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Curso Livre de Formação em Psicanálise Aula-3 Módulo I
Por João Ricard
2018
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos
1
Esta apostila tem por objetivo ser um pequeno guia, um resumo das aulas, para auxiliar os
alunos do curso livre de formação em psicanálise do NUMINON a complementarem seus
estudos. Todos os temas aqui abordados poderão ser estudados com mais profundidade nas
obras indicadas como bibliografia recomendada ao final de cada aula.
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos
2
Sumário
A Interpretação dos Sonhos........................................................................................3
As Fontes dos Sonhos ................................................................................................4
O Trabalho do Sonho..................................................................................................8
Simbolismos nos Sonhos...........................................................................................11
Bibliografia recomendada e estudos complementares...............................................13
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos
3
A Interpretação dos Sonhos
Como vimos nas aulas passadas, toda a Psicanálise se sustenta em dois pilares fundamentais,
sendo eles a existência do inconsciente e a determinação psíquica. Também compreendemos que a
Psicanálise se baseia no desenvolvimento de uma teoria para compreensão do aparelho psíquico, e em
técnicas e métodos para análise do inconsciente. Um destes métodos é a interpretação dos Sonhos.
Em 1899 S. Freud termina o que, segundo ele, foi uma de suas principais obras. O livro “A
Interpretação dos Sonhos“. Ele deu tanta importância para este livro que aguardou cerca de um ano
para poder publicá-lo, lançando assim no ano de 1900, com a intenção de marcar o século vindouro com
esta Obra. O livro A Interpretação dos Sonhos, aqui no Brasil, consiste em dois volumes, um datado de
1900 e outro de 1901 pela Ed Imago (Obras Completas Ed Imago vol, IV e V ). Apesar de ser uma Obra
densa e profunda sobre o tema, sua leitura é simples e instigante, sendo altamente recomendada o seu
estudo e aprofundamento. A Publicação deste estudo foi tão fundamental para a História da Psicanalise
que muitos teóricos acreditam que a Psicanálise começou a partir dele.
Sigmund Freud procurou estudar grande parte da literatura disponível em sua época sobre os
sonhos, obtendo assim grande conhecimento nesta área, ao mesmo tempo em que através da
interpretação de seus próprios sonhos e de mais centenas de outros interpretados de seus pacientes, ele
passou a traçar uma teoria e um método para a compreensão. “Ora se o inconsciente é determinado e
segue um encadeamento mais ou menos lógico de ideias, e os sonhos são expressões do
inconsciente, do recalcado, logo poderemos os conteúdos de forma racional”. Partindo deste
princípio, e de uma ampla base literária e clínica, Freud passa a desenvolver sua teoria sobre a
interpretação dos sonhos.
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos
4
A FONTE DOS SONHOS
De acordo com seus estudos, Freud começou a estruturar sua teoria e alicerçar seu entendimento
em relação aos sonhos, tentando assim entender a origem, como são formados, o que querem expressar
os sonhos e por que querem expressar algo. A princípio ele classifica o estimulo ou a origem dos sonhos
provindos de quatro fontes diferentes. Para ele, todos os sonhos nascem de uma ou da mistura destas
quatro fontes distintas que são: (1) excitações sensoriais externas ou objetivas (2) excitações sensoriais
internas ou subjetivas (3) estímulos somáticos internos (orgânicos) (4) fontes psíquicas de estimulação.
1 – Excitações sensoriais externas ou objetivas.
