AULA DO MESTRADO EM COMUNICAÇÃO e CULTURAS MIDIÁTICAS.
TEORIA DA COMUNICAÇÃO E CULTURA MIDIÁTICA - Terça 29/04
Textos de apoio:
- Walter Benjamin e a Imaginação Cibernética
Cláudio Cardoso de Paiva, 1999. In: BOCC - Biblioteca on line de Ciências da Comunicação. http://migre.me/iYCId
- A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica (1936). In: Walter Benjamin. Obras Escolhidas. vol. 1 [Texto completo em PDF; Disponível em: http://migre.me/iYD12]
Aula Mestrado PPGC/UFPB walter benjamin - 29 abril 2014 - Claudio C Paiva
1. Aula de Mestrado
Comunicação e Culturas Midiáticas
PPGC/UFPB
Teoria das Culturas Midiáticas Audiovisuais
WALTER BENJAMIN e a Imaginação Cibernética
Experiência e Comunicabilidade na Era do Virtual
Claudio C. Paiva
29. Abril - 2014
2. Walter Benjamin e a Imaginação Cibernética
Experiência e Comunicabilidade na Era do Virtual
• O singular de Benjamin: a percepção de uma cultura no
plural;
• As imagens virtuais têm aura?
• Emanações barrocas na era do virtual;
• Figuras da sorte , figuras do azar: os clichês na Internet;
• Amor e ódio ao vivo e on line;
• Das redes de dormir às redes da imaginação criadora;
• Industria cultural, contracultura, culturas excêntricas;
• Tecnologias de comunicação e experiências
multissensoriais
• Fim de partida: Benjamin, McLuhan, Samuel Beckett
3. O singular de Benjamin: a percepção
de uma cultura no plural
• Da cultura de massa à
cultura midiática e
cibercultura;
• A agregação social à
• época das autoestradas
da informação
• Remodelar o passado
com os olhos do presente
• Imagens, figuras e
símbolos clássicos
ajudam a entendermos o
séculos XX e XXI
4. Introdução do texto
O flâneur (o flanador)
• Personagem de
Baudelaire
• Andarilho, transeunte, via
jante atento e
desconfiado
• apreende o sentido dos
objetos além da sua
• dimensão mercadológica
5. O internauta, usuário da internet:
o flâneur (flanador) pós-moderno
• Navegador curioso, movido
pela agilidade, no âmbito
da modernidade líquida
• pesquisador interativo que
busca nos objetos
virtuais, algo além da sua
condição efêmera e
transitória
• O turista antenado:
voyeur, garimpeiro de
imagens e iconicidades
cotidianas
• O rolezinho no shopping é
uma flanêrie neomoderna
6. O sentido das “passagens de Paris”:
e suas projeções no sec. XXI
• A flanêrie e o nomadismo
contemporâneos
• Os shopping centers
• Os supermercados
• Os aeroportos
• O second life
• O google map
• O google earth
• As cibercidades
• A arquitetura dos videogames
• O cinema em 3D
• Novas formas comunicativas do
habitar (e das passagens)
• Smartville e cidadania inteligente
7. Os indivíduos, as imagens,
vivências e narrativas
• As vivências e narrativas
dos indivíduos na
modernidade, se
norteiam por uma
busca de sentido
inscrito nas
imagens, através de
uma memória coletiva
que desperta para um
estilo
de vida mais pleno e
verdadeiro
8. Experiência e Comunicabilidade
• A internet é uma árvore do
conhecimento que revigora a
experiência de sociabilidade e
inteligência coletiva
(pela conexão e
compartilhamento);
• A imaginação sociotécnica e
neurocibernética gera um novo
modo de politização do
cotidiano;
• As máquinas de virtualidade
atualizam e fecundam a
experiência das culturas locais
no contexto da velocidade global
9. A esfera pública e a esfera privada
• Pensar o coletivo e a
Internet no contexto
• dos países em
desenvolvimento, remete
à história mal resolvida
entre a esfera pública e a
esfera privada.
