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Trovadorismo I




A Poesia                 A flagelação de Cristo, na igreja
                     franciscana alemã de Esslingen (1320).
Contexto
Histórico

A Idade Média teria se
  iniciado no século V e
terminado no século XV.

A Idade Média pode
também ser subdividida
 em períodos menores:
  Alta Idade Média
  do século V ao X

 Baixa Idade Média
 do século XI ao XV.
Alta Idade Média - do século V ao X
Por volta de
 Baixa Idade Média
                                 1100 d.C.
 do século XI ao XV.
                             percebeu-se uma
                         revolução que combinou:

                         renascimento urbano
                             e comercial
                                   +
                         ampliação de culturas
                         e fronteiras agrícolas
                                   +
Começam a ser abertas        crescimento
novas escolas ao longo        econômico
de todo o continente,
inclusive em cidades e             +
vilas menores. Por         desenvolvimento
volta de 1200 são
fundadas as primeiras
                         intelectual e grandes
universidades – Paris,
                                evoluções
Coimbra, Bolonha e            tecnológicas.
Oxford
A Sociedade Feudal

 O padre, o cavaleiro e o
         camponês :
   são as 3 figuras que
    exprimem o essencial
     da Idade Média em
   termos de organização
            social.
Estas ordens equivaliam a
  três atividades distintas:
      os que rezam,
   os que combatem e
    os que trabalham.
O clero
Formado pelos
sacerdotes,o clero era a
camada mais importante.


Por que o clero tinha
este status ?
Porque acreditava- se
que tinha o poder de se
comunicar com Deus.
Os guerreiros
 Eram os nobres,
   os aristocratas,
 os proprietários
       de terras,
que combatiam os
        árabes.
   Entre eles era
       comum a
     vassalagem,
que se refletiu nas
      cantigas
  trovadorescas.
Os trabalhadores
  Responsáveis
  pelo cultivo da
        terra,
    os servos
  submetiam-se à
   exploração de
  seu senhor, em
      troca de
    proteção em
  tempos difíceis.
O pensamento medieval




 Esta estrutura social se manteve assim por muito tempo,
  afinal, se configurava por atender aos desejos de Deus.

“Para ajudar o homem a se salvar, a Igreja passou a condenar o comércio que
   visava lucros, pois, segundo os ensinamentos da Igreja, os bens materiais
   foram dados ao homem como meios para facilitar sua salvação e não para
         seu enriquecimento. A finalidade do trabalho não era, portanto, o
       enriquecimento. Assim, cada um deveria ficar na posição em que se
            encontrava e não desejar ser mais do que era ao nascer.”
               (ARRUDA, José J. HIstória Integrada - vol 2. São Paulo, Ática.1997 )
Teocentrismo
A igreja era a responsável
      pela vida cultural e
     religiosa, e portanto,
    controlava os valores
       morais, éticos e
     artísticos, evitando a
    influência de culturas
     pagãs (grega e latina)
   sobre o povo ignorante.
      Toda e qualquer
    manifestação artística
era voltada para o louvor a
             Deus:

TEOCENTRISMO

            p.289 do livro Salesiano   Deus, Arquiteto do Universo, em pintura medieval
As manifestações
    do povo
            As primeiras
         produções artísticas
        ligadas à Literatura e
 vindas do povo foram as cantigas.
 A importância das cantigas encontra-se
          em dois aspectos:

 Mudança da língua: utilização do
galego-português em vez do latim.

  Mudança do assunto: da liturgia
católica, para o cotidiano das pessoas.
Trovadorismo
   em Portugal
As primeiras cantigas trovadorescas
escritas lusitanas datam do final do
    século XII, e são escritas em
           galego-português.
      A cantiga considerada o
             marco inicial
     da literatura portuguesa é a
        Cantiga da Ribeirinha
 ( também chamada de Cantiga da
              Guarvaia),
    composta por Paio Soares de
      Taveirós ( 1189 ou 1198)
Cantiga da                                   Composta por Paio Soares de
                                                  Taveirós para a Sra. Maria Paes

      Ribeirinha                                       Ribeiro (a Ribeirinha)



