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Jean-Paul Sartre
Principais conceitos
Bruno Carrasco, psicoterapeuta
existencial e professor.
www.ex-isto.com
Jean-Paul Sartre
(1905-1980)
Jean-Paul Sartre foi filósofo,
escritor e crítico francês, um dos
mais importantes do século XX,
principal representante e
divulgador do existencialismo.
Em sua infância, viveu numa
família tipicamente burguesa, foi
educado por seu avô e por
cuidadores, tendo sido muito
incentivado para seguir a vocação
de escritor.
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Jean-Paul Sartre (1905-1980)
ex-isto www.ex-isto.com
Jean-Paul Sartre Sartre se interessou pela
fenomenologia de Edmund
Husserl, chegou a ir para a
Alemanha para se dedicar ao
estudo da fenomenologia, quando
voltou começou a desenvolver seu
próprio viés da fenomenologia.
Ele construiu suas ideias partindo
de suas experiências de vida,
leituras de Kierkegaard, Heidegger,
Marx, Nietzsche, entre outros.
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“Sartre era um elo que os ligava a
toda a linhagem de rebeldes
filosóficos: Nietzsche, Kierkegaard e
os demais. Sartre era a ponte para
todas as tradições que pilhou,
modernizou, personalizou e
reinventou. Mas, durante toda a sua
vida, ele insistiu que o importante
não era o passado, de forma alguma:
era o futuro. É preciso estar sempre
em movimento, criando o que será:
agir no mundo, deixar uma marca.”
(Bakewell, em ‘No café existencialista’)
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Contingência Em seu livro ‘A Náusea’, publicado
em 1938, o personagem principal,
Antoine Roquentin é tomado por
um sentimento de náusea, quando
percebe que nada no mundo
acontece por necessidade.
Ele constata que tudo é
contingente, ou seja, poderia ter
acontecido de outra maneira, e se
sente horrorizado com essa
constatação.
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Antoine Roquentin
em ‘A Náusea’
O personagem tem alguns
momentos de alívio, por exemplo
quando em seu bar favorito toca
uma de suas músicas favoritas.
Cada nota leva à seguinte, isso lhe
dá a impressão que nada poderia
ser diferente, a canção tem
portanto necessidade, isso faz
com que ele sinta que sua
existência também assim seja.
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Antoine Roquentin
em ‘A Náusea’
Tudo lhe parece muito bem e
equilibrado, inclusive quando ele
leva o copo de cerveja a sua boca,
que segue numa curva harmoniosa
e volta-o na mesa sem derramar.
Seus gestos e sua percepção
seguem como as de um atleta ou
de um músico, até que a música
termina e tudo volta a se
despedaçar.
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Essência X existência
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Essência A palavra essência vem do latim
“essentia”, que significa aquilo que
compõe uma coisa ou um ser, ou
seja, as propriedades imutáveis
que caracterizam sua natureza.
Corresponde ao que vem antes
mesmo da aparição do ser, ao
mais básico, fundamental e
importante, que caracteriza um ser
ou uma coisa.
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Essência de uma
pessoa
Seguindo este entendimento, a
essência de uma pessoa seria o
conjunto de características que
estariam inscritas nela antes
mesmo de sua existência, de modo
que sua existência seria uma
efetivação de uma essência
determinada previamente.
Trata-se de uma concepção
metafísica sobre as características
originárias das coisas e dos seres.
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Sartre propõe uma uma revisão
sobre este entendimento,
comentando a diferença entre os
objetos e as pessoas.
Segundo ele, um objeto é fabricado
de acordo com um conceito de
quem o fabricou, tendo um intuito,
um objetivo e uma utilidade
definida, antes mesmo de sua
existência. Este objeto possui,
portanto, uma essência prévia.
Essência de um
objeto
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A essência de um objeto precede
sua existência, pois ele será
fabricado com base no que irá se
tornar, em qual será sua função.
Porém, no ser humano há uma
diferença, este não foi fabricado
por alguém com um objetivo
específico, mas cada pessoa surge
no mundo e atribui a sua vida os
sentidos que surgirem de sua
existência concreta e singular.
Essência de um
objeto X existência
de uma pessoa
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“Que significa, aqui, que a existência
precede a essência? Significa que o
homem existe primeiro, se encontra,
surge no mundo, e se define em
seguida. Se o homem, na concepção
do existencialismo, não é definível, é
porque ele não é, inicialmente, nada.
Ele apenas será alguma coisa
posteriormente, e será aquilo que ele
se tornar. Assim, não há natureza
humana, pois não há um Deus para
concebê-la.”