Excitações sensoriais objetivas dão origens a sonhos. Um estímulo objetivo provindo do exterior,
quando afeta o sonhador através de seus sentidos pode provocar imagens e sensações análogas ao
estimulo. Como por exemplo, quando o sonhador escuta ao longe uma obra de construção cível onde se
martela um prego insistentemente contra uma madeira. Este som pode criar na mente do sonhador em
repouso uma cena de guerra onde ele esta inserido, fugindo dos tiros que nesta cena representa o
barulho do martelo e prego na madeira. Desta forma, o sonho procura dar um sentido, uma razão de ser
simbólica para aquele estímulo percebido pelo sonhador de forma inconsciente. As excitações sensoriais
objetivas adentram ao psiquismo através dos 5 sentidos. Como exemplo podemos citar o sujeito que
sonha com um banquete, pois sem perceber sente o cheiro de alguém cozinhando algo no apartamento
ao lado. Ou outro que sonha que esta sendo atacado por formigas que estão picando sua mão e quando
acorda percebe que a pulseira de seu relógio esta pinicando o seu braço. Ou quando se dorme no frio
com uma camisa muito apertada pode ser que se ocorra sonhos de agonia sufocamento etc... Muitas
vezes o psiquismo cria contextos internos (sonhos) para justificar estímulos externos mantendo assim o
sonhador dormindo e evitando que ele desperte e perca o sono que é algo de vital importância para sua
saúde física e psíquica.
NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos
5
2 – Excitações sensoriais internas ou subjetivas.
As excitações sensoriais subjetivas funcionam exatamente da mesma forma que vimos no parágrafo
anterior em relação às excitações objetivas, porém variando a natureza do estímulo. Os estímulos são
subjetivos internos e também geram sonhos. Os estímulos subjetivos provêm do interior do organismo,
Freud chamou de alucinação hipnagógica. O próprio funcionamento do organismo em repouso gera
estímulos que no estado de sono se ampliam podendo se impor a “consciência onírica” O que
conhecemos hoje como sono REM tem ligação implícita com este conceito de alucinação hipnagógica.
3 - Estímulos somáticos.
Os estímulos somáticos são originados no funcionamento do próprio organismo ou das ações que incide
sobre ele durante o sono. O corpo sempre apresenta sinais, por mais sutis que sejam de seu
funcionamento irregular. Quando o organismo esta saudável ele trabalha de forma imperceptível, porém
quando existe algum desequilíbrio ou doença, mesmo que no início, o organismo sinaliza. Os
desequilíbrios orgânicos e as doenças também dão origens aos sonhos. Durante os sonhos a capacidade
de percepção sensorial da mente esta muito aguçada, pois ela esta quase que totalmente voltada para
dentro, para si mesma. Qualquer estímulo somático pode ser percebido e representado de forma
dramática no sonho. Pensadores como Aristóteles por volta do século IV a.c já considerava a
possibilidade de prever os primórdios de uma doença através dos sonhos antes mesmo de se observar
qualquer alteração em estado de vigília. Um caso clássico que podemos citar como exemplo é o caso
relatado pelo próprio Freud no seu livro “A interpretação dos Sonhos”, de uma senhora na meia idade
que aparentava perfeita saúde, mas que reclamava constantemente de pesadelos que levavam a angústia
e desespero. Foi sugerido a ela que consultasse um médico o qual veio a constatar o início de uma
doença cardíaca grave. Os sonhos de angustias são muito comuns em pessoas com problemas cardíacos
ou pulmonares. Também as alterações do corpo durante o sono geram sonhos como, por exemplo, o
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6
sonhador que dorme com a perna próxima ao limite da cama e quando ela desequilibra ele tem um
sonho de queda, em que esta caindo.
“Basta-nos apenas dar mais um passo à frente, contudo, para encontrarmos uma fonte de sonhos mais
copiosa do que qualquer outra que tenhamos considerado até agora, uma fonte que, a rigor, parece nunca
poder esgotar-se. Se verificarmos que o interior do corpo, quando se acha enfermo, torna-se uma fonte de
estímulos para os sonhos, e se admitirmos que, durante o sono, a mente, estando desviada do mundo exterior,
pode dispensar maior atenção ao interior do corpo, parecer-nos-á plausível supor que os órgãos internos não
precisam estar doentes para provocar excitações que atinjam a mente adormecida - excitações que, de algum
modo, transformam-se em imagens oníricas.”
S. Freud – A Interpretação dos sonhos – vol IV Obras Completas Ed Imago.
4 - Fontes Psíquicas.
