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SOFISTAS
Filósofos da antiguidade
Por Bruno Carrasco,
psicoterapeuta existencial e professor
Sofistas Os sofistas pertenciam, em geral, à
periferia do mundo grego. Eram
professores viajantes que vendiam
seus ensinamentos, empregando a
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método de ensino.
Conforme o interesse dos alunos,
davam aulas de eloquência e de
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Ensinamentos dos
Sofistas
Entre os ensinamentos dos sofistas
destacavam-se o desenvolvimento da
habilidade da argumentação,
transmitindo a seus alunos raciocínios
e concepções úteis em um debate para
driblar as teses dos adversários e
convencer as pessoas.
Eles eram mestres que viajavam de
cidade em cidade oferecendo aulas,
aparições públicas e discursos. O
termo sofista significava “grande
mestre ou sábio”.
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ex-isto www.ex-isto.com
Ensinamentos dos
Sofistas
Os jovens que procuravam os sofistas
buscavam a “areté”, que era a
qualidade indispensável para se tornar
um cidadão bem-sucedido, seja na
vida privada como na pública.
No regime democrático que vigorava
em Atenas, o exercício da função
política dependia do bom uso da
palavra. Os sofistas foram mestres na
arte de bem falar, tanto em discursos
longos quanto breves, de perguntas e
respostas.
ex-isto www.ex-isto.com
Sofistas como
“enganadores”
Com o decorrer do tempo, o termo
‘sofista’ passou a ter o sentido de
“enganador” ou “impostor”, devido às
críticas de Platão.
Por muito tempo os sofistas foram mal
vistos pelos historiadores de filosofia,
tidos como exploradores do
conhecimento ou falsos filósofos,
porém seus pensamentos
questionavam a “verdade” e admitiam
a possibilidade de diferentes
concepções de verdade, não somente
uma única.
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“O sofista vai, pois, negar que
exista a verdade, ou pelo menos a
possibilidade de acesso a ela. Para
o sofista, só existem opiniões:
boas e más, melhores e piores,
úteis e prejudiciais, mas jamais
falsas e verdadeiras.”
(Antônio Rezende, em ‘Curso de Filosofia’)
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Protágoras de
Abdera
(490-415 a.C.)
Protágoras é considerado o primeiro e
um dos mais importantes sofistas.
Segundo ele, o mundo é aquilo que
cada indivíduo percebe que é, sendo a
realidade é relativa a cada um
indivíduo, ou grupo social, pois
depende de suas disposições,
concepções e modos de viver.
Por conta disso, ele nega a existência
de um critério absoluto para julgar os
fatos e pessoas. O critério para
diferenciação torna-se o homem, cada
homem.
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“O homem é a medida de
todas as coisas, daquelas
que são por aquilo que
são e daquelas que não
são por aquilo que não
são.”
(Protágoras)
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Humanismo e
relativismo
A medida significava o julgamento e as
coisas eram os fatos e experiências de
cada pessoa. Esse fragmento de certa
forma sintetiza duas das ideias
centrais associadas aos sofistas, o
humanismo e o relativismo.
Protágoras valoriza uma explicação do
real a partir de seus aspectos
fenomenais apenas, sem apelo a
nenhum elemento externo ou
transcendente.
ex-isto www.ex-isto.com
Humanismo e
relativismo
As coisas são como nos parecem ser,
como se mostram à nossa percepção
sensorial, e não temos nenhum outro
critério para essa questão.
Portanto, nosso conhecimento
depende sempre das circunstâncias
em que nos encontramos e pode, por
isso mesmo, variar de acordo com a
situação. Protágoras aproxima-se
assim bastante dos mobilistas, tal
como Heráclito, de quem pode ter
sofrido influência, e afasta-se da visão
eleática de uma “verdade única”.
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“Sócrates: -Talvez tua definição de
conhecimento tenha algum valor; é a
definição de Protágoras; por outras palavras
ele dizia a mesma coisa. Afirmava que o
homem é a medida de todas as coisas, das
que são que elas são, das que não são que elas
não são. Decerto já leste isso?
Teeteto: -Sim, mais de uma vez.
Sócrates: -Não quererá ele, então, dizer que
as coisas são para mim conforme me
aparecerem, como serão para ti segundo te
aparecerem? Pois eu e tu somos homens.
Teeteto: -É isso precisamente o que ele diz.”