(Sartre, em ‘O existencialismo é um humanismo’)
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Existência A palavra ‘existência ‘ vem do latim
existentia, derivada de existere, que
significa sair de uma casa, de um
domínio ou de um esconderijo. É
sinônimo de colocar-se,
mostrar-se, fazer um movimento
para fora.
A existência não é estática, mas se
desenvolve e se transforma de
acordo com as experiências e
escolhas que fazemos.
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Existência Estamos sempre em
transformação, fazendo novas
escolhas, buscando novos
caminhos e reconstruindo a nós
mesmos a cada instante, criando,
recriando e encontrando novos
sentidos para nossa vida.
Não há como conceber no ser
humano uma essência prévia que o
determine, só podemos nos definir
por nossa existência, sempre em
processo.ex-isto www.ex-isto.com
Liberdade Na concepção existencialista a
liberdade é a possibilidade de fazer
escolhas. Somos livres pois
fazemos escolhas a todo
momento, e não há como não
fazer.
Agora mesmo você está
escolhendo fazer essa aula, mas
pode, a qualquer momento, deixar
de fazer e se dedicar a outra
atividade.
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Liberdade A liberdade é, portanto, uma
condição da existência humana.
Essa liberdade sempre se exerce
em situação, num contexto e
diante de condições e limites.
Para Sartre o ser humano está
"condenado a ser livre", pois não
escolhe ser livre, e sempre precisa
escolher o que fazer de sua vida,
sendo responsável pelas escolhas
que fizer.
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Condenado a ser
livre
Não há como não ser livre, pois
não há como não escolher. Neste
sentido, a liberdade é uma espécie
de “condenação”, pois inclusive
quando escolhemos não fazer
nada, estamos escolhendo.
Por um lado parece agradável a
possibilidade de escolher a todo
momento, mas ao mesmo tempo
este é o drama da existência, ter de
escolher a todo momento.
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“É o que exprimirei dizendo que
o homem está condenado a ser
livre. Condenado, pois ele não se
criou a si mesmo, e, por outro
lado, contudo, é livre, já que, uma
vez lançado no mundo, é o
responsável por tudo aquilo que
faz.”
(Sartre, em 'O Existencialismo é um Humanismo')
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Escolhas Por nos perceber como o único
responsável por fazer as escolhas
em nossa vida, podemos nos sentir
desamparados.
Mesmo que outras pessoas nos
ajudem a fazer escolhas, seja por
meio de conselhos ou indicando o
que, para eles, é o melhor a ser
feito, a escolha final será sempre a
nossa. Trata-se de um constante
confronto com a nossa existência.
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Escolha A escolha nem sempre é algo
agradável, pode ser difícil e
inclusive muito angustiante ter de
escolher a todo momento.
Por conta disso, uma das primeiras
consequências da escolha é
justamente a angústia, que surge
quando tomamos a consciência da
nossa possibilidade de escolher, e
que nossas escolhas constroem a
pessoa que estamos sendo.
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Angústia A angústia é uma espécie de medo
ou temor que não é direcionado a
um objeto específico, mas que
volta-se para si mesmo.
Trata-se de uma reação da
consciência da contingência e da
liberdade, de que a vida não possui
um sentido prévio, mas que somos
nós que a fazemos, de que somos
responsáveis por nossas escolhas,
e que escolhendo escolho a mim
mesmo.ex-isto www.ex-isto.com
“O indivíduo se angustia pois
se vê na situação de escolher
sua vida, seu destino, sem
buscar orientação ou apoio
em ninguém. Sente-se
desamparado.”
(Penha, em ‘O que é existencialismo’)
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Responsabilidade A responsabilidade é a primeira
decorrência da liberdade de
escolhas, que nos faz eticamente
responsáveis, enquanto co-autores
de nossa existência e do mundo.
Ao escolher, cada pessoa escolhe
também para todos os outros
seres humanos, corresponsável
pelo mundo onde vive, sendo por
ele transformado, ao mesmo
tempo em que o transforma.
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“Mas se realmente a existência
precede a essência o homem é
responsável pelo que é. Assim, a
primeira decorrência do
existencialismo é colocar todo
homem em posse daquilo que ele
é, e fazer repousar sobre ele a
responsabilidade total por sua
existência.”
(Sartre, em ‘O existencialismo é um humanismo’)
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Toda escolha que fazemos afeta
outras pessoas.
Quando faço uma escolha, escolho
por mim e por toda a humanidade,
cada uma de minhas escolhas
possui uma implicação ética tanto
por alterar a minha pessoa, como
também por transformar a relação
que estabeleço com as outras
pessoas.