Até aqui pudermos verificar algumas das principais fontes dos sonhos. Mas para nós estas fontes servem
mais como conhecimento geral e de importância relativa, mais como um “diagnóstico diferencial do
sonho” pois estas não são em si mesmos relevantes ao Psicanalista. Para a Psicanálise, as Fontes
Psíquicas do Sonho são as quais interessam. É através delas que os conteúdos Inconscientes reprimidos
serão investigados. Para Freud este tipo de sonho é produto da atividade do inconsciente recalcado e
sempre tem sentido intencional, revelando traumas, afetos, complexos e principalmente impulsos e
desejos reprimidos. Para Freud, o Sonho que interessa é aquele que é realização de um desejo, a
expressão de uma pulsão Inconsciente e reprimida.
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“O Impulso se utiliza de todas as imagens disponíveis naquele momento de sono para se expressar.
Geralmente imagens do dia anterior do sonhador.”
“No Sonho o Ego relaxa, perde um pouco de sua energia, perde um pouco o controle enfraquece a
repressão consciente. Nesse momento os impulsos podem se aproveitar para se expressarem capaz de reduzir o
dispêndio (de energia) pelo qual em outras ocasiões mantém as repressões. O impulso inconsciente faz uso
desse relaxamento noturno da repressão a fim de abrir seu caminho até a consciência com o sonho. O Impulso é
o Construtor real do sonho.”
“Estamos, portanto, justificados em afirmar que um sonho é a realização (disfarçada) de um desejo
(reprimido).”
S. Freud – Uma Autobiografía - Ed Imago Vol XX
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O Trabalho do Sonho
O Sonho de estimulação Psíquica realiza um trabalho para que possa representar um conteúdo
Pulsional de forma dramática ao sonhador. Freud nomeou esta etapa de Trabalho do Sonho. O
Trabalho do Sonho se resume, segundo a teoria Freudiana, em transformar o conteúdo LATENTE em
conteúdo MANIFESTO, podendo assim driblar a censura e chegar à consciência do Ego Onírico. Por
sua vez o Trabalho da análise é o oposto. Reduzir o conteúdo MANIFESTO em conteúdo LATENTE
(interpretação), descobrindo assim seu significado. Para realizar este trabalho o sonho se utiliza de
quatro características principais que são: Condensação – Deslocamento – Dramatização e
Elaboração Secundária.
Um ponto interessante a frisar é o de que Freud percebeu que o sonho das crianças pequenas, na grande
maioria das vezes, refere-se ao dia anterior, e por não ter ainda um Super Ego desenvolvido e nem uma
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censura rígida e estruturada, os conteúdos Latentes e Manifestos são idênticos, não necessitando de
interpretação.
A relação entre conteúdos Latentes e Manifestos podem ser de Três tipos.
1. Fiel - conteúdos latentes idênticos aos manifestos (no caso de crianças pequenas).
2. Levemente distorcidos.
3. Totalmente distorcidos/simbólicos.
(Importante citar que todos estes conceitos serão aprofundados, e estudados em sua plenitude
no decorrer das aulas, sendo esta apostila apenas um auxílio para facilitar o entendimento da matéria).
CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO DO SONHO
 CONDENSAÇÃO
 DESLOCAMENTO
 DRAMATIZAÇÃO
 ELABORAÇÃO SECUNDÁRIA
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10
CONDENSAÇÃO
Segundo os estudos modernos das Neurociências sabemos que enquanto a consciência tem a capacidade
de processar 45 bits de informação por segundo o inconsciente tem a absurda capacidade de processar
cerca de 11 milhões de bits por segundo. Se formos pensar que o sonho não deixa de ser uma
comunicação do inconsciente com o consciente, para que essa comunicação possa ser minimamente
eficaz, o conteúdo inconsciente tem que chegar a consciência onírica extremamente condensado, caso
contrário ficaria totalmente inviável para a consciência qualquer tipo de percepção e assimilação interna
razoavelmente eficaz e coerente. Freud em sua época nas suas análises e sem nenhum instrumento de
medição disponível percebeu esta realidade. E colocou como uma das principais características do
sonho a condensação. Na teoria Freudiana a condensação se refere à capacidade do trabalho do sonho
em condensar (concentrar) em algumas imagens, ou vivências oníricas grandes quantidades de material
latente e informações.
