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Redes Sociais @augustodefranco
Entre, por favor
Para entender redes...
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Uma árvore bem gorjeada!
“Uma árvore bem gorjeada em poucos segundos passa a fazer parte dos pássaros que a gorjeiam” Manoel de Barros
Hummm...
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Entendeu agora o que é rede?
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Mas o que são redes sociais?
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Será?
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Mas muitas pessoas não entenderam tais evidências
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Ninguém pode entender os múltiplos mundos sociais em rede que estão se configurando se não entender o que é rede!
Para entender o que é rede: 1 - Descentralização ≠ Distribuição 2 - Participação ≠ Interação 3 - Site da Rede ≠ Rede
1 Descentralização  ≠  Distribuição
Para entender a diferença entre descentralização e distribuição “On distributed  communications” (1964)
O diagrama original de Paul Baran
A conectividade acompanha a distribuição
A interatividadeacompanha a conectividade
2 Participação  ≠  Interação
Entendendo a fenomenologia da interação
Clustering Swarming Cloning Crunching
A primeira grande descoberta:Tudo que interage clusteriza 1 Tudo clusteriza independentemente do conteúdo, em função dos graus de distribuição e conectividade (ou interatividade) da rede social.
A primeira grande descoberta:Tudo que interage clusteriza 1  Ao articular uma organização em rede distribuída não é necessário pré-determinar quais serão os departamentos, aquelas caixinhas desenhadas nos organogramas. Estando claro, para os interagentes, qual é o propósito da iniciativa, basta deixar as forças do aglomeramento atuarem.
A segunda grande descoberta:Tudo que interage pode enxamear 2 Swarming (ou swarm behavior) e suas variantes como herding e shoaling, não acontecem somente com insetos, formigas, abelhas, pássaros, quadrúpedes e peixes. Em termos genéricos esses movimentos coletivos (também chamados de flocking) ocorrem quando um grande número de entidades self-propelled interagem. 
Shoaling
Flocking
A segunda grande descoberta:Tudo que interage pode enxamear 2 Algum tipo de inteligência coletiva (swarm intelligence) está sempre envolvida nestes movimentos. Isso também ocorre com humanos, quando multidões se aglomeram (clustering) e “evoluem” sincronizadamente sem qualquer condução exercida por algum líder; ou quando muitas pessoas enxameiam e provocam grandes mobilizações sem convocação ou coordenação centralizada.
Swarming
Madri 2004
Cairo (Praça Tahrir) 2011
Madri (novamente) 2011
A terceira grande descoberta:Imitação é uma forma de interação 3 Como pessoas – gholas sociais – todos somos clones, na medida em que somos culturalmente formados como réplicas variantes (embora únicas) de configurações das redes sociais onde estamos emaranhados.
Jaume Plensa, Barcelona
A terceira grande descoberta:Aimitação é uma clonagem 3 O termo clone deriva da palavra grega klónos, usada para designar "tronco” ou “ramo", referindo-se ao processo pelo qual uma nova planta pode ser criada a partir de um galho. Mas é isso mesmo. A nova planta imita a velha. A vida imita a vida. A convivência imita a convivência. A pessoa imita o social.
A terceira grande descoberta:Aimitação é uma clonagem 3 Sem imitação não poderia haver ordem emergente nas sociedades humanas ou em qualquer coletivo de seres capazes de interagir. Sem imitação os cupins não conseguiriam construir seus cupinzeiros. Sem imitação, os pássaros não voariam em bando, configurando formas geométricas tão surpreendentes e fazendo aquelas evoluções fantásticas.
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A terceira grande descoberta:Aimitação é uma clonagem 3  Quando tentamos orientar as pessoas sobre o quê – e como, e quando, e onde – elas devem aprender, nós é que estamos, na verdade, tentando replicar, reproduzir borgs: queremos seres que repetem. Quando deixamos as pessoas imitarem umas as outras, não replicamos; pelo contrário, ensejamos a formação de gholas sociais. Como seres humanos somos seres imitadores.
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A terceira grande descoberta:Aimitação é uma clonagem 3  Nada a ver com conteúdo. Nos mundos altamente conectados o cloning tende a auto-organizar boa parte das coisas que nos esforçamos por organizar inventando complicados processos e métodos de gestão. Mesmo porque tudo isso vira lixo na medida em que os mundos começam a se contrair sob efeito de crunching.