Responsabilidade
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“Quando dizemos que o homem
faz escolhas por si mesmo,
entendemos que cada um de nós
faz essa escolha, mas, com isso,
queremos dizer também que, ao
escolher por si, cada homem
escolhe por todos os homens.”
(Sartre, em ‘O Existencialismo é um Humanismo’)
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Má-fé Nem sempre nos sentimos a
vontade com a possibilidade de
escolher, muitas pessoas preferem
evitar a responsabilidade de suas
escolhas e atribuem essa
incumbência a outras pessoas, a
uma norma social, ao passado, a
astrologia, a uma herança
biológica, a uma religião, ao acaso,
a um partido político, a uma
tradição de família, etc.
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Má-fé Sartre chama isso de má-fé, que
ocorre quando faço uma escolha e
me faço crer que fiz essa escolha
por conta outra coisa, pessoa ou
circunstância ou regra moral.
Escolher pode ser muito
angustiante, quando lidamos com
a angústia da escolha passamos a
perceber que por meio de cada
escolha que fazemos ampliamos
nossas possibilidades de ser, nos
abrindo novas perspectivas.ex-isto www.ex-isto.com
“Devemos realizar este ato de fé:
criar o significado em que
buscamos viver. Cada ato, então,
que não esteja comprometido por
uma forma do que Sartre chama
‘má-fé’, pode ser visto como um
tipo de fé: como um
compromisso de agir diante do
‘nada’ e de não fingir que as
coisas são impostas ou exigidas.”
(Reynolds, em ‘Existencialismo’)
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Ser-em-si Se refere ao modo de ser de uma
pessoa que se afirma numa
identidade fixa e pronta de si,
tratando a si mesma de maneira
rígida e determinada, vivendo de
acordo com a ideia que se
estabeleceu para si.
Não possui consciência de sua
liberdade, pois se autodetermina
como uma essência já definida,
pronta e fechada.
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Ser-para-si Se refere ao modo de ser de uma
pessoa que encara a liberdade e o
risco de suas escolhas autônomas,
que não se fixa numa identidade
rígida, estando sempre voltada
para fora, aberta às coisas do
mundo e às transformações que
acontecem, reconhecendo sua
singularidade e como um vir-a-ser,
disponível à possibilidade de
mudança.
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Ser-para-si O ser-para-si é vazio, pura
indeterminação, e portanto é
radicalmente livre, uma liberdade
que se move por meio de suas
diversas possibilidades.
O ser-para-si não é algo, pois não
possui uma essência, ele é pura
existência, e está condenado a
essa liberdade, tendo que fazer
escolhas para criar a essência que
não possui.
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“Distinguindo o ‘ser-em-si’ do
‘ser-para-si’: o primeiro, região
das coisas materiais, é pura
inércia; o segundo, região da
consciência, é pura abertura
espontânea, pura vacuidade e,
portanto, uma ‘nadificação’ na
totalidade do ser.”
(Maciel, em 'Sartre: vida e obra', 1980)
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“O inferno são os
outros”
Esta famosa frase foi escrita por
Jean-Paul Sartre, numa peça
teatral de 1944, com o título 'Entre
quatro paredes' (“Huis clos”).
O drama apresenta três
personagens num único cenário, o
escritor Garcin, a burguesa fútil
Estelle, e uma funcionária dos
correios homossexual, Inês.
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Entre quatro
paredes, 1944
Garcin era um escritor queria ser
herói mas se tornou covarde,
Estelle era uma burguesa fútil que
só se preocupava com sua própria
imagem e Inês era uma funcionária
dos correios que se sente atraída
pela burguesa e tenta conquistá-la.
Os três personagens estão
trancados num cômodo.
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Entre quatro
paredes, 1944
Por estarem fechados no mesmo
local, eles precisam se perceber
por meio dos olhares dos outros.
Deste modo, os personagens
começam a declarar os defeitos e
fracassos uns dos outros,
comentando suas histórias de vida
e colocando um contra o outro.
Com o tempo, a convivência vai se
tornando cada vez mais
insuportável.
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“O inferno são os
outros”
Logo eles percebem que estão no
inferno, porém não há criaturas
demoníacas, nem brasas, como
descreve a tradição cristã.
O inferno, neste caso, são os
outros, pois são eles que estão
sempre julgando nossos modos de
ser e nossas escolhas, o que
decidimos e o que fazemos de
nossas vidas.
