1) A introdução deve contextualizar o tema e apresentar a tese em 5-7 linhas;
2) Deve-se evitar ideias fora do tema, redundâncias, desvios e períodos longos, além do uso da primeira pessoa;
3) Existem diferentes tipos de introdução como declaração, conceito, citação, alusão histórica ou cultural, entre outros.
1. Introdução
O QUE É E COMO FAZER UMA INTRODUÇÃO PARA
O TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO
CYNTHIA FUNCHAL – WWW.PORTUGUESATODAPROVA.COM.BR
2. Introdução
Contextualização do tema + Tese (ponto de vista)
• É o ponto de partida, o “cartão de visitas” da redação;
• Direciona a leitura do texto;
• Mostra uma linha de raciocínio que será seguida pela
argumentação;
• Deve ocupar uma média de 5 a 7 linhas.
3. O que evitar?
• Iniciar com uma ideia que fuja do tema central do texto e da
proposta;
• Redundâncias (há muitos anos atrás, a cada dia que passa);
• Desvio frequente do assunto;
• Períodos longos;
• Uso da primeira pessoa do singular (eu);
• Reproduzir o texto (enunciado) do tema ou fazer referência
direta à proposta.
4. Evitar clichês como:
Evitar clichês não significa que eles não possam ser utilizados, apenas requerem
cautela para que o texto não seja fraco ou mal desenvolvido.
• “Atualmente”...
• “Nos dias de hoje”...
• “Para começar”...
• “Primeiramente”...
• “Desde os primórdios da humanidade”...
6. Declaração Faz uma declaração a respeito do assunto para dar início
ao texto. Geralmente, a declaração contém a própria tese.
A persistência da violência contra a mulher na sociedade
brasileira é um problema muito presente. Isso deve ser enfrentado,
uma vez que, diariamente, mulheres são vítimas dessa questão.
Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o legado histórico
cultural e o desrespeito às leis.
Trecho da redação nota 1000 de Izadora Peter Furtado. Fonte: G1.
7. Declaração Faz uma declaração a respeito do assunto para dar início
ao texto. Geralmente, a declaração contém a própria tese.
A propaganda é a principal arma das grandes empresas.
Disseminada em todos os meios de comunicação, a ampla visibilidade
publicitária atinge seu principal objetivo: expor um produto e explicar
sua respectiva função. No entanto, essa mesma função é distorcida
por anúncios apelativos, que transformam em sinônimos o prazer e a
compra, atingindo principalmente as crianças.
Trecho da redação nota 1000 de Giovana Lazzaretti. Fonte: G1.
8. Declaração Faz uma declaração a respeito do assunto para dar início
ao texto. Geralmente, a declaração contém a própria tese.
A violência contra a mulher no Brasil ainda é grande.
Entretanto, deve haver uma distinção entre casos gerais (que ocorrem
independentemente do sexo da vítima) e casos específicos. Os níveis
de homicídios, assaltos, sequestros e agressões são altos, portanto, o
número de mulheres atingidas por esse índice também é grande. Em
casos que a mulher é vítima devido ao seu gênero, como estupros,
abusos sexuais e agressões domésticas, as Leis Maria da Penha e do
Feminicídio, aliadas às Delegacias das Mulheres e ao Ligue 180, são
meios de diminuir esses casos.
Trecho da redação nota 1000 de José Miguel Zanetti. Fonte: G1.
9. Declaração Faz uma declaração a respeito do assunto para dar início
ao texto. Geralmente, a declaração contém a própria tese.
A publicidade infantil tem sido pauta de discussões acerca dos
abusos cometidos no processo de disseminação de valores que
objetivam ao consumismo, uma vez que a criança, ao passar pelo
processo de construção da sua cidadania, apropria-se de elementos
ao seu redor, que podem ser indesejáveis à manutenção da qualidade
de vida.
Trecho da redação nota 1000 de Lucas Almeida. Fonte: G1.
10. Declaração Faz uma declaração a respeito do assunto para dar início
ao texto. Geralmente, a declaração contém a própria tese.