DESLOCAMENTO
Outra característica extremamente importante do trabalho do sonho seria o deslocamento. O
deslocamento é a capacidade que o trabalho do sonho tem em disfarçar um conteúdo latente em outro
conteúdo que será o conteúdo manifesto, para que assim possa escapar a censura do super ego. Apesar
da censura relaxar durante o sono ela ainda existe, e pode ser despertada caso o conteúdo latente
reprimido seja muito parecido com o conteúdo manifesto. Freud até justifica o pesadelo desta forma.
Para Freud uma das explicações para o pesadelo é exatamente esta. A censura percebe a insinuação do
conteúdo latente reprimido que foi mal disfarçado e para evitar a ocorrência dele na consciência onírica
ocorre o pesadelo, é a representação da ameaça que o ego sofre pela censura e o sujeito ou acorda, ou
sente a angustia durante o sono. A característica do deslocamento é justificável através da censura.
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DRAMATIZAÇÃO (CONSIDERAÇÃO A REPRESENTAÇÃO).
Esta é uma das características mais simples para se entender. Esta é a característica do trabalho do sonho
de transformar os conteúdos inconsciente em uma dramatização, em uma vivência onírica. Se
observarmos o sonho ele não representa algo apenas, mas ele é uma vivência completa em si mesmo...
ELABRRAÇÃO SECUNDÁRIA (CONSIDERAÇÃO A INTELIGIBILIDADE).
A consideração à inteligibilidade ou elaboração secundária é a capacidade que o trabalho do sonho tem
em elaborar um roteiro coerente dentro de uma ordem logica e sequencial. Se pararmos para perceber
por mais irracional e absurdo que os conteúdos manifestos possam aparecer num sonho e por mais sem
nexo que uma história no sonho se apresente, ela na grande maioria das vezes tem uma sequencia lógica
e sequencial. Este é o ROTEIRO do sonho.
O SIMBOLISMO NOS SONHOS
Freud reconhece que existem alguns símbolos nos sonhos que podem ser universais, sendo assim de
mais fácil interpretação. Porém o analista, nunca, em nenhuma hipótese pode interpretar um sonho sem
o auxilio do analisando. O analista é aquele que facilita a interpretação, aquele que puxa o fio de
significados para que o Analisando perceba. O analista é um facilitador, nem mesmo os simbolismos
dito Universais deverão ser interpretado de forma unilateral por parte do analista, pois poderão ter
significados pessoais para o analisando.
Alguns exemplos de simbolismos Universais para Freud:
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12
 Casa = Corpo, o Homem o próprio Indivíduo
 Rei e rainha = Pais
 Pequenos animalzinhos = filhos
 Água = Nascimento
 Viajar = Morte
 Simbolos Fálicos = Orgão sexual masculino (faca, guarda chuvas, armas, torneiras, vara etc)
 Queda de dentes (símbolo ligado a castração psicológica).
“Estes são apenas alguns exemplos de símbolos universais, mas que podem ter diferentes
significados para algumas pessoas. Por isso nunca poderão ser analisados a Priori, dependedo da
significação que o analisando dê, podem ter uma interpretação totalmente diversa das dadas acima”
A partir de 1900, na primeira edição do livro A Interpretação dos Sonhos apareceu pela
primeira vez no famoso capitulo VII do livro o primeiro modelo do aparelho Psíquico, a divisão
topográfica da mente em consciente, pré-consciente e inconsciente, o que ficou conhecido como
Primeira Tópica, e que será tratado de forma pormenorizada nas aulas no decorrer deste curso.
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13
BIBLIOGRAFÍA RECOMENDADA E ESTUDOS COMPLEMENTARES.
 A Interpretação dos Sonhos (Obras Completas Ed Imago vol, IV e V ).
 Análise de um sonho modelo – (Texto disponível na área do Aluno)
Documentários:
 Grandes Livros da Discovery - A Interpretação dos Sonhos
*Todo material sugerido poderá ser encontrado na área do aluno.