"No  mundo nom me sei parelha,
                                 No mundo ninguém se assemelha a mim /
 mentre me for' como me vai,
ca ja moiro por vos - e ai       enquanto a minha vida continuar como vai /
                                 porque morro por ti e ai /

mia senhor branca e vermelha,    minha senhora de pele alva e faces rosadas, /
queredes que vos retraia         quereis que eu vos descreva (retrate) /
quando vos eu vi em saia!        quanto eu vos vi sem manto (saia : roupa íntima) /


Mao dia que me levantei,         Maldito dia! me levantei /
                                 que não vos vi feia (ou seja, viu a mais bela).
que vos enton nom vi fea! "
Organização
                      das cantigas




       Cantigas                            Cantigas
        Líricas                            satíricas




 de                de              de                      de
Amor              Amigo         Escárnio                 Maldizer



                                             Vide p. 134 do livro
                                                 Salesiano
Cantigas Líricas

 “Ai flores, ai flores do verde pinho
 se sabedes novas do meu amigo,
 ai Deus, e u e?”



Essas cantigas tratavam de temas amorosos e
das aventuras de cavaleiros em busca da honra e
do amor de uma donzela.
Cantigas Líricas




               de Amigo                                      de Amor


Eu –lírico feminino                               Eu –lírico masculino
Indireta (fala com um confidente)                 Direta (conversa com a amada)
Presença de refrão, paralelismo e de leixa-pren   Ausência de paralelismo e de leixa-pren
Assunto: lamento da moça cujo amado está          Assunto: sofrimento por amor não-correspondido
longe (saudade, dúvida)                            (coita )
Ambiente rural                                    Ambiente da corte.
Linguagem: discreta, recatada                     Linguagem: ousada, conquistadora
O que é o Paralelismo?
Ai flores, ai flores do verde pinho
   se sabedes novas do meu amigo,
   ai deus, e u é?                         Paralelismo é a repetição
                                           quase total de um verso. A
                                           alteração ocorre no final do
Ai flores, ai flores do verde ramo,        verso “repetido” , mas
   se sabedes novas do meu amado,
   ai deus, e u é?                         mantém-se o ritmo e
                                           normalmente usam-se
                                           sinônimos nessa alteração.
Se sabedes novas do meu amigo,
   aquele que mentiu do que pôs comigo,
   ai deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado,
   aquele que mentiu do que me há jurado
   ai deus, e u é?

O que é o refrão?
É a repetição do mesmo verso ao final de         Esta cantiga encontra-se na
                                                 p. 131 do livro Salesiano.
              cada estrofe.                      Seu autor é D. Dinis
O que é Leixa-pren?
Ai flores, ai flores do verde pinho
   se sabedes novas do meu amigo,
   ai deus, e u é?                             Ao pé da letra,
                                           “leixa-pren” significa
Ai flores, ai flores do verde ramo,          “deixa e pega de
   se sabedes novas do meu amado,              volta”, mas na
   ai deus, e u é?                          poesia medieval é a
                                           estratégia de pegar o
Se sabedes novas do meu amigo,                2º verso de uma
   aquele que mentiu do que pôs comigo,      estrofe, e repeti-lo
   ai deus, e u é?                         em outra posição (1º
                                              verso) na estrofe
Se sabedes novas do meu amado,                   intercalada.
   aquele que mentiu do que me há jurado
   ai deus, e u é?
Cantigas Satíricas
                                                     São verdadeiros
                                               documentos da vida social,
                                                principalmente da corte.
                                           Fazem ecoar as reações públicas a
                                             certos fatos políticos: revelam
                                               detalhes da vida íntima da
                                           aristocracia, dos trovadores e dos
                                              jograis, trazendo até nós os
                                            mexericos e os vícios ocultos da
                                            fidalguia medieval portuguesa.




Com o tempo, as cantigas passaram a ser usadas
                                                               p.292 do livro
    para cantar gozações e maledicências.                      Salesiano
Registro histórico
As cantigas medievais portuguesas
encontram-se reunidas em livros
denominados cancioneiros, dos quais se
destacam:

Cancioneiro da Ajuda
 Cancioneiro da Vaticana
 Cancioneiro da Biblioteca
Nacional de Lisboa.
D. Dinis
           D. Dinis foi o 6º rei de Portugal
           (final do século XIII, entre 1279 e 1325 )
           e preocupou-se em reunir em um
           Cancioneiro suas próprias trovas e
           muitas outras produzidas por seus
           “protegidos”.
           Naquela época era comum a
           prática do mecenatismo e D. Dinis
           foi um destes grandes
           incentivadores da cultura.


