belo Horizonte, Minas Gerais
SILVA, Lídia J. Oliveira Loureiro da. A Internet: a geração de um novo espaço antropológico. [sem data] 15p. Artigo (doutorado em Ciências e 41
Tecnologias da Comunicação) – Universidade de Aveiro, Portugal, [sem data]

42. “E por hoje é só, pessoal!”
Jorge Santiago Carvalho Sequeira
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