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“O bronze aí está, eu o contemplo e
compreendo que estou no inferno. Digo a
vocês que tudo estava previsto. Eles
previram que eu haveria de parar em
frente deste bronze, tocando-o com
minhas mãos, com todos esses olhares
sobre mim. Todos esses olhares que me
comem! (Volta-se bruscamente). Ah,
vocês são só duas? Pensei que fossem
muitas, muitas mais! (Ri). Então, é isso
que é o inferno! Nunca imaginei... Não se
lembram? O enxofre, a fogueira, a
grelha... Que brincadeira! Nada de grelha.
O inferno... O inferno são os outros!”
(Sartre, em 'Entre quatro paredes')
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Engajamento O termo engajamento é muito
utilizado na filosofia de Sartre que
corresponde a tudo aquilo para o
qual uma pessoa se envolve, se
engaja e direciona sua existência.
Podendo ser uma causa política,
filosófica, religiosa, familiar, ética
ou pessoal. Para Sartre, não há
como descrever uma pessoa sem
considerar seu engajamento.
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Projeto A existência é um constante
projetar-se para fora, para agir
uma pessoa necessita estabelecer
projetos, que consiste em decidir
entre as coisas que pode fazer,
quais ela irá se dedicar.
Esse modo de ser é o que
caracteriza a existência humana,
pois a pessoa não é um ser
fechado em si, mas lançada no
mundo, em situação e relação.
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Projeto A liberdade não consiste em voltar
para si mesmo, mas buscar
sempre fora de si a sua realização
particular, se realizando assim
como ser existente.
“Não é em algum retiro que nós
nos descobrimos: é na estrada, na
cidade, em meio da multidão,
como coisa entre coisas, como
homem entre homens.”
(Sartre, em 'Situações I', 1947)
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“Para agir, porém, o homem
deve estabelecer projetos:
deve decidir entre as coisas a
ser feitas, quais ele irá fazer.”
(Maciel, em 'Sartre: vida e obra')
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Filosofia de ação O existencialismo é uma filosofia
que considera o ser humano livre
para fazer escolhas e responsável
por elas.
Trata-se, portanto, de uma filosofia
de ação, que coloca a pessoa
diante de sua própria existência,
responsável e na possibilidade de
escolher novos caminhos para si
mesma.
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Filosofia de ação Como estamos sempre
escolhendo o que vamos fazer de
nossa vida, estamos sempre diante
da ação de escolher, de perceber a
nós mesmos e de nos
responsabilizar por nossas
escolhas.
Deste modo, fazemos e refazemos
a nós mesmos, nossa existência e
nosso modo de ser numa relação
dialética com o mundo.
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“O homem precisa encontrar-se
ele próprio e convencer-se de
que nada poderá salvá-lo de si
mesmo. Neste sentido, o
existencialismo é um otimismo,
uma doutrina de ação.”
(Sartre, em 'O existencialismo é um humanismo')
ex-isto www.ex-isto.com
Referências
bibliográficas
BAKEWELL, Sarah. No café
existencialista. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2017.
COTRIM, G.; FERNANDES, M.
Fundamentos da Filosofia. São
Paulo: Saraiva, 2013.
FOULQUIÉ, Paul. O Existencialismo.
Algés: DIFEL, 1975.
MACIEL, Luiz Carlos. Sartre: Vida e
Obra. São Paulo: Paz e Terra, 1980.
Referências
bibliográficas
PENHA, João da. O que é
existencialismo. Brasiliense: São
Paulo, 2014.
REYNOLDS, Jack. Existencialismo.
Vozes: Rio de Janeiro, 2013.
SARTRE, Jean-Paul. O
Existencialismo é um Humanismo.
Petrópolis: Vozes, 2014.
Por Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial e
professor, graduado em Psicologia,
licenciado em Filosofia e Pedagogia,
pós-graduado em Ensino de Filosofia,
especializado em Psicoterapia
Fenomenológico Existencial,
pós-graduando em Psicologia
Existencial Humanista e
Fenomenológica.
www.brunopsiexistencial.tk
www.fb.com/brunopsiexistencial
www.instagram.com/brunopsiexistencial
ex-isto Ex-isto é um projeto dedicado ao
estudo e pesquisa sobre o
existencialismo e suas relações com a
psicologia, filosofia, psicoterapia,
fenomenologia, literatura e artes. Tem
como intuito oferecer conteúdos que
facilitem a compreensão sobre os
temas pesquisados.