Empowerfulness
A quarta grande descoberta:Small is powerful 4  Essa talvez seja a mais surpreendente descoberta-fluzz de todos os tempos. Em outras palavras, isso quer dizer que o social reinventa o poder. No lugar do poder de mandar nos outros, surge o poder de encorajá-los (e encorajar-se): empowerment!  Sim, fluzz é empowerfulness.
A quarta grande descoberta:Small is powerful 4  Quando aumenta a interatividade é porque os graus de conectividade e distribuição da rede social aumentaram; ou, dizendo de outro modo, é porque os graus de separação diminuíram: o mundo social se contraiu (crunch). Os graus de separação não estão apenas diminuindo: eles estão despencando. Estamos sob o efeito desse amassamento (Small-World Phenomenon).
A quarta grande descoberta:Tudo que interage se aproxima 4  Nada a ver com conteúdo. Tudo que interage tende a se emaranhar mais e a se aproximar, diminuindo o tamanho social do mundo. Quanto menores os graus de separação do emaranhado em você vive como pessoa, mais empoderado por ele (por esse emaranhado) você será. Mais alternativas de futuro terá à sua disposição.
3 Site da rede  ≠  Rede
Midias sociais ≠ Redes sociais
Existe rede socialdesde que existe sociedade humana
O que está aumentando agoraé ainteratividade
Por que Montezuma ≠ Gerônimo?
Como seria uma plataforma adequada para redes sociais?
Não seria nada parecido com mídias sociais “egonetizadas”, proprietárias e p-based tipo Facebook e assemelhados (como o Google+)
Plataformas egonetizadas deseducam seus “usuários” para as redes sociais distribuídas
Plataformas egonetizadasEm vez de fluxo, “meu quadrado” A pessoas tende a achar que a sua página é o seu espaço proprietário, a partir do qual ela vai interagir. Em vez de se jogar no fluxo, ela se aboleta no seu bunker (chamado de “Minha Página”). E é induzida a achar que ali pode colocar todas as “suas” coisas. E fica até ofendida quando alguém lhe lembra que o concurso de Miss Universo não tem muito a ver com astrofísica...
Plataformas proprietáriasEm vez de distribuição, centralização São urdidas pelos trancadores de códigos. Ao construírem caixas-pretas para esconder seus algoritmos ou para montar seus alçapões de dados (Google ou Facebook), erigem pirâmides para proteger suas operações centralizadoras da rede social. Não é por acaso que essas plataformas desenhadas a partir de uma instância proprietária tentam disciplinar a interação.
Plataformas p-basedEm vez de interação, participação Plataformas p-based (baseadas em participação) envolvem sempre algum tipo de escolha de preferências geradora de escassez. E suas funcionalidades estão voltadas ao arquivamento de passado (para aumentar o repositório ao qual somente seus proprietários têm pleno acesso, na medida em que só eles podem programá-las sem restrições).
Buraco negro
Será?
Qual é, no fundo, no fundo, o problema dessas plataformas egonetizadas, proprietárias e p-based?
Nada de controlar indivíduos
Um problema de concepçãoMidias sociais inadequadas ao netweaving O que está por trás de tudo isso é a idéia de que o indivíduo é o átomo social, quando, na verdade, para ser social é preciso ser molécula. Redes sociais são redes de pessoas e pessoas são produtos de interação e não unidades anteriores à interação.
Pessoas interagindo livremente
Rede sociais não são ferramentasMidias sociais são ferramentas Uma rede não é uma ferramenta – uma plataforma – e sim pessoas, conectadas horizontalmente, interagindo por iniciativa própria. 	Na ausência de uma verdadeira rede social, qualquer plataforma interativa tende a ficar inativa.
Obrigado!
http://escoladeredes.ning.com
Netweaving HCW http://www.redes.org.br

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  • 13. Entendeu agora o que é rede?
  • 15. Heim?
  • 17. Ups! Foi longe demais?
  • 19. Você sabe o que é uma rede neural?
  • 20. Então você já entendeu tudo!
  • 21. Mas o que são redes sociais?
  • 22. Será que redes sociais são essas carinhas nos sites de relacionamento?