É inegável o fato de que, na sociedade brasileira
contemporânea, a igualdade de gêneros é algo que existe apenas na
teoria. Medidas como a criação da Lei Maria da Penha e da Delegacia
da Mulher, apesar de auxiliarem na fiscalização contra a violência ao
sexo feminino e na proteção das vítimas, são insuficientes e pouco
eficazes, algo comprovado através da alta taxa de feminicídios
ocorridos em nosso país, além dos enormes índices de relatos de
vítimas de violência.
Trecho da redação nota 1000 de Sofia Dolabela Cunha. Fonte: G1.
11. Conceito Inicia o texto com um conceito a respeito do tema abordado
ou de algum assunto que seja relevante para o
desenvolvimento da redação.
O feminismo é o movimento que luta pela igualdade social,
política e econômica dos gêneros. Hodiernamente, muitas conquistas
em prol da garantia dessas igualdades já foram alcançadas – a
exemplo do direito ao voto para as mulheres, adquirido no Governo
Vargas. Entretanto, essas conquistas não foram suficientes para
eliminar o preconceito e a violência existentes na sociedade
brasileira.
Trecho da redação nota 1000 de Julia Guimarães Cunha. Fonte: G1.
12. Conceito Inicia o texto com um conceito a respeito do tema abordado
ou de algum assunto que seja relevante para o
desenvolvimento da redação.
O Darwinismo social, ideal surgido no século XIX, calcava-se
na ideia de que existem culturas superiores às outras. O preconceito,
então, passou a ter um viés científico, numa tentativa de justificar a
dominação de indivíduos menos favorecidos. No entanto, mesmo
sendo uma ideia antiga, ainda encontra respaldo em diversas ações
humanas, como os constantes casos de intolerância religiosa no
Brasil, cujos efeitos contribuem para a dissolução da coletividade e
prejudicam o desenvolvimento do ser.
Trecho da redação nota 1000 de Sophia Martinelli. Fonte: G1.
13. Citação Apresenta uma declaração de outra pessoa – uma autoridade no
assunto ou referência social, intelectual ou política – que seja
pertinente para o tema.
“Se houver duas religiões, cortar-se-ão os preços. Se houver
trinta, viverão em paz”. Na Idade Moderna, o filósofo iluminista
Voltaire foi um importante defensor da liberdade de culto e da
harmonia entre as diversas crenças. Já no Brasil do século XXI, existe
um retrocesso: embora haja muita diversidade religiosa, ainda há a
necessidade de se comemorar o Dia Nacional de Combate à
Intolerância Religiosa – a qual é um crime vergonhoso cuja
persistência é uma mácula.
Trecho da redação nota 1000 de Thaís Fonseca. Fonte: G1.
14. Citação Apresenta uma declaração de outra pessoa – uma autoridade no
assunto ou referência social, intelectual ou política – que seja
pertinente para o tema.
De acordo com Albert Camus, escritor argelino do século XX,
se houver falhas na conciliação entre justiça e liberdade, haverá
intempéries de amplo espectro. Nesse sentido, a intolerância religiosa
no Brasil fere não somente preceitos éticos e morais, mas também
constitucionais estabelecidos pela Carta Magna do país. Dessa forma,
observa-se que a liberdade de crença nacional reflete um cenário
desafiador seja a partir de reflexo histórico, seja pelo
descumprimento de cláusulas pétreas.
Trecho da redação nota 1000 de Vanessa Soares. Fonte: G1.
15. Alusão Histórica Faz referência a um evento ou marco
histórico que seja relevante para o tema.
O Período Colonial do Brasil, ao longo dos séculos XVI e XIX,
foi marcado pela tentativa de converter os índios ao catolicismo, em
função do pensamento português de soberania. Embora date de
séculos atrás, a intolerância religiosa no país, em pleno século XXI,
sugere as mesmas conotações de sua origem: imposições de dogmas
e violência. No entanto, a lenta mudança de mentalidade social e o
receio de denunciar dificultam a resolução dessa problemática, o que
configura um grave problema social.
Trecho da redação nota 1000 de Helário Azevedo. Fonte: G1.
16. Alusão Histórica Faz referência a um evento ou marco
histórico que seja relevante para o tema.