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www.fb.com/existocom
www.youtube.com/existo
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Sartre - principais conceitos

  • 1. Jean-Paul Sartre Principais conceitos Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial e professor. www.ex-isto.com
  • 2. Jean-Paul Sartre (1905-1980) Jean-Paul Sartre foi filósofo, escritor e crítico francês, um dos mais importantes do século XX, principal representante e divulgador do existencialismo. Em sua infância, viveu numa família tipicamente burguesa, foi educado por seu avô e por cuidadores, tendo sido muito incentivado para seguir a vocação de escritor. ex-isto www.ex-isto.com
  • 4. Jean-Paul Sartre Sartre se interessou pela fenomenologia de Edmund Husserl, chegou a ir para a Alemanha para se dedicar ao estudo da fenomenologia, quando voltou começou a desenvolver seu próprio viés da fenomenologia. Ele construiu suas ideias partindo de suas experiências de vida, leituras de Kierkegaard, Heidegger, Marx, Nietzsche, entre outros. ex-isto www.ex-isto.com
  • 5. “Sartre era um elo que os ligava a toda a linhagem de rebeldes filosóficos: Nietzsche, Kierkegaard e os demais. Sartre era a ponte para todas as tradições que pilhou, modernizou, personalizou e reinventou. Mas, durante toda a sua vida, ele insistiu que o importante não era o passado, de forma alguma: era o futuro. É preciso estar sempre em movimento, criando o que será: agir no mundo, deixar uma marca.” (Bakewell, em ‘No café existencialista’) ex-isto www.ex-isto.com
  • 6. Contingência Em seu livro ‘A Náusea’, publicado em 1938, o personagem principal, Antoine Roquentin é tomado por um sentimento de náusea, quando percebe que nada no mundo acontece por necessidade. Ele constata que tudo é contingente, ou seja, poderia ter acontecido de outra maneira, e se sente horrorizado com essa constatação. ex-isto www.ex-isto.com
  • 7. Antoine Roquentin em ‘A Náusea’ O personagem tem alguns momentos de alívio, por exemplo quando em seu bar favorito toca uma de suas músicas favoritas. Cada nota leva à seguinte, isso lhe dá a impressão que nada poderia ser diferente, a canção tem portanto necessidade, isso faz com que ele sinta que sua existência também assim seja. ex-isto www.ex-isto.com
  • 8. Antoine Roquentin em ‘A Náusea’ Tudo lhe parece muito bem e equilibrado, inclusive quando ele leva o copo de cerveja a sua boca, que segue numa curva harmoniosa e volta-o na mesa sem derramar. Seus gestos e sua percepção seguem como as de um atleta ou de um músico, até que a música termina e tudo volta a se despedaçar. ex-isto www.ex-isto.com
  • 10. Essência A palavra essência vem do latim “essentia”, que significa aquilo que compõe uma coisa ou um ser, ou seja, as propriedades imutáveis que caracterizam sua natureza. Corresponde ao que vem antes mesmo da aparição do ser, ao mais básico, fundamental e importante, que caracteriza um ser ou uma coisa. ex-isto www.ex-isto.com
  • 11. Essência de uma pessoa Seguindo este entendimento, a essência de uma pessoa seria o conjunto de características que estariam inscritas nela antes mesmo de sua existência, de modo que sua existência seria uma efetivação de uma essência determinada previamente. Trata-se de uma concepção metafísica sobre as características originárias das coisas e dos seres. ex-isto www.ex-isto.com
  • 12. Sartre propõe uma uma revisão sobre este entendimento, comentando a diferença entre os objetos e as pessoas. Segundo ele, um objeto é fabricado de acordo com um conceito de quem o fabricou, tendo um intuito, um objetivo e uma utilidade definida, antes mesmo de sua existência. Este objeto possui, portanto, uma essência prévia. Essência de um objeto ex-isto www.ex-isto.com
  • 13. A essência de um objeto precede sua existência, pois ele será fabricado com base no que irá se tornar, em qual será sua função. Porém, no ser humano há uma diferença, este não foi fabricado por alguém com um objetivo específico, mas cada pessoa surge no mundo e atribui a sua vida os sentidos que surgirem de sua existência concreta e singular. Essência de um objeto X existência de uma pessoa ex-isto www.ex-isto.com