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Apostila numinon 3

  • 1. Curso Livre de Formação em Psicanálise Aula-3 Módulo I Por João Ricard 2018 NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos e Ciências da Mente
  • 2. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 1 Esta apostila tem por objetivo ser um pequeno guia, um resumo das aulas, para auxiliar os alunos do curso livre de formação em psicanálise do NUMINON a complementarem seus estudos. Todos os temas aqui abordados poderão ser estudados com mais profundidade nas obras indicadas como bibliografia recomendada ao final de cada aula.
  • 3. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 2 Sumário A Interpretação dos Sonhos........................................................................................3 As Fontes dos Sonhos ................................................................................................4 O Trabalho do Sonho..................................................................................................8 Simbolismos nos Sonhos...........................................................................................11 Bibliografia recomendada e estudos complementares...............................................13
  • 4. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 3 A Interpretação dos Sonhos Como vimos nas aulas passadas, toda a Psicanálise se sustenta em dois pilares fundamentais, sendo eles a existência do inconsciente e a determinação psíquica. Também compreendemos que a Psicanálise se baseia no desenvolvimento de uma teoria para compreensão do aparelho psíquico, e em técnicas e métodos para análise do inconsciente. Um destes métodos é a interpretação dos Sonhos. Em 1899 S. Freud termina o que, segundo ele, foi uma de suas principais obras. O livro “A Interpretação dos Sonhos“. Ele deu tanta importância para este livro que aguardou cerca de um ano para poder publicá-lo, lançando assim no ano de 1900, com a intenção de marcar o século vindouro com esta Obra. O livro A Interpretação dos Sonhos, aqui no Brasil, consiste em dois volumes, um datado de 1900 e outro de 1901 pela Ed Imago (Obras Completas Ed Imago vol, IV e V ). Apesar de ser uma Obra densa e profunda sobre o tema, sua leitura é simples e instigante, sendo altamente recomendada o seu estudo e aprofundamento. A Publicação deste estudo foi tão fundamental para a História da Psicanalise que muitos teóricos acreditam que a Psicanálise começou a partir dele. Sigmund Freud procurou estudar grande parte da literatura disponível em sua época sobre os sonhos, obtendo assim grande conhecimento nesta área, ao mesmo tempo em que através da interpretação de seus próprios sonhos e de mais centenas de outros interpretados de seus pacientes, ele passou a traçar uma teoria e um método para a compreensão. “Ora se o inconsciente é determinado e segue um encadeamento mais ou menos lógico de ideias, e os sonhos são expressões do inconsciente, do recalcado, logo poderemos os conteúdos de forma racional”. Partindo deste princípio, e de uma ampla base literária e clínica, Freud passa a desenvolver sua teoria sobre a interpretação dos sonhos.
  • 5. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 4 A FONTE DOS SONHOS De acordo com seus estudos, Freud começou a estruturar sua teoria e alicerçar seu entendimento em relação aos sonhos, tentando assim entender a origem, como são formados, o que querem expressar os sonhos e por que querem expressar algo. A princípio ele classifica o estimulo ou a origem dos sonhos provindos de quatro fontes diferentes. Para ele, todos os sonhos nascem de uma ou da mistura destas quatro fontes distintas que são: (1) excitações sensoriais externas ou objetivas (2) excitações sensoriais internas ou subjetivas (3) estímulos somáticos internos (orgânicos) (4) fontes psíquicas de estimulação. 1 – Excitações sensoriais externas ou objetivas. Excitações sensoriais objetivas dão origens a sonhos. Um estímulo objetivo provindo do exterior, quando afeta o sonhador através de seus sentidos pode provocar imagens e sensações análogas ao estimulo. Como por exemplo, quando o sonhador escuta ao longe uma obra de construção cível onde se martela um prego insistentemente contra uma madeira. Este som pode criar na mente do sonhador em repouso uma cena de guerra onde ele esta inserido, fugindo dos tiros que nesta cena representa o barulho do martelo e prego na madeira. Desta forma, o sonho procura dar um sentido, uma razão de ser simbólica para aquele estímulo percebido pelo sonhador de forma inconsciente. As excitações sensoriais objetivas adentram ao psiquismo através dos 5 sentidos. Como exemplo podemos citar o sujeito que sonha com um banquete, pois sem perceber sente o cheiro de alguém cozinhando algo no apartamento ao lado. Ou outro que sonha que esta sendo atacado por formigas que estão picando sua mão e quando acorda percebe que a pulseira de seu relógio esta pinicando o seu braço. Ou quando se dorme no frio com uma camisa muito apertada pode ser que se ocorra sonhos de agonia sufocamento etc... Muitas vezes o psiquismo cria contextos internos (sonhos) para justificar estímulos externos mantendo assim o sonhador dormindo e evitando que ele desperte e perca o sono que é algo de vital importância para sua saúde física e psíquica.