Com a crise de 1929 nos Estados Unidos, Roosevelt
implementou a Lei Seca para minimizar os problemas e acidentes no
trabalho. Agora, o Governo Federal implementou a Lei Seca com o
intuito de reduzir o número de vítimas em acidentes de trânsito
envolvendo motoristas embriagados. Dentro desse contexto, há dois
importantes fatores que devem ser levados em consideração: a
redução dos acidentes de trânsito e o aumento da conscientização da
população brasileira no que tange aos riscos de se dirigir embriagado.
Trecho da redação nota 1000 de Aline de Carvalho. Fonte: Guia do Estudante.
17. Alusão Cultural Faz referência a uma obra ou outro elemento
cultural para contextualizar o tema.
Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas
"Memórias Póstumas" que não teve filhos e não transmitiu a
nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Talvez hoje ele
percebesse acertada sua decisão: a postura de muitos brasileiros
frente a intolerância religiosa é uma das faces mais perversas de uma
sociedade em desenvolvimento. Com isso, surge a problemática do
preconceito religioso que persiste intrinsecamente ligado à realidade
do país, seja pela insuficiência de leis, seja pela lenta mudança de
mentalidade social.
Trecho da redação nota 1000 de Larissa Ferreira. Fonte: G1.
18. Alusão Cultural Faz referência a uma obra ou outro elemento
cultural para contextualizar o tema.
Em uma das cenas célebres dos quadrinhos, o herói Homem
Aranha se depara com um grupo de homens assediando uma garota
em um beco. Indignado, o justiceiro ataca os criminosos e salva a
jovem Mary Jane. Fora dos gibis, a violência contra a mulher continua
sendo uma realidade no Brasil, tornando necessária a tomada de
novas medidas para resolver a questão.
Trecho da redação de Débora Aladim. Fonte: Canal da Débora no YouTube.
19. Trecho narrativo Usa a narrativa para ilustrar o tema. É
importante que o parágrafo não se limite à
narração, pois ela é apenas uma forma de
contextualizar o tema.
Em meados do século passado, o escritor austríaco Stefan
Zweig mudou-se para o Brasil devido à perseguição nazista na Europa.
Bem recebido e impressionado com o potencial da nova casa, Zweig
escreveu um livro cujo título é até hoje repetido: “Brasil, país do
futuro”. Entretanto, quando se observa a deficiência das medidas na
luta contra a intolerância religiosa no Brasil, percebe-se que a profecia
não saiu do papel. Nesse sentido, é preciso entender suas verdadeiras
causas para solucionar esse problema.
Trecho da redação nota 1000 de Desirée Macarroni. Fonte: G1.
20. Comparação Faz uma comparação entre elementos ou contextos
para destacar suas diferenças ou realçar suas
semelhanças.
Em Esparta, importante pólis grega, os meninos eram
exaustivamente treinados para serem guerreiros que defenderiam
sua cidade. Hoje, no Brasil, as crianças não têm essa preocupação:
crescem e, no futuro, podem escolher suas profissões. Porém, a
publicidade infantil tem influenciado não só este, mas inúmeros
outros aspectos dos jovens, e não deveria.
Trecho da redação nota 1000 de Luis Arthur Novais. Fonte: G1.
21. Comparação Faz uma comparação entre elementos ou contextos
para destacar suas diferenças ou realçar suas
semelhanças.
É comum encontrar crianças de dez anos de idade vendendo
balas nas esquinas brasileiras. Na França, nos EUA ou na Inglaterra –
países desenvolvidos –, nessa idade, as crianças estão na escola e não
submetidas à violência das ruas. A realidade vivenciada pelo Brasil
evidencia o trabalho infantil como um problema sério para o
desenvolvimento humano no país e que deve ser combatido pela
sociedade e pelo Governo Federal.
Exemplo adaptado do site Blog do ENEM.
22. Hipótese Apresenta uma hipótese, que deve ser comprovada no
desenvolvimento, sobre as causas do problema a ser abordado.
A submissão da mulher em uma sociedade patriarcalista como
a brasileira é um fato que tem origens históricas. Por todo o mundo, a
figura feminina teve seus direitos cerceados e a liberdade limitada
devido ao fato de ser considerada “frágil” ou “sensível”, ainda que
isso não pudesse ser provado cientificamente. Tal pensamento deu
margem a uma ampla subjugação da mulher e abriu portas a atos de
violência a ela direcionados.