  • 25. As redes sociais são as sociedades
  • 27. Redes mais distribuídas do que centralizadas surgem por toda parte
  • 28. O mundo todo está em rede
  • 30. Não apenas um mundo
  • 31. Mundos em rede Mundos em rede
  • 32. Muitos mundos em rede (no plural)
  • 34. Mas muitas pessoas não entenderam tais evidências
  • 35. Nossas instituições não são redes...
  • 37. Ninguém pode entender os múltiplos mundos sociais em rede que estão se configurando se não entender o que é rede!
  • 38. Para entender o que é rede: 1 - Descentralização ≠ Distribuição 2 - Participação ≠ Interação 3 - Site da Rede ≠ Rede
  • 39. 1 Descentralização ≠ Distribuição
  • 40. Para entender a diferença entre descentralização e distribuição “On distributed communications” (1964)
  • 41. O diagrama original de Paul Baran
  • 42. A conectividade acompanha a distribuição
  • 44. 2 Participação ≠ Interação
  • 45.
  • 46. Entendendo a fenomenologia da interação
  • 48. A primeira grande descoberta:Tudo que interage clusteriza 1 Tudo clusteriza independentemente do conteúdo, em função dos graus de distribuição e conectividade (ou interatividade) da rede social.
  • 49.
  • 50.
  • 51. A primeira grande descoberta:Tudo que interage clusteriza 1 Ao articular uma organização em rede distribuída não é necessário pré-determinar quais serão os departamentos, aquelas caixinhas desenhadas nos organogramas. Estando claro, para os interagentes, qual é o propósito da iniciativa, basta deixar as forças do aglomeramento atuarem.
  • 52.
  • 53. A segunda grande descoberta:Tudo que interage pode enxamear 2 Swarming (ou swarm behavior) e suas variantes como herding e shoaling, não acontecem somente com insetos, formigas, abelhas, pássaros, quadrúpedes e peixes. Em termos genéricos esses movimentos coletivos (também chamados de flocking) ocorrem quando um grande número de entidades self-propelled interagem. 
  • 54.
  • 57. A segunda grande descoberta:Tudo que interage pode enxamear 2 Algum tipo de inteligência coletiva (swarm intelligence) está sempre envolvida nestes movimentos. Isso também ocorre com humanos, quando multidões se aglomeram (clustering) e “evoluem” sincronizadamente sem qualquer condução exercida por algum líder; ou quando muitas pessoas enxameiam e provocam grandes mobilizações sem convocação ou coordenação centralizada.
  • 59.
  • 63. A terceira grande descoberta:Imitação é uma forma de interação 3 Como pessoas – gholas sociais – todos somos clones, na medida em que somos culturalmente formados como réplicas variantes (embora únicas) de configurações das redes sociais onde estamos emaranhados.
  • 65.
  • 66. A terceira grande descoberta:Aimitação é uma clonagem 3 O termo clone deriva da palavra grega klónos, usada para designar "tronco” ou “ramo", referindo-se ao processo pelo qual uma nova planta pode ser criada a partir de um galho. Mas é isso mesmo. A nova planta imita a velha. A vida imita a vida. A convivência imita a convivência. A pessoa imita o social.
  • 67.
  • 68. A terceira grande descoberta:Aimitação é uma clonagem 3 Sem imitação não poderia haver ordem emergente nas sociedades humanas ou em qualquer coletivo de seres capazes de interagir. Sem imitação os cupins não conseguiriam construir seus cupinzeiros. Sem imitação, os pássaros não voariam em bando, configurando formas geométricas tão surpreendentes e fazendo aquelas evoluções fantásticas.
  • 70. A terceira grande descoberta:Aimitação é uma clonagem 3 Quando tentamos orientar as pessoas sobre o quê – e como, e quando, e onde – elas devem aprender, nós é que estamos, na verdade, tentando replicar, reproduzir borgs: queremos seres que repetem. Quando deixamos as pessoas imitarem umas as outras, não replicamos; pelo contrário, ensejamos a formação de gholas sociais. Como seres humanos somos seres imitadores.
  • 71. E os cupinzeiros humanos?