                                    p. 131 do livro Salesiano
Trovadores ( poetas cultos que
                                compunham a letra e a música das canções)
Os artistas da época medieval
                                Menestréis (músicos-poetas sedentários,
                                pois viviam na casa de um fidalgo)
                                Jograis (cantores e tangedores ambulantes,
                                geralmente de origem plebeia)

                                     Segréis (trovadores
                                     profissionais, geralmente
                                     fidalgos desqualificados,
                                     que iam de corte em corte
                                     na companhia de um jogral.

                                                Jogralesa e Soldadeira
                                               moças que acompanhavam
                                                  tocando pandeiro e
                                                      dançando.
Mia irmana fremosa

Mia irmana fremosa, treides comigo
  a la ygreia de Vigo, u e o mar salido.
  E miraremos las ondas.

Mia irmana fremosa, treides de grado
  a la igreya de Vigo, u e o mar levado.
  E miraremos las ondas.

A la igreya de Vigo, u e o mar salido,
   e verra i mia madre e o meu amigo.
   E miraremos las ondas                         Martim Codax
A la igreya de Vigo, u e o mar levado,                    Viveu entre a segunda
   e verra i mia madre o meu amado                       metade do século XIII e
   E miraremos las ondas.                              começo do século XIV. Não
                                                        há muitos dados sobre a
                                                         identidade deste jogral.



                                                        Ouça esta cantiga

                                           http://www.youtube.com/watch?v=Q_1EDSpz-fE
Ondas do mar de Vigo,
      se vistes meu amigo!
      e ai Deus, se verrá cedo!

       Ondas do mar levado,
       se vistes meu amado!
       e ai Deus, se verrá cedo!

       Se vistes meu amigo,
       o por que eu sospiro!
       e ai Deus, se verrá cedo!

       Se vistes meu amado
       por que ei gram cuidado!
       e ai Deus, se verrá cedo!
                              Martim Codax


Ouça esta cantiga
http://www.youtube.com/watch?v=cRdec9FYbBI
Cantigas
                                                 Satíricas



                             de                                           de
                           Escárnio                                     Maldizer



         •Indiretas                                                   •Diretas
         •ambíguas                                                    •sem equívocos
         •uso da ironia leve                                          •ofensivas
         •Intenção de brincadeira.                                    •uso de palavrões e xingamentos
                                                                      •Intenção difamatória


Essas composições satíricas circulavam por lugares públicos como feiras, colheitas, tabernas, periferias, caracterizando
uma literatura marginal , mas mesmo por isso, de importância histórica bastante razoável pelo registro social feito .
Ai, dona feia, foste-vos queixar
                                que nunca vos quis louvar em meu trovar
                                mas agora quero fazer um cantar
                                em que a louvação não será pouca
                                e vede como quero vos louvar:
                                dona feia, velha e louca!

                                Dona feia, Deus me dê perdão!
                                pois vós tendes tão bom coração
                                Por isso vos louvo nesta razão
                                                                          Cantiga
                                em que a louvação não será pouca
                                e vede qual será a louvação:
                                                                             de
                                dona feia, velha e louca!
                                                                          Escárnio
                               Ai,dona feia, nunca vos eu louvei
                               meu trovar, mas muito eu já trovei
                               mas agora já um bom cantar farei
                               em que a louvação não será pouca
                               E direi-vos como vos louvarei:
                               Dona feia, velha e louca!
  João Garcia de Ghilhade
                                                                            p.292 do livro
(atualizado por José Luís Landeira)                                         Salesiano
Conheceis uma donzela
Por quem trovei e a que um dia
Chamei dona Berinjela?           Cantiga de Maldizer
Nunca tamanha porfia
Vi nem mais disparatada.
Agora que está casada
Chamam-lhe Dona Maria.

Algo me traz enojado,
Assim o céu me defenda:
Um que está a bom recato
(negra morte o surpreenda
e o Demônio cedo o tome!)
quis chamá-la pelo nome
e chamou-lhe Dona Ousenda.