Trecho da redação nota 1000 de Valéria da Silva Alves. Fonte: G1.
23. Hipótese Apresenta uma hipótese, que deve ser comprovada no
desenvolvimento, sobre as causas do problema a ser abordado.
A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado
aumentos significativos nas últimas décadas. De acordo com o Mapa
da Violência de 2012, o número de mortes por essa causa aumentou
em 230% no período de 1980 a 2010. Além da física, o balanço de
2014 relatou cerca de 48% de outros tipos de violência contra a
mulher, dentre esses a psicológica. Nesse âmbito, pode-se analisar
que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas.
Trecho da redação nota 1000 de Amanda Carvalho. Fonte: G1.
24. Pergunta É feita uma ou mais perguntas para dar ênfase ao tema (retórica)
ou para serem respondidas no desenvolvimento. É importante
não se esquecer de evidenciar a tese nesse tipo de introdução.
É possível imaginar o Brasil como um país desenvolvido e com
justiça social enquanto existir tanta violência contra o menor? Muitos
dos problemas enfrentados pela sociedade têm origem na falta de
oportunidades para jovens que, quando não sofrem violência em casa
ou nas ruas, recorrem a ela para sobreviver.
Exemplo adaptado do site Blog do ENEM.
25. Roteiro Apresenta um roteiro dos argumentos do texto, que deverão
ser seguidos no desenvolvimento.
Para se analisar a questão da violência contra o menor no
Brasil é essencial que se discutam suas causas e suas consequências,
além de compreender o comportamento da sociedade que joga,
sobre crianças e adolescentes, responsabilidades que muitas vezes
não lhes cabem. Enquanto deveriam estar na escola e aproveitando
momentos de lazer, muitos jovens acabam na marginalidade e no
abandono.
Exemplo adaptado do site Click Escolar.
26. Frases nominais Usa uma ou mais frases nominais (sem verbo),
como “flashes”, seguidas de uma explicação.
Baixos salários. Médicos descontentes. Enfermagem pouco
qualificada. Falta de medicamentos. Desvio de verbas. Hospitais
insuficientes e mal aparelhados. Atendimento precário. Esse é o
retrato da saúde pública brasileira, reflexo da má administração dos
recursos públicos e da falta de interesse político em melhorar o
atendimento do Sistema Único de Saúde. Esse problema, persistente
no país, requer mudanças para que um sistema público de saúde com
qualidade seja, de fato, um direito de todos.
Exemplo adaptado do site Mundo Vestibular.
27. O que não fazer?
PRINCIPAIS ERROS COMETIDOS EM INTRODUÇÕES
28. O que não fazer em uma introdução
Responder diretamente à pergunta da proposta ou se referir a ela sem contextualizar o tema.
Tema: “Reduzir a maioridade penal é a solução para a violência no Brasil?”.
Não, reduzir a maioridade penal no Brasil apenas lotará as
penitenciárias e piorará a situação da violência no país, uma vez
que o sistema carcerário é precário. [...]
É um assunto muito complexo e apresenta diferentes
visões, pois o Brasil enfrenta uma realidade de violência. [...]
29. O que não fazer em uma introdução
Responder diretamente à pergunta da proposta ou se referir a ela sem contextualizar o tema.
Tema: “Reduzir a maioridade penal é a solução para a violência no Brasil?”.
Não, reduzir a maioridade penal no Brasil apenas lotará as
penitenciárias e piorará a situação da violência no país, uma vez
que o sistema carcerário é precário. [...]
É um assunto muito complexo e apresenta diferentes
visões, pois o Brasil enfrenta uma realidade de violência. [...]
Veja que os textos já começam assumindo que o tema faz parte do corpo da redação. É
importante escrever como se o(a) leitor(a) não tivesse acesso ao tema.
30. O que não fazer em uma introdução
Responder diretamente à pergunta da proposta ou se referir a ela sem contextualizar o tema.
Tema: “A entrada do jovem no mercado de trabalho”.