  • 14. “Que significa, aqui, que a existência precede a essência? Significa que o homem existe primeiro, se encontra, surge no mundo, e se define em seguida. Se o homem, na concepção do existencialismo, não é definível, é porque ele não é, inicialmente, nada. Ele apenas será alguma coisa posteriormente, e será aquilo que ele se tornar. Assim, não há natureza humana, pois não há um Deus para concebê-la.” (Sartre, em ‘O existencialismo é um humanismo’) ex-isto www.ex-isto.com
  • 15. Existência A palavra ‘existência ‘ vem do latim existentia, derivada de existere, que significa sair de uma casa, de um domínio ou de um esconderijo. É sinônimo de colocar-se, mostrar-se, fazer um movimento para fora. A existência não é estática, mas se desenvolve e se transforma de acordo com as experiências e escolhas que fazemos. ex-isto www.ex-isto.com
  • 16. Existência Estamos sempre em transformação, fazendo novas escolhas, buscando novos caminhos e reconstruindo a nós mesmos a cada instante, criando, recriando e encontrando novos sentidos para nossa vida. Não há como conceber no ser humano uma essência prévia que o determine, só podemos nos definir por nossa existência, sempre em processo.ex-isto www.ex-isto.com
  • 17. Liberdade Na concepção existencialista a liberdade é a possibilidade de fazer escolhas. Somos livres pois fazemos escolhas a todo momento, e não há como não fazer. Agora mesmo você está escolhendo fazer essa aula, mas pode, a qualquer momento, deixar de fazer e se dedicar a outra atividade. ex-isto www.ex-isto.com
  • 18. Liberdade A liberdade é, portanto, uma condição da existência humana. Essa liberdade sempre se exerce em situação, num contexto e diante de condições e limites. Para Sartre o ser humano está "condenado a ser livre", pois não escolhe ser livre, e sempre precisa escolher o que fazer de sua vida, sendo responsável pelas escolhas que fizer. ex-isto www.ex-isto.com
  • 19. Condenado a ser livre Não há como não ser livre, pois não há como não escolher. Neste sentido, a liberdade é uma espécie de “condenação”, pois inclusive quando escolhemos não fazer nada, estamos escolhendo. Por um lado parece agradável a possibilidade de escolher a todo momento, mas ao mesmo tempo este é o drama da existência, ter de escolher a todo momento. ex-isto www.ex-isto.com
  • 20. “É o que exprimirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, pois ele não se criou a si mesmo, e, por outro lado, contudo, é livre, já que, uma vez lançado no mundo, é o responsável por tudo aquilo que faz.” (Sartre, em 'O Existencialismo é um Humanismo') ex-isto www.ex-isto.com
  • 21. Escolhas Por nos perceber como o único responsável por fazer as escolhas em nossa vida, podemos nos sentir desamparados. Mesmo que outras pessoas nos ajudem a fazer escolhas, seja por meio de conselhos ou indicando o que, para eles, é o melhor a ser feito, a escolha final será sempre a nossa. Trata-se de um constante confronto com a nossa existência. ex-isto www.ex-isto.com
  • 22. Escolha A escolha nem sempre é algo agradável, pode ser difícil e inclusive muito angustiante ter de escolher a todo momento. Por conta disso, uma das primeiras consequências da escolha é justamente a angústia, que surge quando tomamos a consciência da nossa possibilidade de escolher, e que nossas escolhas constroem a pessoa que estamos sendo. ex-isto www.ex-isto.com
  • 23. Angústia A angústia é uma espécie de medo ou temor que não é direcionado a um objeto específico, mas que volta-se para si mesmo. Trata-se de uma reação da consciência da contingência e da liberdade, de que a vida não possui um sentido prévio, mas que somos nós que a fazemos, de que somos responsáveis por nossas escolhas, e que escolhendo escolho a mim mesmo.ex-isto www.ex-isto.com
  • 24. “O indivíduo se angustia pois se vê na situação de escolher sua vida, seu destino, sem buscar orientação ou apoio em ninguém. Sente-se desamparado.” (Penha, em ‘O que é existencialismo’) ex-isto www.ex-isto.com
  • 25. Responsabilidade A responsabilidade é a primeira decorrência da liberdade de escolhas, que nos faz eticamente responsáveis, enquanto co-autores de nossa existência e do mundo. Ao escolher, cada pessoa escolhe também para todos os outros seres humanos, corresponsável pelo mundo onde vive, sendo por ele transformado, ao mesmo tempo em que o transforma. ex-isto www.ex-isto.com
  • 26. “Mas se realmente a existência precede a essência o homem é responsável pelo que é. Assim, a primeira decorrência do existencialismo é colocar todo homem em posse daquilo que ele é, e fazer repousar sobre ele a responsabilidade total por sua existência.” (Sartre, em ‘O existencialismo é um humanismo’) ex-isto www.ex-isto.com