Pois que se tem por formosa
Quanto mais achar-se pode,
Pela Virgem gloriosa!
Um homem que cheira a bode
E cedo morra na forca
Quando lhe cerrava a boca
Chamou-lhe Dona Gondrode.        D. Afonso Sanches
Cantiga de Maldizer
Maria Mateu, daqui vou desertar.
De cona não achar o mal me vem.
Aquela que a tem não ma quer dar
e alguém que ma daria não a tem.
Maria Mateu, Maria Mateu,
tão desejosa sois de cona como eu!

Quantas conas foi Deus desperdiçar
quando aqui abundou quem as não quer!
E a outros, fê-las muito desejar:
a mim e a ti, ainda que mulher.
Maria Mateu, Maria Mateu
tão desejosa sois de cona como eu!


               Afonso Eanes de Coton
Herança cultural
 Existem ecos dessa tradição medieval em
 diversas culturas, principalmente na
 composição musical.
 Diversos compositores trazem marcas
 dessas estruturas em suas canções até hoje,
 tanto quanto à intenção ou quanto a
 elementos de construção paralelística.
 A cultura brasileira, por exemplo, preserva
 essa tradição na voz dos repentistas e na
 literatura de cordel.
 Cantigas de roda infantis são heranças
 dessas manifestações populares medievais,
 ainda que tenham chegado até os dias de
 hoje com transformações vocabulares e
 rítmicas.
Associe
Relacione às               João e Maria
  cantigas de amor...        Chico Buarque
                             Composição: Chico Buarque/ Sivuca

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock
para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião, o seu bicho preferido
Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?
                          http://www.youtube.com/watch?v=PvOmONGUZPM&feature=related
Queixa
Observe a coita...                 Caetano Veloso
                                   Composição: Caetano Veloso

Um amor assim delicado                  Princesa, surpresa, você me arrasou
Você pega e despreza                    Serpente, nem sente que me envenenou
Não devia ter despertado                Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Ajoelha e não reza                      Senhora, serpente, princesa
Dessa coisa que mete medo               Um amor assim delicado
Pela sua grandeza                       Nenhum homem daria
Não sou o único culpado                 Talvez tenha sido pecado
Disso eu tenho a certeza                Apostar na alegria
Princesa, surpresa, você me arrasou     Você pensa que eu tenho tudo
Serpente, nem sente que me envenenou    E vazio me deixa
Senhora, e agora, me diga onde eu vou   Mas Deus não quer que eu fique mudo
Senhora, serpente, princesa             E eu te grito esta queixa
Um amor assim violento                  Princesa, surpresa, você me arrasou
Quando torna-se mágoa                   Serpente, nem sente que me envenenou
É o avesso de um sentimento             Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Oceano sem água                         Senhora, serpente, princesa
Ondas, desejos de vingança
Dessa desnatureza
Bateu forte sem esperança
Contra a tua dureza

                                           http://www.youtube.com/watch?v=54xAdlQAqpM
Compare às
cantigas de maldizer...

                                 Dona Gigi
                                 Os Caçadores

Se me [vê ] agarrado com ela
Separa que é briga, tá ligado!
Ela quer um carinho gostoso
Um bico, [dois soco e três cruzado]!

Tá com pena? [leva ela] pra casa
Porque nem de graça eu quero essa mulher!
Caçadores estão na pista pra dizer como ela é...

Caolha, nariz de tomada, sem bunda, perneta,
Corpo de minhoca, banguela, orelhuda, tem unha encravada,
Com peito caído e um caroço nas costas...

Ih gente! capina, despenca,
Cai fora, vai embora ,
Se não vai dançar,
Chamei 2 guerreiros:
Bispo Macedo, com padre Quevedo pra te exorcizar...
Oi, vaza!                                               http://www.youtube.com/watch?v=zUDfvOsTuyY
Minha Vó Ta Maluca
                     Mc Carol Bombeira
 Minha vó ta maluca (2x)
 Tanta coisa pra comprar ela comprou uma peruca
 Minha vó ta maluca
 Minha vó ta...
 Deu 120 na peruca (na peruca )

 Minha casa no tijolo
 Minha geladeira pura
 Minha vó ta maluca (2x)
 Tá rodando de twister
 Com um playboy da jurujuba
 Minha vó ta maluca (2x)                 Preste atenção e responda:
                                               Essa manifestação de funk,
 Pancando pra c***                                   aproxima-se de
 Fumando maconha na rua                            Cantiga de Escárnio
 Minha vó ta maluca (2x)                             ou de Maldizer?
                                                         Por quê?