Sobre o jovem e o mercado de trabalho, é importante
destacar que, quanto mais cedo uma pessoa começar a trabalhar,
mais fácil é para ela manter um emprego. [...]
31. O que não fazer em uma introdução
Responder diretamente à pergunta da proposta ou se referir a ela sem contextualizar o tema.
Tema: “A entrada do jovem no mercado de trabalho”.
Sobre o jovem e o mercado de trabalho, é importante
destacar que, quanto mais cedo uma pessoa começar a trabalhar,
mais fácil é para ela manter um emprego. [...]
Não é interessante começar o texto com “sobre (…)”. A impressão que fica é a de um
diálogo, como se alguém perguntasse algo sobre o assunto e a pessoa respondesse:
“sobre isso, o que penso é (…)”.
32. O que não fazer em uma introdução
Não se posicionar sobre o assunto ou ficar “em cima do muro”.
Tema: “A entrada do jovem no mercado de trabalho”.
Muito é discutido a respeito do jovem e o mercado de
trabalho, assunto que gera diferentes opiniões e que pode ser visto
no dia-a-dia das pessoas. [...]
33. O que não fazer em uma introdução
Não se posicionar sobre o assunto ou ficar “em cima do muro”.
Tema: “A entrada do jovem no mercado de trabalho”.
Muito é discutido a respeito do jovem e o mercado de
trabalho, assunto que gera diferentes opiniões e que pode ser visto
no dia-a-dia das pessoas. [...]
Não há uma afirmação assertive acerca de um posicionamento. No exemplo acima, o(a)
autor(a) apenas reconheceu que o tema gera diferentes opiniões, mas não elabora uma
tese nem apresenta um ponto de vista a respeito do assunto.
34. O que não fazer em uma introdução
Não se posicionar sobre o assunto ou ficar “em cima do muro”.
Tema: “A entrada do jovem no mercado de trabalho”.
A entrada do jovem no mercado de trabalho apresenta
diferentes pontos de vista, positivos e negativos. Por um lado, é
importante para o crescimento profissional do jovem; por outro, o
jovem pode abandonar os estudos para trabalhar. [...]
35. O que não fazer em uma introdução
Não se posicionar sobre o assunto ou ficar “em cima do muro”.
Tema: “A entrada do jovem no mercado de trabalho”.
A entrada do jovem no mercado de trabalho apresenta
diferentes pontos de vista, positivos e negativos. Por um lado, é
importante para o crescimento profissional do jovem; por outro, o
jovem pode abandonar os estudos para trabalhar. [...]
É possível posicionar-se identificando lados positivos e negativos relativos a um tema.
Porém, dizer que existem diferentes pontos de vista não é a mesma coisa de assumir o
seu próprio. Dizer que um assunto tem diferentes lados ou aspectos é diferente de
afirmar que existem diferentes pontos de vista.
36. O que não fazer em uma introdução
Usar questionamentos em excesso, sem apresentar a tese.
Tema: “Redução da maioridade penal e o sistema carcerário brasileiro”.
A proposta de emenda à constituição que reduz a
maioridade penal de 18 para 16 anos tem sido amplamente
discutida, sendo considerada uma solução para a violência. Mas
será que a redução é mesmo a solução? As nossas prisões têm a
capacidade necessária?
37. O que não fazer em uma introdução
Usar questionamentos em excesso, sem apresentar a tese.
Tema: “Redução da maioridade penal e o sistema carcerário brasileiro”.
A proposta de emenda à constituição que reduz a
maioridade penal de 18 para 16 anos tem sido amplamente
discutida, sendo considerada uma solução para a violência. Mas
será que a redução é mesmo a solução? As nossas prisões têm a
capacidade necessária?
Contextualização do tema, mas sem ponto de vista.
Não há tese. O início do parágrafo apresenta o assunto a ser abordado, mas não
posiciona-se sobre ele. Porém, os dois períodos seguintes são apenas
questionamentos. Eles podem guiar os argumentos, mas não evidenciam a tese.
38. O que não fazer em uma introdução
Usar questionamentos em excesso, sem apresentar a tese.
Tema: “Redução da maioridade penal e o sistema carcerário brasileiro”.
