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Cristiana Freitas
Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Cristiana Freitas
Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Memória
                         perpétua




Pública                                                         Prova
  fé                                                          autêntica

                         ARQUIVO




      santuário                                  tesouro



                          Cristiana Freitas
          Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
• Pode a presunção da autenticidade ser transferida para o
  contexto digital?
• Quais os requisitos que garantirão a autenticidade,
  integridade, fidedignidade, inteligibilidade e usabilidade da
  informação?
• Quais as implicações no conceito de documento?
• Qual o papel dos profissionais da
  informação?
• Qual o posicionamento da
  Arquivística?
• Como garantir a autenticidade e a
  usabilidade dos objectos digitais
  ao longo do tempo?



                                Cristiana Freitas
                Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Cristiana Freitas
Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Fonte: FERREIRA, Miguel, Introdução à Preservação Digital : Conceitos, estratégias e actuais consensos, 2006, p. 24-25.



                                                  Cristiana Freitas
                                  Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Preservar a
                                                          informação
                    Garantir o
                                                            digital a
                     acesso
                                                          longo prazo
                   continuado



     Conservar a
      memória




Mas como?




                      Cristiana Freitas
      Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
“os arquivistas devem ser capazes não só de conhecer os
princípios e as práticas fundamentais de arquivo, mas
também de compreender que estes mudaram e que se
devem reformular e/ou ampliar para fazerem face aos
documentos de arquivo electrónicos”.
                             CIA, Documentos de arquivo electrónicos: manual para arquivistas, 2005, p. 23.




                                Cristiana Freitas
                Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Autenticidade



 Manutenção da fidedignidade dos documentos/informação após a
      utilização, transmissão e preservação a longo prazo.
 Como transpor para o mundo digital os princípios que tão bem
funcionam em ambiente analógico?
 Como garantir a autenticidade dos objetos digitais?



    Se um documento apresenta todos os elementos formais desde a
    sua criação/recepção (autêntico), esse documento é aquilo que
        pretende ser (genuíno) e o seu conteúdo é de confiança
                             (fidedigno).
                                    Cristiana Freitas
                    Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Autenticidade e fidedignidade para quê?

                 apoiar as atividades da organização

                            fornecer prova


 Como transpor para o mundo digital os princípios que tão bem
funcionam em ambiente analógico?
 Como garantir a autenticidade dos objetos digitais?




                No mundo digital impera a desconfiança




                                 Cristiana Freitas
                      Seminário de CTDI – Vila do Conde 2012
Preservação da memória




                                Produtores de informação
                               Profissionais da informação




                                    Cristiana Freitas
                         Seminário de CTDI – Vila do Conde 2012
“As questões relacionadas com a preservação da memória constituem
um dos maiores desafios que os profissionais da informação devem
enfrentar. Dado o volume incomensurável de Informação produzida e a
rapidez com que a mesma se produz graças às facilidades da tecnologia
é inquestionável que se torna impossível conservar tudo e a decisão
sobre a conservação da memória deixou de ser um problema que se põe
a posteriori ”.

   Ribeiro, Fernanda, Gestão da Informação/ Preservação da Memória na era pós-custodial: um equilíbrio precário, 2004, p. 8.




                                               Cristiana Freitas
                               Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Avaliação

Apesar dos diferentes suportes, não há nenhuma diferença
fundamental na avaliação da informação em suporte papel ou digital,
uma vez que, ambos são avaliados de acordo com os valores
administrativos, legais, probatório e informacionais no âmbito do
contexto do sistema de manutenção de documentos em que foram
criados.


                Seleção da informação a preservar de acordo
                    com os objetivos da instituição e das
                       necessidades da comunidade.




                Questão primordial da preservação digital


                                    Cristiana Freitas
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Concepção e implementação de sistemas de arquivo (NP-4438-2, 2005, p. 10)


  ciclo de gestão de informação - produção, captura e recolha de
informação, o seu processamento/organização, a sua circulação, a sua
      avaliação, o seu armazenamento, o seu uso e disseminação




                                        Cristiana Freitas
                        Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Normas

       ISO 15489 (NP 4438-2)

              Aplica-se a documentos em qualquer formato ou suporte, produzidos
               ou recebidos por qualquer organização pública ou privada no decurso
               das suas atividades.
              Especifica os elementos da gestão de documentos de arquivo e
               define os resultados a atingir. Fornece uma metodologia para
               implementação.