                                      http://www.youtube.com/watch?v=VOHHAV06pmQ
Filmografia Indicada
Fontes
CEREJA, William Roberto.Português: Linguages, vol 1
    Atual Editora, São Paulo 1999.
•http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/c/cantiga_da_ribeirinha
•http://www.profabeatriz.hpg.ig.com.br/literatura/trovadorismo.htm
•http://ifbaportugues.wordpress.com/2009/05/30/cantiga-de-maldizerpor-glauco-mattoso/
•http://www.mundocultural.com.br/literatura1/trovadorismo/trovad_poesia.htm
•Google images




                           Organização e pesquisa
Profa. Cláudia Heloísa Cunha Andria
Contato: clauheloisa@yahoo.com.br

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Trovadorismo I

  • 1. Trovadorismo I A Poesia A flagelação de Cristo, na igreja franciscana alemã de Esslingen (1320).
  • 2. Contexto Histórico A Idade Média teria se iniciado no século V e terminado no século XV. A Idade Média pode também ser subdividida em períodos menores: Alta Idade Média do século V ao X Baixa Idade Média do século XI ao XV.
  • 3. Alta Idade Média - do século V ao X
  • 4. Por volta de Baixa Idade Média 1100 d.C. do século XI ao XV. percebeu-se uma revolução que combinou: renascimento urbano e comercial + ampliação de culturas e fronteiras agrícolas + Começam a ser abertas crescimento novas escolas ao longo econômico de todo o continente, inclusive em cidades e + vilas menores. Por desenvolvimento volta de 1200 são fundadas as primeiras intelectual e grandes universidades – Paris, evoluções Coimbra, Bolonha e tecnológicas. Oxford
  • 5. A Sociedade Feudal O padre, o cavaleiro e o camponês : são as 3 figuras que exprimem o essencial da Idade Média em termos de organização social. Estas ordens equivaliam a três atividades distintas: os que rezam, os que combatem e os que trabalham.
  • 6. O clero Formado pelos sacerdotes,o clero era a camada mais importante. Por que o clero tinha este status ? Porque acreditava- se que tinha o poder de se comunicar com Deus.
  • 7. Os guerreiros Eram os nobres, os aristocratas, os proprietários de terras, que combatiam os árabes. Entre eles era comum a vassalagem, que se refletiu nas cantigas trovadorescas.
  • 8. Os trabalhadores Responsáveis pelo cultivo da terra, os servos submetiam-se à exploração de seu senhor, em troca de proteção em tempos difíceis.
  • 9. O pensamento medieval Esta estrutura social se manteve assim por muito tempo, afinal, se configurava por atender aos desejos de Deus. “Para ajudar o homem a se salvar, a Igreja passou a condenar o comércio que visava lucros, pois, segundo os ensinamentos da Igreja, os bens materiais foram dados ao homem como meios para facilitar sua salvação e não para seu enriquecimento. A finalidade do trabalho não era, portanto, o enriquecimento. Assim, cada um deveria ficar na posição em que se encontrava e não desejar ser mais do que era ao nascer.” (ARRUDA, José J. HIstória Integrada - vol 2. São Paulo, Ática.1997 )
  • 10. Teocentrismo A igreja era a responsável pela vida cultural e religiosa, e portanto, controlava os valores morais, éticos e artísticos, evitando a influência de culturas pagãs (grega e latina) sobre o povo ignorante. Toda e qualquer manifestação artística era voltada para o louvor a Deus: TEOCENTRISMO p.289 do livro Salesiano Deus, Arquiteto do Universo, em pintura medieval
  • 11. As manifestações do povo As primeiras produções artísticas ligadas à Literatura e vindas do povo foram as cantigas. A importância das cantigas encontra-se em dois aspectos:  Mudança da língua: utilização do galego-português em vez do latim.  Mudança do assunto: da liturgia católica, para o cotidiano das pessoas.
  • 12. Trovadorismo em Portugal As primeiras cantigas trovadorescas escritas lusitanas datam do final do século XII, e são escritas em galego-português. A cantiga considerada o marco inicial da literatura portuguesa é a Cantiga da Ribeirinha ( também chamada de Cantiga da Guarvaia), composta por Paio Soares de Taveirós ( 1189 ou 1198)
