2. Sigmund Freud (1856 – 1939), em colaboração
com Breuer, começou a pesquisar os
mecanismos psíquicos da histeria e postulou
em sua teoria que essa neurose era causada
por lembranças reprimidas, de grande
intensidade emocional e quase sempre vinda
de um trauma sexual.
3. Universidade do Estado de Minas Gerais
Psicossomática
Prof.: Gesianni Amaral
Acadêmicos: Carine Cardoso, Edilson Cordeiro, Elisa
Parada, Everton Costa, Karyna Silveira, Lidiany Sousa,
Maria Gabriela, Milânia Sousa, Natália Bessa, Rafaela
Soares, Thayná Dias.
4. Relato do caso
Primeiro caso de análise integral realizado por
Freud (denominava análise psíquica);
1892 – paciente jovem (24 anos) com dores nas
pernas e dificuldade para andar;
Encaminhado por um médico amigo de Freud.
5. Relato do Caso
Elisabeth Von R., pseudônimo dado por Freud a Ilona
Weiss;
Muitos infortúnios, pouca felicidade;
Pai morrera;
Mãe acometida por uma afecção dos olhos.
Irmã morre de uma doença cardíaca de longa duração;
Dedicou sua vida ao cuidado de todos.
6. 1° entrevista com Freud
Inteligente e mentalmente normal;
Suportava seus males que interferiam na vida
social e prazeres com ar alegre;
Andava com a parte da frente do corpo inclinada
para frente, mas sem apoio.
7. História dos Sintomas
A paciente vinha sofrendo há mais de dois anos com dores nas
pernas e com dificuldade em andar;
Sua marcha não era de nenhum tipo patológico reconhecido;
A hiperalgia (exagerada sensibilidade à dor) podia ser observada
mais ou menos em toda a extensão das duas pernas;
Quando se pressionava ou beliscava a p ele e os músculos
hiperalgésicos de suas pernas, seu rosto assumia uma
expressão peculiar, que era antes de prazer do que de dor.
8. História dos Sintomas
Durante as férias numa estação de veraneio, as
dores e a fraqueza locomotora de Elizabeth
começaram;
Depois de u m tempo, suas dores começaram a
participar da terapia.
9. Análise dos sintomas
O início da doença dela deve ter-se relacionado
com esse período de desvelos, pois ela se
recordava de que, durante os últimos seis meses,
ficara acamada por um dia e meio por causa das
dores descritas;
Freud percebeu que, sua perna direita doía
durante a hipnose quando conversava sobre os
cuidados que ela dispensara ao pai enfermo;
10. Análise dos sintomas
Entretanto, a dor surgia na perna esquerda,
quando o assunto era relacionado com a irmã
morta ou com os dois cunhados;
Em relação ao andar, Elizabeth relatou que um
passeio que ela fizera na estação de águas em
companhia d e várias outras pessoas e que teria
sido longo demais;
11. Análise dos sintomas
De início, suas dores ao andar e ficar em pé eram
aliviadas ao se deitar;
Após ter notícia da doença da irmã, ela viajou de
volta de Gastein, e por muito tempo depois disso,
deitar-se foi mais doloroso para ela do que andar
ou ficar de pé;
A região dolorosa se estendeu com o acréscimo
de áreas adjacentes;
12. Sintoma Clínico
“Trata-se de uma paralisia funcional baseada na
simbolização”. – Freud
Partes do corpo anexado pelo sintoma são
conduzidos a desempenhar um papel de zona
erógena para a qual não foram destinados;
13. Sintoma Clínico
Freud reconhece na histérica um saber não sabido
que recorta o corpo. O corpo histérico expressa
algo que vem de outro lugar, que remete à uma
cena inconsciente. Isto, porque na neurose
histérica o jeito de recalcar é converter o sintoma
para o corpo.
14. Manejo técnico
De inicio, foi realizado um tratamento das pernas
com correntes elétricas de alta tensão que quanto
mais fortes estes eram, mais pareciam afastar
suas próprias dores para um segundo plano;
Após quatro semanas, Freud propôs a ela outro
método e obteve rápida compreensão e pouca
resistência.
15. Método Catártico
Método terapêutico que permite a evocação e a
revivência de acontecimentos traumáticos que
foram reprimidos, permitindo a descarga dos
afetos ligados a estes;
A primeira análise integral de uma histeria por
Freud, mais tarde transformada em um método
regular.
16. Recortes da cura
Elizabeth sentia pelo cunhado uma ternura cuja
aceitação na consciência deparara com a
resistência de todo o seu ser moral. Ela conseguiu
poupar-se da dolorosa convicção de que amava o
marido da irmã, induzindo dores físicas em si
mesma;
O resgate dessa representação recalcada teve um
efeito devastador sobre ela;
17. Recortes de Cura
Freud discute com a paciente grande parte de
seus momentos com seu cunhado;
Entrevista com a mãe de Elizabeth.
18. Conclusão
O tratamento acaba em julho de 1893 com esse
apelo à cooperação materna.
Ela se manteve em análise ate que Freud
finalizou, julgando estar curada;
Mesmo que os sintomas não tivessem
desaparecido por completo, ele a encorajou a
seguir pelo caminho que tinha sido aberto pela
análise e a enfrentar suas preocupações com o
futuro incerto.