  • 6. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 5 2 – Excitações sensoriais internas ou subjetivas. As excitações sensoriais subjetivas funcionam exatamente da mesma forma que vimos no parágrafo anterior em relação às excitações objetivas, porém variando a natureza do estímulo. Os estímulos são subjetivos internos e também geram sonhos. Os estímulos subjetivos provêm do interior do organismo, Freud chamou de alucinação hipnagógica. O próprio funcionamento do organismo em repouso gera estímulos que no estado de sono se ampliam podendo se impor a “consciência onírica” O que conhecemos hoje como sono REM tem ligação implícita com este conceito de alucinação hipnagógica. 3 - Estímulos somáticos. Os estímulos somáticos são originados no funcionamento do próprio organismo ou das ações que incide sobre ele durante o sono. O corpo sempre apresenta sinais, por mais sutis que sejam de seu funcionamento irregular. Quando o organismo esta saudável ele trabalha de forma imperceptível, porém quando existe algum desequilíbrio ou doença, mesmo que no início, o organismo sinaliza. Os desequilíbrios orgânicos e as doenças também dão origens aos sonhos. Durante os sonhos a capacidade de percepção sensorial da mente esta muito aguçada, pois ela esta quase que totalmente voltada para dentro, para si mesma. Qualquer estímulo somático pode ser percebido e representado de forma dramática no sonho. Pensadores como Aristóteles por volta do século IV a.c já considerava a possibilidade de prever os primórdios de uma doença através dos sonhos antes mesmo de se observar qualquer alteração em estado de vigília. Um caso clássico que podemos citar como exemplo é o caso relatado pelo próprio Freud no seu livro “A interpretação dos Sonhos”, de uma senhora na meia idade que aparentava perfeita saúde, mas que reclamava constantemente de pesadelos que levavam a angústia e desespero. Foi sugerido a ela que consultasse um médico o qual veio a constatar o início de uma doença cardíaca grave. Os sonhos de angustias são muito comuns em pessoas com problemas cardíacos ou pulmonares. Também as alterações do corpo durante o sono geram sonhos como, por exemplo, o
  • 7. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 6 sonhador que dorme com a perna próxima ao limite da cama e quando ela desequilibra ele tem um sonho de queda, em que esta caindo. “Basta-nos apenas dar mais um passo à frente, contudo, para encontrarmos uma fonte de sonhos mais copiosa do que qualquer outra que tenhamos considerado até agora, uma fonte que, a rigor, parece nunca poder esgotar-se. Se verificarmos que o interior do corpo, quando se acha enfermo, torna-se uma fonte de estímulos para os sonhos, e se admitirmos que, durante o sono, a mente, estando desviada do mundo exterior, pode dispensar maior atenção ao interior do corpo, parecer-nos-á plausível supor que os órgãos internos não precisam estar doentes para provocar excitações que atinjam a mente adormecida - excitações que, de algum modo, transformam-se em imagens oníricas.” S. Freud – A Interpretação dos sonhos – vol IV Obras Completas Ed Imago. 4 - Fontes Psíquicas. Até aqui pudermos verificar algumas das principais fontes dos sonhos. Mas para nós estas fontes servem mais como conhecimento geral e de importância relativa, mais como um “diagnóstico diferencial do sonho” pois estas não são em si mesmos relevantes ao Psicanalista. Para a Psicanálise, as Fontes Psíquicas do Sonho são as quais interessam. É através delas que os conteúdos Inconscientes reprimidos serão investigados. Para Freud este tipo de sonho é produto da atividade do inconsciente recalcado e sempre tem sentido intencional, revelando traumas, afetos, complexos e principalmente impulsos e desejos reprimidos. Para Freud, o Sonho que interessa é aquele que é realização de um desejo, a expressão de uma pulsão Inconsciente e reprimida.