  • 13. Cantiga da Composta por Paio Soares de Taveirós para a Sra. Maria Paes Ribeirinha Ribeiro (a Ribeirinha) "No mundo nom me sei parelha, No mundo ninguém se assemelha a mim / mentre me for' como me vai, ca ja moiro por vos - e ai enquanto a minha vida continuar como vai / porque morro por ti e ai / mia senhor branca e vermelha, minha senhora de pele alva e faces rosadas, / queredes que vos retraia quereis que eu vos descreva (retrate) / quando vos eu vi em saia! quanto eu vos vi sem manto (saia : roupa íntima) / Mao dia que me levantei, Maldito dia! me levantei / que não vos vi feia (ou seja, viu a mais bela). que vos enton nom vi fea! "
  • 14. Organização das cantigas Cantigas Cantigas Líricas satíricas de de de de Amor Amigo Escárnio Maldizer Vide p. 134 do livro Salesiano
  • 15. Cantigas Líricas “Ai flores, ai flores do verde pinho se sabedes novas do meu amigo, ai Deus, e u e?” Essas cantigas tratavam de temas amorosos e das aventuras de cavaleiros em busca da honra e do amor de uma donzela.
  • 16. Cantigas Líricas de Amigo de Amor Eu –lírico feminino Eu –lírico masculino Indireta (fala com um confidente) Direta (conversa com a amada) Presença de refrão, paralelismo e de leixa-pren Ausência de paralelismo e de leixa-pren Assunto: lamento da moça cujo amado está Assunto: sofrimento por amor não-correspondido longe (saudade, dúvida) (coita ) Ambiente rural Ambiente da corte. Linguagem: discreta, recatada Linguagem: ousada, conquistadora
  • 17. O que é o Paralelismo? Ai flores, ai flores do verde pinho se sabedes novas do meu amigo, ai deus, e u é? Paralelismo é a repetição quase total de um verso. A alteração ocorre no final do Ai flores, ai flores do verde ramo, verso “repetido” , mas se sabedes novas do meu amado, ai deus, e u é? mantém-se o ritmo e normalmente usam-se sinônimos nessa alteração. Se sabedes novas do meu amigo, aquele que mentiu do que pôs comigo, ai deus, e u é? Se sabedes novas do meu amado, aquele que mentiu do que me há jurado ai deus, e u é? O que é o refrão? É a repetição do mesmo verso ao final de Esta cantiga encontra-se na p. 131 do livro Salesiano. cada estrofe. Seu autor é D. Dinis
  • 18. O que é Leixa-pren? Ai flores, ai flores do verde pinho se sabedes novas do meu amigo, ai deus, e u é? Ao pé da letra, “leixa-pren” significa Ai flores, ai flores do verde ramo, “deixa e pega de se sabedes novas do meu amado, volta”, mas na ai deus, e u é? poesia medieval é a estratégia de pegar o Se sabedes novas do meu amigo, 2º verso de uma aquele que mentiu do que pôs comigo, estrofe, e repeti-lo ai deus, e u é? em outra posição (1º verso) na estrofe Se sabedes novas do meu amado, intercalada. aquele que mentiu do que me há jurado ai deus, e u é?
  • 19. Cantigas Satíricas São verdadeiros documentos da vida social, principalmente da corte. Fazem ecoar as reações públicas a certos fatos políticos: revelam detalhes da vida íntima da aristocracia, dos trovadores e dos jograis, trazendo até nós os mexericos e os vícios ocultos da fidalguia medieval portuguesa. Com o tempo, as cantigas passaram a ser usadas p.292 do livro para cantar gozações e maledicências. Salesiano
  • 20. Registro histórico As cantigas medievais portuguesas encontram-se reunidas em livros denominados cancioneiros, dos quais se destacam: Cancioneiro da Ajuda  Cancioneiro da Vaticana  Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa.
  • 21. D. Dinis D. Dinis foi o 6º rei de Portugal (final do século XIII, entre 1279 e 1325 ) e preocupou-se em reunir em um Cancioneiro suas próprias trovas e muitas outras produzidas por seus “protegidos”. Naquela época era comum a prática do mecenatismo e D. Dinis foi um destes grandes incentivadores da cultura. p. 131 do livro Salesiano