• Há um declínio das
formas de socialização
(família, escola, socieda
de civil);
• A internet promove o
diálogo entre a esfera
da “intimidade” e da
“publicidade”
10. A tribo dos sem micro
remete à tribo dos sem terra
• Os paraísos artificiais da
internet relembram a
utopia da felicidade do
jardim público, de
Voltaire
11. O conceito de aura
• Influência místico-
religiosa; cabala judaica
(Scholem)
• Materialismo Histórico
(Karl Marx)
• Unicidade
• Autenticidade
• Originalidade
• O valor de culto
12. A obra de arte, a aura e a transmídia
• O que é transmídia? Produtos e obras em migração do livro à Tv, ao
cinema, ao video, ào CD, à internet e vice-versa; em que algo se
perde e algo se ganha. Para Walter Benjamin a obra de arte
verdadeira era única, como a divindade; portanto tinha uma "aura".
Depois da reprodução, multiplicação, serialidade e clonagem
perdeu a "aura", e por um lado, a cultura ficou mais pobre. Por
outro lado, a obra de arte na era da reprodução (da clonagem e da
multiplicação) ganhou um caráter revolucionário, pois veio a
despertar a percepção para aspectos velados e ocultos. Neste
sentido, cinema (e por que não a TV e a pós-TV?) tem algo de
revolucionário, não somente ao nível dos conteúdos mas também
da forma. Hoje, parodiando, Benjamin, pode-se dizer que a
passagem da novela Avenida Brasil ao video, à internet e ao cinema
- no contexto da cultura pós-aurática - perde o seu sentido original,
mas também ganha novas significações, e gera novas modalidades
de experiências estéticas, poéticas e catárticas.
13. Emanações barrocas na era do virtual
• A reemergência do
místico-religioso
configura o retorno do
barroco (neobarroco):
encontro entre a razão
e a fé, a ciência e a
mitologia, o sagrado e o
profano
•
• Para entender a
sensibilidade técnica
do ciberespaço
14. O narrador
• O marinheiro mercante
e o artesão solitário:
• Transmissão de uma
experiência fundadora
de comunidade
• A arte de narrar
• A memória
• A percepção
• A cognição
• A narrativa telemática
• Fim das grandes
narrativas
• Micronarrativas
• Falas escritas
• Escritas oralizadas
• Redes sociais
15. Figuras da sorte , figuras do azar: os
clichês na Internet
• "Vou à minha adega/
beber meu vinho/
• Lá está um corcundinha/
Pegou minha garra-
• finha/ Vou à minha
cozinha/ cozinhar minha
• sopinha/ Lá está um
corcundinha/ Quebrou
• minha panelinha“
• (Walter Benjamin)
16. Amor e ódio ao vivo e on line
• Caim e Abel como
signos da disputa, da ira
e inveja entre os irmãos
• Dos crimes capitais ao
crimes virtuais
21. Para entender o barroco
e a modernidade
• Os conceitos básicos de
símbolo e melancolia
• A resistência aos
poderes dominantes
pela via da linguagem
• O barroco e a caveira
como signo da
modernidade
23. Rouanet interpreta Walter Benjamin
• “Walter Benjamin, o
falso irracionalista”;
• “As galerias do sonho”
• Marx e Freud
• Influências da
psicanálise
29. O trabalho das passagens
‘Passagens’ (1927-1940), de Walter
Benjamin, é uma das obras historiográficas
mais significativas. A partir de Paris, a ‘capital
do século XIX’, especialmente suas galerias
comerciais enquanto ‘arquipaisagem do
consumo’, é apresentada a história cotidiana
da modernidade – com figuras como o
flâneur, a prostituta, o jogador, o
colecionador, e os meios de uma escrita
polifônica que vai desde a luta de classes até
os fenômenos da moda, da técnica e da mídia.
Este texto com mais de 4.500 ‘passagens’
constitui um dispositivo sem igual para se
estudar a metrópole moderna, e por
extensão, as megacidades do mundo atual.