  • 8. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 7 “O Impulso se utiliza de todas as imagens disponíveis naquele momento de sono para se expressar. Geralmente imagens do dia anterior do sonhador.” “No Sonho o Ego relaxa, perde um pouco de sua energia, perde um pouco o controle enfraquece a repressão consciente. Nesse momento os impulsos podem se aproveitar para se expressarem capaz de reduzir o dispêndio (de energia) pelo qual em outras ocasiões mantém as repressões. O impulso inconsciente faz uso desse relaxamento noturno da repressão a fim de abrir seu caminho até a consciência com o sonho. O Impulso é o Construtor real do sonho.” “Estamos, portanto, justificados em afirmar que um sonho é a realização (disfarçada) de um desejo (reprimido).” S. Freud – Uma Autobiografía - Ed Imago Vol XX
  • 9. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 8 O Trabalho do Sonho O Sonho de estimulação Psíquica realiza um trabalho para que possa representar um conteúdo Pulsional de forma dramática ao sonhador. Freud nomeou esta etapa de Trabalho do Sonho. O Trabalho do Sonho se resume, segundo a teoria Freudiana, em transformar o conteúdo LATENTE em conteúdo MANIFESTO, podendo assim driblar a censura e chegar à consciência do Ego Onírico. Por sua vez o Trabalho da análise é o oposto. Reduzir o conteúdo MANIFESTO em conteúdo LATENTE (interpretação), descobrindo assim seu significado. Para realizar este trabalho o sonho se utiliza de quatro características principais que são: Condensação – Deslocamento – Dramatização e Elaboração Secundária. Um ponto interessante a frisar é o de que Freud percebeu que o sonho das crianças pequenas, na grande maioria das vezes, refere-se ao dia anterior, e por não ter ainda um Super Ego desenvolvido e nem uma
  • 10. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 9 censura rígida e estruturada, os conteúdos Latentes e Manifestos são idênticos, não necessitando de interpretação. A relação entre conteúdos Latentes e Manifestos podem ser de Três tipos. 1. Fiel - conteúdos latentes idênticos aos manifestos (no caso de crianças pequenas). 2. Levemente distorcidos. 3. Totalmente distorcidos/simbólicos. (Importante citar que todos estes conceitos serão aprofundados, e estudados em sua plenitude no decorrer das aulas, sendo esta apostila apenas um auxílio para facilitar o entendimento da matéria). CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO DO SONHO  CONDENSAÇÃO  DESLOCAMENTO  DRAMATIZAÇÃO  ELABORAÇÃO SECUNDÁRIA
  • 11. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 10 CONDENSAÇÃO Segundo os estudos modernos das Neurociências sabemos que enquanto a consciência tem a capacidade de processar 45 bits de informação por segundo o inconsciente tem a absurda capacidade de processar cerca de 11 milhões de bits por segundo. Se formos pensar que o sonho não deixa de ser uma comunicação do inconsciente com o consciente, para que essa comunicação possa ser minimamente eficaz, o conteúdo inconsciente tem que chegar a consciência onírica extremamente condensado, caso contrário ficaria totalmente inviável para a consciência qualquer tipo de percepção e assimilação interna razoavelmente eficaz e coerente. Freud em sua época nas suas análises e sem nenhum instrumento de medição disponível percebeu esta realidade. E colocou como uma das principais características do sonho a condensação. Na teoria Freudiana a condensação se refere à capacidade do trabalho do sonho em condensar (concentrar) em algumas imagens, ou vivências oníricas grandes quantidades de material latente e informações. DESLOCAMENTO Outra característica extremamente importante do trabalho do sonho seria o deslocamento. O deslocamento é a capacidade que o trabalho do sonho tem em disfarçar um conteúdo latente em outro conteúdo que será o conteúdo manifesto, para que assim possa escapar a censura do super ego. Apesar da censura relaxar durante o sono ela ainda existe, e pode ser despertada caso o conteúdo latente reprimido seja muito parecido com o conteúdo manifesto. Freud até justifica o pesadelo desta forma. Para Freud uma das explicações para o pesadelo é exatamente esta. A censura percebe a insinuação do conteúdo latente reprimido que foi mal disfarçado e para evitar a ocorrência dele na consciência onírica ocorre o pesadelo, é a representação da ameaça que o ego sofre pela censura e o sujeito ou acorda, ou sente a angustia durante o sono. A característica do deslocamento é justificável através da censura.