  • 27. Toda escolha que fazemos afeta outras pessoas. Quando faço uma escolha, escolho por mim e por toda a humanidade, cada uma de minhas escolhas possui uma implicação ética tanto por alterar a minha pessoa, como também por transformar a relação que estabeleço com as outras pessoas. Responsabilidade ex-isto www.ex-isto.com
  • 28. “Quando dizemos que o homem faz escolhas por si mesmo, entendemos que cada um de nós faz essa escolha, mas, com isso, queremos dizer também que, ao escolher por si, cada homem escolhe por todos os homens.” (Sartre, em ‘O Existencialismo é um Humanismo’) ex-isto www.ex-isto.com
  • 29. Má-fé Nem sempre nos sentimos a vontade com a possibilidade de escolher, muitas pessoas preferem evitar a responsabilidade de suas escolhas e atribuem essa incumbência a outras pessoas, a uma norma social, ao passado, a astrologia, a uma herança biológica, a uma religião, ao acaso, a um partido político, a uma tradição de família, etc. ex-isto www.ex-isto.com
  • 30. Má-fé Sartre chama isso de má-fé, que ocorre quando faço uma escolha e me faço crer que fiz essa escolha por conta outra coisa, pessoa ou circunstância ou regra moral. Escolher pode ser muito angustiante, quando lidamos com a angústia da escolha passamos a perceber que por meio de cada escolha que fazemos ampliamos nossas possibilidades de ser, nos abrindo novas perspectivas.ex-isto www.ex-isto.com
  • 31. “Devemos realizar este ato de fé: criar o significado em que buscamos viver. Cada ato, então, que não esteja comprometido por uma forma do que Sartre chama ‘má-fé’, pode ser visto como um tipo de fé: como um compromisso de agir diante do ‘nada’ e de não fingir que as coisas são impostas ou exigidas.” (Reynolds, em ‘Existencialismo’) ex-isto www.ex-isto.com
  • 32. Ser-em-si Se refere ao modo de ser de uma pessoa que se afirma numa identidade fixa e pronta de si, tratando a si mesma de maneira rígida e determinada, vivendo de acordo com a ideia que se estabeleceu para si. Não possui consciência de sua liberdade, pois se autodetermina como uma essência já definida, pronta e fechada. ex-isto www.ex-isto.com
  • 33. Ser-para-si Se refere ao modo de ser de uma pessoa que encara a liberdade e o risco de suas escolhas autônomas, que não se fixa numa identidade rígida, estando sempre voltada para fora, aberta às coisas do mundo e às transformações que acontecem, reconhecendo sua singularidade e como um vir-a-ser, disponível à possibilidade de mudança. ex-isto www.ex-isto.com
  • 34. Ser-para-si O ser-para-si é vazio, pura indeterminação, e portanto é radicalmente livre, uma liberdade que se move por meio de suas diversas possibilidades. O ser-para-si não é algo, pois não possui uma essência, ele é pura existência, e está condenado a essa liberdade, tendo que fazer escolhas para criar a essência que não possui. ex-isto www.ex-isto.com
  • 35. “Distinguindo o ‘ser-em-si’ do ‘ser-para-si’: o primeiro, região das coisas materiais, é pura inércia; o segundo, região da consciência, é pura abertura espontânea, pura vacuidade e, portanto, uma ‘nadificação’ na totalidade do ser.” (Maciel, em 'Sartre: vida e obra', 1980) ex-isto www.ex-isto.com
  • 36. “O inferno são os outros” Esta famosa frase foi escrita por Jean-Paul Sartre, numa peça teatral de 1944, com o título 'Entre quatro paredes' (“Huis clos”). O drama apresenta três personagens num único cenário, o escritor Garcin, a burguesa fútil Estelle, e uma funcionária dos correios homossexual, Inês. ex-isto www.ex-isto.com
  • 37. Entre quatro paredes, 1944 Garcin era um escritor queria ser herói mas se tornou covarde, Estelle era uma burguesa fútil que só se preocupava com sua própria imagem e Inês era uma funcionária dos correios que se sente atraída pela burguesa e tenta conquistá-la. Os três personagens estão trancados num cômodo. ex-isto www.ex-isto.com
  • 38. Entre quatro paredes, 1944 Por estarem fechados no mesmo local, eles precisam se perceber por meio dos olhares dos outros. Deste modo, os personagens começam a declarar os defeitos e fracassos uns dos outros, comentando suas histórias de vida e colocando um contra o outro. Com o tempo, a convivência vai se tornando cada vez mais insuportável. ex-isto www.ex-isto.com