(Platão, em ‘Teeteto’)
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Górgias de
Leontinos
(487-380 a.C.)
Górgias foi considerado um dos
maiores oradores e principais mestres
da retórica de sua época. Ele afirmava
que um bom orador é capaz de
convencer qualquer pessoa sobre
qualquer coisa. Viajou por toda a
Grécia ministrando suas lições.
Ele defende a impossibilidade do
conhecimento em um sentido estável e
definitivo. Segundo ele, não podemos
ter acesso à natureza das coisas, mas
tudo de que dispomos é o discurso,
que é sempre visto como enganoso.
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“Nada existe que possa
ser conhecido; se pudesse
ser conhecido não poderia
ser comunicado, se
pudesse ser comunicado
não poderia ser
compreendido.”
(Górgias)
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Referências
Bibliográficas
BOTELHO, José F. A Odisséia da Filosofia: uma
breve história do pensamento ocidental. São
Paulo: Abril, 2016.
COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna.
Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva,
2013.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da
Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 12
ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
NIETZSCHE, Friedrich. A Filosofia na Época
Trágica dos Gregos. São Paulo: Escala, 2008.
REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia. Rio de
Janeiro: Zahar, 2016.
Por Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial e professor.
Graduado em Psicologia, licenciado em
Filosofia e Pedagogia, pós-graduado em
Ensino de Filosofia e Psicologia
Existencial Humanista e
Fenomenológica, possui especialização
em Psicoterapia Fenomenológico
Existencial, formação em Arteterapia,
Educação Popular e Educação
Participativa.
www.brunopsiexistencial.tk
www.fb.com/brunopsiexistencial
www.instagram.com/brunopsiexistencial
ex-isto Ex-isto é um projeto dedicado ao estudo
e pesquisa sobre o existencialismo e
suas relações com a psicologia, filosofia,
psicoterapia, fenomenologia, literatura e
artes, iniciado no final de 2016.
Tem como intuito oferecer conteúdos
que facilitem a compreensão sobre os
temas pesquisados, por meio de textos,
vídeos, cursos ou livros, optando por
utilizar uma linguagem acessível, de
modo a promover reflexões sobre a
subjetividade, a condição humana e suas
possibilidades.
ex-isto
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2020

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Filósofos Sofistas

  • 1. SOFISTAS Filósofos da antiguidade Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial e professor
  • 2. Sofistas Os sofistas pertenciam, em geral, à periferia do mundo grego. Eram professores viajantes que vendiam seus ensinamentos, empregando a exposição ou o monólogo como método de ensino. Conforme o interesse dos alunos, davam aulas de eloquência e de sagacidade mental ou ensinavam elementos úteis para o sucesso nas atividades públicas e privadas. ex-isto www.ex-isto.com
  • 3. Ensinamentos dos Sofistas Entre os ensinamentos dos sofistas destacavam-se o desenvolvimento da habilidade da argumentação, transmitindo a seus alunos raciocínios e concepções úteis em um debate para driblar as teses dos adversários e convencer as pessoas. Eles eram mestres que viajavam de cidade em cidade oferecendo aulas, aparições públicas e discursos. O termo sofista significava “grande mestre ou sábio”. ex-isto www.ex-isto.com
  • 5. Ensinamentos dos Sofistas Os jovens que procuravam os sofistas buscavam a “areté”, que era a qualidade indispensável para se tornar um cidadão bem-sucedido, seja na vida privada como na pública. No regime democrático que vigorava em Atenas, o exercício da função política dependia do bom uso da palavra. Os sofistas foram mestres na arte de bem falar, tanto em discursos longos quanto breves, de perguntas e respostas. ex-isto www.ex-isto.com
  • 6. Sofistas como “enganadores” Com o decorrer do tempo, o termo ‘sofista’ passou a ter o sentido de “enganador” ou “impostor”, devido às críticas de Platão. Por muito tempo os sofistas foram mal vistos pelos historiadores de filosofia, tidos como exploradores do conhecimento ou falsos filósofos, porém seus pensamentos questionavam a “verdade” e admitiam a possibilidade de diferentes concepções de verdade, não somente uma única. ex-isto www.ex-isto.com