  • 72. A terceira grande descoberta:Aimitação é uma clonagem 3 Nada a ver com conteúdo. Nos mundos altamente conectados o cloning tende a auto-organizar boa parte das coisas que nos esforçamos por organizar inventando complicados processos e métodos de gestão. Mesmo porque tudo isso vira lixo na medida em que os mundos começam a se contrair sob efeito de crunching.
  • 74. A quarta grande descoberta:Small is powerful 4 Essa talvez seja a mais surpreendente descoberta-fluzz de todos os tempos. Em outras palavras, isso quer dizer que o social reinventa o poder. No lugar do poder de mandar nos outros, surge o poder de encorajá-los (e encorajar-se): empowerment! Sim, fluzz é empowerfulness.
  • 75.
  • 76.
  • 77.
  • 78. A quarta grande descoberta:Small is powerful 4 Quando aumenta a interatividade é porque os graus de conectividade e distribuição da rede social aumentaram; ou, dizendo de outro modo, é porque os graus de separação diminuíram: o mundo social se contraiu (crunch). Os graus de separação não estão apenas diminuindo: eles estão despencando. Estamos sob o efeito desse amassamento (Small-World Phenomenon).
  • 79.
  • 80. A quarta grande descoberta:Tudo que interage se aproxima 4 Nada a ver com conteúdo. Tudo que interage tende a se emaranhar mais e a se aproximar, diminuindo o tamanho social do mundo. Quanto menores os graus de separação do emaranhado em você vive como pessoa, mais empoderado por ele (por esse emaranhado) você será. Mais alternativas de futuro terá à sua disposição.
  • 81.
  • 82. 3 Site da rede ≠ Rede
  • 83. Midias sociais ≠ Redes sociais
  • 84. Existe rede socialdesde que existe sociedade humana
  • 85. O que está aumentando agoraé ainteratividade
  • 86. Por que Montezuma ≠ Gerônimo?
  • 87. Como seria uma plataforma adequada para redes sociais?
  • 88. Não seria nada parecido com mídias sociais “egonetizadas”, proprietárias e p-based tipo Facebook e assemelhados (como o Google+)
  • 89.
  • 90. Plataformas egonetizadas deseducam seus “usuários” para as redes sociais distribuídas
  • 91. Plataformas egonetizadasEm vez de fluxo, “meu quadrado” A pessoas tende a achar que a sua página é o seu espaço proprietário, a partir do qual ela vai interagir. Em vez de se jogar no fluxo, ela se aboleta no seu bunker (chamado de “Minha Página”). E é induzida a achar que ali pode colocar todas as “suas” coisas. E fica até ofendida quando alguém lhe lembra que o concurso de Miss Universo não tem muito a ver com astrofísica...
  • 92.
  • 93. Plataformas proprietáriasEm vez de distribuição, centralização São urdidas pelos trancadores de códigos. Ao construírem caixas-pretas para esconder seus algoritmos ou para montar seus alçapões de dados (Google ou Facebook), erigem pirâmides para proteger suas operações centralizadoras da rede social. Não é por acaso que essas plataformas desenhadas a partir de uma instância proprietária tentam disciplinar a interação.
  • 94.
  • 95. Plataformas p-basedEm vez de interação, participação Plataformas p-based (baseadas em participação) envolvem sempre algum tipo de escolha de preferências geradora de escassez. E suas funcionalidades estão voltadas ao arquivamento de passado (para aumentar o repositório ao qual somente seus proprietários têm pleno acesso, na medida em que só eles podem programá-las sem restrições).
  • 98. Qual é, no fundo, no fundo, o problema dessas plataformas egonetizadas, proprietárias e p-based?
  • 99. Nada de controlar indivíduos
  • 100. Um problema de concepçãoMidias sociais inadequadas ao netweaving O que está por trás de tudo isso é a idéia de que o indivíduo é o átomo social, quando, na verdade, para ser social é preciso ser molécula. Redes sociais são redes de pessoas e pessoas são produtos de interação e não unidades anteriores à interação.
  • 102. Rede sociais não são ferramentasMidias sociais são ferramentas Uma rede não é uma ferramenta – uma plataforma – e sim pessoas, conectadas horizontalmente, interagindo por iniciativa própria. Na ausência de uma verdadeira rede social, qualquer plataforma interativa tende a ficar inativa.