  • 39. “O inferno são os outros” Logo eles percebem que estão no inferno, porém não há criaturas demoníacas, nem brasas, como descreve a tradição cristã. O inferno, neste caso, são os outros, pois são eles que estão sempre julgando nossos modos de ser e nossas escolhas, o que decidimos e o que fazemos de nossas vidas. ex-isto www.ex-isto.com
  • 40. “O bronze aí está, eu o contemplo e compreendo que estou no inferno. Digo a vocês que tudo estava previsto. Eles previram que eu haveria de parar em frente deste bronze, tocando-o com minhas mãos, com todos esses olhares sobre mim. Todos esses olhares que me comem! (Volta-se bruscamente). Ah, vocês são só duas? Pensei que fossem muitas, muitas mais! (Ri). Então, é isso que é o inferno! Nunca imaginei... Não se lembram? O enxofre, a fogueira, a grelha... Que brincadeira! Nada de grelha. O inferno... O inferno são os outros!” (Sartre, em 'Entre quatro paredes') ex-isto www.ex-isto.com
  • 41. Engajamento O termo engajamento é muito utilizado na filosofia de Sartre que corresponde a tudo aquilo para o qual uma pessoa se envolve, se engaja e direciona sua existência. Podendo ser uma causa política, filosófica, religiosa, familiar, ética ou pessoal. Para Sartre, não há como descrever uma pessoa sem considerar seu engajamento. ex-isto www.ex-isto.com
  • 42. Projeto A existência é um constante projetar-se para fora, para agir uma pessoa necessita estabelecer projetos, que consiste em decidir entre as coisas que pode fazer, quais ela irá se dedicar. Esse modo de ser é o que caracteriza a existência humana, pois a pessoa não é um ser fechado em si, mas lançada no mundo, em situação e relação. ex-isto www.ex-isto.com
  • 43. Projeto A liberdade não consiste em voltar para si mesmo, mas buscar sempre fora de si a sua realização particular, se realizando assim como ser existente. “Não é em algum retiro que nós nos descobrimos: é na estrada, na cidade, em meio da multidão, como coisa entre coisas, como homem entre homens.” (Sartre, em 'Situações I', 1947) ex-isto www.ex-isto.com
  • 44. “Para agir, porém, o homem deve estabelecer projetos: deve decidir entre as coisas a ser feitas, quais ele irá fazer.” (Maciel, em 'Sartre: vida e obra') ex-isto www.ex-isto.com
  • 45. Filosofia de ação O existencialismo é uma filosofia que considera o ser humano livre para fazer escolhas e responsável por elas. Trata-se, portanto, de uma filosofia de ação, que coloca a pessoa diante de sua própria existência, responsável e na possibilidade de escolher novos caminhos para si mesma. ex-isto www.ex-isto.com
  • 46. Filosofia de ação Como estamos sempre escolhendo o que vamos fazer de nossa vida, estamos sempre diante da ação de escolher, de perceber a nós mesmos e de nos responsabilizar por nossas escolhas. Deste modo, fazemos e refazemos a nós mesmos, nossa existência e nosso modo de ser numa relação dialética com o mundo. ex-isto www.ex-isto.com
  • 47. “O homem precisa encontrar-se ele próprio e convencer-se de que nada poderá salvá-lo de si mesmo. Neste sentido, o existencialismo é um otimismo, uma doutrina de ação.” (Sartre, em 'O existencialismo é um humanismo') ex-isto www.ex-isto.com
  • 48. Referências bibliográficas BAKEWELL, Sarah. No café existencialista. Rio de Janeiro: Objetiva, 2017. COTRIM, G.; FERNANDES, M. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2013. FOULQUIÉ, Paul. O Existencialismo. Algés: DIFEL, 1975. MACIEL, Luiz Carlos. Sartre: Vida e Obra. São Paulo: Paz e Terra, 1980.
  • 49. Referências bibliográficas PENHA, João da. O que é existencialismo. Brasiliense: São Paulo, 2014. REYNOLDS, Jack. Existencialismo. Vozes: Rio de Janeiro, 2013. SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um Humanismo. Petrópolis: Vozes, 2014.
  • 50. Por Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial e professor, graduado em Psicologia, licenciado em Filosofia e Pedagogia, pós-graduado em Ensino de Filosofia, especializado em Psicoterapia Fenomenológico Existencial, pós-graduando em Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica. www.brunopsiexistencial.tk www.fb.com/brunopsiexistencial www.instagram.com/brunopsiexistencial
  • 51. ex-isto Ex-isto é um projeto dedicado ao estudo e pesquisa sobre o existencialismo e suas relações com a psicologia, filosofia, psicoterapia, fenomenologia, literatura e artes. Tem como intuito oferecer conteúdos que facilitem a compreensão sobre os temas pesquisados. www.ex-isto.com www.fb.com/existocom www.youtube.com/existo www.instagram.com/existocom