  • 7. “O sofista vai, pois, negar que exista a verdade, ou pelo menos a possibilidade de acesso a ela. Para o sofista, só existem opiniões: boas e más, melhores e piores, úteis e prejudiciais, mas jamais falsas e verdadeiras.” (Antônio Rezende, em ‘Curso de Filosofia’) ex-isto www.ex-isto.com
  • 8. Protágoras de Abdera (490-415 a.C.) Protágoras é considerado o primeiro e um dos mais importantes sofistas. Segundo ele, o mundo é aquilo que cada indivíduo percebe que é, sendo a realidade é relativa a cada um indivíduo, ou grupo social, pois depende de suas disposições, concepções e modos de viver. Por conta disso, ele nega a existência de um critério absoluto para julgar os fatos e pessoas. O critério para diferenciação torna-se o homem, cada homem. ex-isto www.ex-isto.com
  • 10. “O homem é a medida de todas as coisas, daquelas que são por aquilo que são e daquelas que não são por aquilo que não são.” (Protágoras) ex-isto www.ex-isto.com
  • 11. Humanismo e relativismo A medida significava o julgamento e as coisas eram os fatos e experiências de cada pessoa. Esse fragmento de certa forma sintetiza duas das ideias centrais associadas aos sofistas, o humanismo e o relativismo. Protágoras valoriza uma explicação do real a partir de seus aspectos fenomenais apenas, sem apelo a nenhum elemento externo ou transcendente. ex-isto www.ex-isto.com
  • 12. Humanismo e relativismo As coisas são como nos parecem ser, como se mostram à nossa percepção sensorial, e não temos nenhum outro critério para essa questão. Portanto, nosso conhecimento depende sempre das circunstâncias em que nos encontramos e pode, por isso mesmo, variar de acordo com a situação. Protágoras aproxima-se assim bastante dos mobilistas, tal como Heráclito, de quem pode ter sofrido influência, e afasta-se da visão eleática de uma “verdade única”. ex-isto www.ex-isto.com
  • 13. “Sócrates: -Talvez tua definição de conhecimento tenha algum valor; é a definição de Protágoras; por outras palavras ele dizia a mesma coisa. Afirmava que o homem é a medida de todas as coisas, das que são que elas são, das que não são que elas não são. Decerto já leste isso? Teeteto: -Sim, mais de uma vez. Sócrates: -Não quererá ele, então, dizer que as coisas são para mim conforme me aparecerem, como serão para ti segundo te aparecerem? Pois eu e tu somos homens. Teeteto: -É isso precisamente o que ele diz.” (Platão, em ‘Teeteto’) ex-isto www.ex-isto.com
  • 14. Górgias de Leontinos (487-380 a.C.) Górgias foi considerado um dos maiores oradores e principais mestres da retórica de sua época. Ele afirmava que um bom orador é capaz de convencer qualquer pessoa sobre qualquer coisa. Viajou por toda a Grécia ministrando suas lições. Ele defende a impossibilidade do conhecimento em um sentido estável e definitivo. Segundo ele, não podemos ter acesso à natureza das coisas, mas tudo de que dispomos é o discurso, que é sempre visto como enganoso. ex-isto www.ex-isto.com
  • 16. “Nada existe que possa ser conhecido; se pudesse ser conhecido não poderia ser comunicado, se pudesse ser comunicado não poderia ser compreendido.” (Górgias) ex-isto www.ex-isto.com
  • 17. Referências Bibliográficas BOTELHO, José F. A Odisséia da Filosofia: uma breve história do pensamento ocidental. São Paulo: Abril, 2016. COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2013. MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 12 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. NIETZSCHE, Friedrich. A Filosofia na Época Trágica dos Gregos. São Paulo: Escala, 2008. REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
  • 18. Por Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial e professor. Graduado em Psicologia, licenciado em Filosofia e Pedagogia, pós-graduado em Ensino de Filosofia e Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, possui especialização em Psicoterapia Fenomenológico Existencial, formação em Arteterapia, Educação Popular e Educação Participativa. www.brunopsiexistencial.tk www.fb.com/brunopsiexistencial www.instagram.com/brunopsiexistencial
  • 19. ex-isto Ex-isto é um projeto dedicado ao estudo e pesquisa sobre o existencialismo e suas relações com a psicologia, filosofia, psicoterapia, fenomenologia, literatura e artes, iniciado no final de 2016. Tem como intuito oferecer conteúdos que facilitem a compreensão sobre os temas pesquisados, por meio de textos, vídeos, cursos ou livros, optando por utilizar uma linguagem acessível, de modo a promover reflexões sobre a subjetividade, a condição humana e suas possibilidades.