  • 22. Trovadores ( poetas cultos que compunham a letra e a música das canções) Os artistas da época medieval Menestréis (músicos-poetas sedentários, pois viviam na casa de um fidalgo) Jograis (cantores e tangedores ambulantes, geralmente de origem plebeia) Segréis (trovadores profissionais, geralmente fidalgos desqualificados, que iam de corte em corte na companhia de um jogral. Jogralesa e Soldadeira moças que acompanhavam tocando pandeiro e dançando.
  • 23. Mia irmana fremosa Mia irmana fremosa, treides comigo a la ygreia de Vigo, u e o mar salido. E miraremos las ondas. Mia irmana fremosa, treides de grado a la igreya de Vigo, u e o mar levado. E miraremos las ondas. A la igreya de Vigo, u e o mar salido, e verra i mia madre e o meu amigo. E miraremos las ondas Martim Codax A la igreya de Vigo, u e o mar levado, Viveu entre a segunda e verra i mia madre o meu amado metade do século XIII e E miraremos las ondas. começo do século XIV. Não há muitos dados sobre a identidade deste jogral. Ouça esta cantiga http://www.youtube.com/watch?v=Q_1EDSpz-fE
  • 24. Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo! e ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado! e ai Deus, se verrá cedo! Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro! e ai Deus, se verrá cedo! Se vistes meu amado por que ei gram cuidado! e ai Deus, se verrá cedo! Martim Codax Ouça esta cantiga http://www.youtube.com/watch?v=cRdec9FYbBI
  • 25. Cantigas Satíricas de de Escárnio Maldizer •Indiretas •Diretas •ambíguas •sem equívocos •uso da ironia leve •ofensivas •Intenção de brincadeira. •uso de palavrões e xingamentos •Intenção difamatória Essas composições satíricas circulavam por lugares públicos como feiras, colheitas, tabernas, periferias, caracterizando uma literatura marginal , mas mesmo por isso, de importância histórica bastante razoável pelo registro social feito .
  • 26. Ai, dona feia, foste-vos queixar que nunca vos quis louvar em meu trovar mas agora quero fazer um cantar em que a louvação não será pouca e vede como quero vos louvar: dona feia, velha e louca! Dona feia, Deus me dê perdão! pois vós tendes tão bom coração Por isso vos louvo nesta razão Cantiga em que a louvação não será pouca e vede qual será a louvação: de dona feia, velha e louca! Escárnio Ai,dona feia, nunca vos eu louvei meu trovar, mas muito eu já trovei mas agora já um bom cantar farei em que a louvação não será pouca E direi-vos como vos louvarei: Dona feia, velha e louca! João Garcia de Ghilhade p.292 do livro (atualizado por José Luís Landeira) Salesiano
  • 27. Conheceis uma donzela Por quem trovei e a que um dia Chamei dona Berinjela? Cantiga de Maldizer Nunca tamanha porfia Vi nem mais disparatada. Agora que está casada Chamam-lhe Dona Maria. Algo me traz enojado, Assim o céu me defenda: Um que está a bom recato (negra morte o surpreenda e o Demônio cedo o tome!) quis chamá-la pelo nome e chamou-lhe Dona Ousenda. Pois que se tem por formosa Quanto mais achar-se pode, Pela Virgem gloriosa! Um homem que cheira a bode E cedo morra na forca Quando lhe cerrava a boca Chamou-lhe Dona Gondrode. D. Afonso Sanches
  • 28. Cantiga de Maldizer Maria Mateu, daqui vou desertar. De cona não achar o mal me vem. Aquela que a tem não ma quer dar e alguém que ma daria não a tem. Maria Mateu, Maria Mateu, tão desejosa sois de cona como eu! Quantas conas foi Deus desperdiçar quando aqui abundou quem as não quer! E a outros, fê-las muito desejar: a mim e a ti, ainda que mulher. Maria Mateu, Maria Mateu tão desejosa sois de cona como eu! Afonso Eanes de Coton
  • 29. Herança cultural Existem ecos dessa tradição medieval em diversas culturas, principalmente na composição musical. Diversos compositores trazem marcas dessas estruturas em suas canções até hoje, tanto quanto à intenção ou quanto a elementos de construção paralelística. A cultura brasileira, por exemplo, preserva essa tradição na voz dos repentistas e na literatura de cordel. Cantigas de roda infantis são heranças dessas manifestações populares medievais, ainda que tenham chegado até os dias de hoje com transformações vocabulares e rítmicas.