A redução da maioridade penal é um assunto bastante
discutido nos últimos meses. A mídia apresenta as diferentes visões
e reações à proposta. Mas o país está preparado para isso?
39. O que não fazer em uma introdução
Usar questionamentos em excesso, sem apresentar a tese.
Tema: “Redução da maioridade penal e o sistema carcerário brasileiro”.
A redução da maioridade penal é um assunto bastante
discutido nos últimos meses. A mídia apresenta as diferentes visões
e reações à proposta. Mas o país está preparado para isso?
O principal problema aqui, mais uma vez, é a falta de
posicionamento. As perguntas guiam a argumentação, mas
não substituem a presença da tese na introdução.
40. O que não fazer em uma introdução
Desenvolver demais o tema, já na introdução.
Tema: “Redução da maioridade penal e o sistema carcerário brasileiro”.
O sistema carcerário no Brasil está falido e não cumpre com a
sua função básica, de punir os infratores e também reintegrá-los à
sociedade. A população dos presídios no país é de 550 mil, a quarta
maior do mundo. O governo gasta, mensalmente, 1800 reais por preso
e o percentual de reincidência dos crimes é de 75%. São muitos os
problemas das penitenciárias, não há separação por idade, há
superlotação dos ambientes, as condições básicas de saúde e higiene
são precárias e os profissionais – policiais, agentes penitenciários,
administradores, auxiliares – são mal equipados, mal remunerados e
não possuem plano de carreira, o que contribui para a precarização do
sistema.
41. O que não fazer em uma introdução
Desenvolver demais o tema, já na introdução.
Tema: “Redução da maioridade penal e o sistema carcerário brasileiro”.
O sistema carcerário no Brasil está falido e não cumpre com a
sua função básica, de punir os infratores e também reintegrá-los à
sociedade. A população dos presídios no país é de 550 mil, a quarta
maior do mundo. O governo gasta, mensalmente, 1800 reais por preso
e o percentual de reincidência dos crimes é de 75%. São muitos os
problemas das penitenciárias, não há separação por idade, há
superlotação dos ambientes, as condições básicas de saúde e higiene
são precárias e os profissionais – policiais, agentes penitenciários,
administradores, auxiliares – são mal equipados, mal remunerados e
não possuem plano de carreira, o que contribui para a precarização do
sistema.
TESE
42. O que não fazer em uma introdução
Desenvolver demais o tema, já na introdução.
Tema: “Redução da maioridade penal e o sistema carcerário brasileiro”.
O sistema carcerário no Brasil está falido e não cumpre com a
sua função básica, de punir os infratores e também reintegrá-los à
sociedade. A população dos presídios no país é de 550 mil, a quarta
maior do mundo. O governo gasta, mensalmente, 1800 reais por preso
e o percentual de reincidência dos crimes é de 75%. São muitos os
problemas das penitenciárias, não há separação por idade, há
superlotação dos ambientes, as condições básicas de saúde e higiene
são precárias e os profissionais – policiais, agentes penitenciários,
administradores, auxiliares – são mal equipados, mal remunerados e
não possuem plano de carreira, o que contribui para a precarização do
sistema.
TESE
Excesso de detalhes e informações que deveriam estar no desenvolvimento.
43. O que não fazer em uma introdução
Desenvolver demais o tema, já na introdução.
Tema: “Redução da maioridade penal e o sistema carcerário brasileiro”.
O sistema carcerário no Brasil está falido e não cumpre com a
sua função básica, de punir os infratores e também reintegrá-los à
sociedade. A população dos presídios no país é de 550 mil, a quarta
maior do mundo. O governo gasta, mensalmente, 1800 reais por preso
e o percentual de reincidência dos crimes é de 75%. São muitos os
problemas das penitenciárias, não há separação por idade, há
superlotação dos ambientes, as condições básicas de saúde e higiene
são precárias e os profissionais – policiais, agentes penitenciários,
administradores, auxiliares – são mal equipados, mal remunerados e
não possuem plano de carreira, o que contribui para a precarização do
sistema.
TESE
Excesso de detalhes e informações que deveriam estar no desenvolvimento.
A introdução também não cita a questão
da maioridade penal, o que deixa a
contextualização do tema incompleta.
44. Cynthia Funchal
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