  • 12. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 11 DRAMATIZAÇÃO (CONSIDERAÇÃO A REPRESENTAÇÃO). Esta é uma das características mais simples para se entender. Esta é a característica do trabalho do sonho de transformar os conteúdos inconsciente em uma dramatização, em uma vivência onírica. Se observarmos o sonho ele não representa algo apenas, mas ele é uma vivência completa em si mesmo... ELABRRAÇÃO SECUNDÁRIA (CONSIDERAÇÃO A INTELIGIBILIDADE). A consideração à inteligibilidade ou elaboração secundária é a capacidade que o trabalho do sonho tem em elaborar um roteiro coerente dentro de uma ordem logica e sequencial. Se pararmos para perceber por mais irracional e absurdo que os conteúdos manifestos possam aparecer num sonho e por mais sem nexo que uma história no sonho se apresente, ela na grande maioria das vezes tem uma sequencia lógica e sequencial. Este é o ROTEIRO do sonho. O SIMBOLISMO NOS SONHOS Freud reconhece que existem alguns símbolos nos sonhos que podem ser universais, sendo assim de mais fácil interpretação. Porém o analista, nunca, em nenhuma hipótese pode interpretar um sonho sem o auxilio do analisando. O analista é aquele que facilita a interpretação, aquele que puxa o fio de significados para que o Analisando perceba. O analista é um facilitador, nem mesmo os simbolismos dito Universais deverão ser interpretado de forma unilateral por parte do analista, pois poderão ter significados pessoais para o analisando. Alguns exemplos de simbolismos Universais para Freud:
  • 13. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 12  Casa = Corpo, o Homem o próprio Indivíduo  Rei e rainha = Pais  Pequenos animalzinhos = filhos  Água = Nascimento  Viajar = Morte  Simbolos Fálicos = Orgão sexual masculino (faca, guarda chuvas, armas, torneiras, vara etc)  Queda de dentes (símbolo ligado a castração psicológica). “Estes são apenas alguns exemplos de símbolos universais, mas que podem ter diferentes significados para algumas pessoas. Por isso nunca poderão ser analisados a Priori, dependedo da significação que o analisando dê, podem ter uma interpretação totalmente diversa das dadas acima” A partir de 1900, na primeira edição do livro A Interpretação dos Sonhos apareceu pela primeira vez no famoso capitulo VII do livro o primeiro modelo do aparelho Psíquico, a divisão topográfica da mente em consciente, pré-consciente e inconsciente, o que ficou conhecido como Primeira Tópica, e que será tratado de forma pormenorizada nas aulas no decorrer deste curso.
  • 14. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 13 BIBLIOGRAFÍA RECOMENDADA E ESTUDOS COMPLEMENTARES.  A Interpretação dos Sonhos (Obras Completas Ed Imago vol, IV e V ).  Análise de um sonho modelo – (Texto disponível na área do Aluno) Documentários:  Grandes Livros da Discovery - A Interpretação dos Sonhos *Todo material sugerido poderá ser encontrado na área do aluno.
  • 15. NUMINON – Instituto de Estudos Psicanalíticos 14