  • 31. Relacione às João e Maria cantigas de amor... Chico Buarque Composição: Chico Buarque/ Sivuca Agora eu era o herói E o meu cavalo só falava inglês A noiva do cowboy era você além das outras três Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês Agora eu era o rei Era o bedel e era também juiz E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz E você era a princesa que eu fiz coroar E era tão linda de se admirar Que andava nua pelo meu país Não, não fuja não Finja que agora eu era o seu brinquedo Eu era o seu pião, o seu bicho preferido Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim Pois você sumiu no mundo sem me avisar E agora eu era um louco a perguntar O que é que a vida vai fazer de mim? http://www.youtube.com/watch?v=PvOmONGUZPM&feature=related
  • 32. Queixa Observe a coita... Caetano Veloso Composição: Caetano Veloso Um amor assim delicado Princesa, surpresa, você me arrasou Você pega e despreza Serpente, nem sente que me envenenou Não devia ter despertado Senhora, e agora, me diga onde eu vou Ajoelha e não reza Senhora, serpente, princesa Dessa coisa que mete medo Um amor assim delicado Pela sua grandeza Nenhum homem daria Não sou o único culpado Talvez tenha sido pecado Disso eu tenho a certeza Apostar na alegria Princesa, surpresa, você me arrasou Você pensa que eu tenho tudo Serpente, nem sente que me envenenou E vazio me deixa Senhora, e agora, me diga onde eu vou Mas Deus não quer que eu fique mudo Senhora, serpente, princesa E eu te grito esta queixa Um amor assim violento Princesa, surpresa, você me arrasou Quando torna-se mágoa Serpente, nem sente que me envenenou É o avesso de um sentimento Senhora, e agora, me diga onde eu vou Oceano sem água Senhora, serpente, princesa Ondas, desejos de vingança Dessa desnatureza Bateu forte sem esperança Contra a tua dureza http://www.youtube.com/watch?v=54xAdlQAqpM
  • 33. Compare às cantigas de maldizer... Dona Gigi Os Caçadores Se me [vê ] agarrado com ela Separa que é briga, tá ligado! Ela quer um carinho gostoso Um bico, [dois soco e três cruzado]! Tá com pena? [leva ela] pra casa Porque nem de graça eu quero essa mulher! Caçadores estão na pista pra dizer como ela é... Caolha, nariz de tomada, sem bunda, perneta, Corpo de minhoca, banguela, orelhuda, tem unha encravada, Com peito caído e um caroço nas costas... Ih gente! capina, despenca, Cai fora, vai embora , Se não vai dançar, Chamei 2 guerreiros: Bispo Macedo, com padre Quevedo pra te exorcizar... Oi, vaza! http://www.youtube.com/watch?v=zUDfvOsTuyY
  • 34. Minha Vó Ta Maluca Mc Carol Bombeira Minha vó ta maluca (2x) Tanta coisa pra comprar ela comprou uma peruca Minha vó ta maluca Minha vó ta... Deu 120 na peruca (na peruca ) Minha casa no tijolo Minha geladeira pura Minha vó ta maluca (2x) Tá rodando de twister Com um playboy da jurujuba Minha vó ta maluca (2x) Preste atenção e responda: Essa manifestação de funk, Pancando pra c*** aproxima-se de Fumando maconha na rua Cantiga de Escárnio Minha vó ta maluca (2x) ou de Maldizer? Por quê? http://www.youtube.com/watch?v=VOHHAV06pmQ
  • 36. Fontes CEREJA, William Roberto.Português: Linguages, vol 1 Atual Editora, São Paulo 1999. •http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/c/cantiga_da_ribeirinha •http://www.profabeatriz.hpg.ig.com.br/literatura/trovadorismo.htm •http://ifbaportugues.wordpress.com/2009/05/30/cantiga-de-maldizerpor-glauco-mattoso/ •http://www.mundocultural.com.br/literatura1/trovadorismo/trovad_poesia.htm •Google images Organização e pesquisa Profa. Cláudia Heloísa Cunha Andria Contato: clauheloisa@yahoo.com.br