                                         Cristiana Freitas
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    Normas

           ISO 30300 / ISO 30301
                 Fornece uma abordagem sistemática e estratégica para a criação e
                  gestão da informação como parte integrante dos processos de
                  negócios das organizações, utilizando esses recursos de informação
                  como parte dos objetivos estratégicos.
                           Contexto da organização;

                           Contexto de produção;

                           Contexto do documento.



           Estrutura do MSR (Management Systems for Records)




Fonte: Bustelo, Carlota e Ellis,
Judith, What is ISO 30300? Who,
when, where, why and how to
implement, 2011.
                                                   Cristiana Freitas
                                   Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Benefícios da implementação de um MSR (Management System
    Records)


       a) usa um modelo internacionalmente aceite para estabelecer e
        implementar política e objetivos;
       b) integra a avaliação de riscos;
       c) promove a melhoria contínua através da avaliação de
        desempenho e da implementação de processos de auditoria;
       d) permite facilidade na confirmação de conformidade e na
        certificação de por parte de uma outra entidade independente;
       e) integra o uso de MSR com outros padrões comummente utilizados
        MSS (Managment System Standards).




                                      Cristiana Freitas
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   Benefícios de um controlo eficiente dos documentos:

       a) eficiência nos processos de negócio;
       b) cumprimento da legislação e regulamentação;
       c) tomada de decisão eficaz;
       d) eliminação de informação redundante e duplicados;
       e) partilha de informação;
       f) melhora o desempenho das TI;
       g) recuperação de desastres e a continuidade do processo de negócio;
       h) proteção em caso de litígio;
       i) defesa dos direitos das partes interessadas (stakeholders);
       j) conservação da memória institucional e/ou coletiva;
       k) apoia a responsabilidade social.



               Controlo total da informação sobre a atividade
               da organização durante tanto tempo quanto for
               necessário para servir os seus propósitos.


                                       Cristiana Freitas
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   Interoperabilidade
        Capacidade de dois ou mais sistemas (computadores, meios de
         comunicação, redes, software e outros componentes de tecnologia
         da informação) de interagir e de trocar dados de acordo com um
         método definido de forma a obter os resultados esperados.
        Lei nº 36/2011 de 21 de Junho
           Estabelece a adopção de normas abertas nos sistemas
             informáticos do Estado.




                                      Cristiana Freitas
                      Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Modernização Administrativa

        Princípios fundamentais:
             Desburocratização;
             Transparência;
             Racionalidade;
             Simplicidade;
             Eficiência;
             Acesso;
             Flexibilidade.


        Estratégias:
             Qualificação dos recursos humanos;
             Orientação dos serviços para o cidadão;
             …




                                        Cristiana Freitas
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   Medidas de simplificação administrativa e legislativa e medidas
    de administração electrónica

        A simplificação tem por objetivo:
             melhorar a relação dos cidadãos com os serviços municipais;
             reduzir os custos de contexto das empresas no seu relacionamento
              com estes serviços;
             tornar o Município mais eficiente e, assim, tornar o concelho mais
              competitivo.


        A estratégia de simplificação pode ser concretizada através de
         alguns objetivos genéricos:
             diminuir o número de atendimentos presenciais;
             reduzir tempos de espera;
             minimizar o número de interações relacionadas com o mesmo
              processo;
             prestar serviços na hora;
             dar mais e melhor acesso à informação.



                                      Cristiana Freitas
                      Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   “A digitalização e preservação da memória cultural da Europa, que
    inclui material impresso (livros, revistas, jornais), fotografias,
    objectos de museus, documentos de arquivos, material sonoro e
    audiovisual, monumentos e sítios arqueológicos (a seguir
    denominados «material cultural»), constituem um dos principais
    domínios visados pela Agenda Digital”.



                                                             Até 2025
                                  Até 2015                   Digitalização
                                                             de todo o
                                  Meta global                património
                                  de 30                      cultural da
                     2011         milhões de                 Europa
                     Mais de 19 objetos
                     milhões de digitalizados
                     objetos                                            Fonte: CE, Recomendações da Comissão
                                                                        sobre a digitalização e a acessibilidade
                     digitalizados                                      em linha de material cultural e a
                                                                        preservação digital, 2011.
                                    Cristiana Freitas
                    Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
• Reforçar os incentivos ao desenvolvimento de material digitalizado proveniente de
             bibliotecas, arquivos e museus.




           • Disponibilizar em linha do material cultural torná-lo-á acessível aos cidadãos em toda a
             Europa, que o poderão utilizar para fins recreativos, educativos ou profissionais.



           • Reutilizar o material digitalizado para fins comerciais ou não comerciais (criação de
             conteúdos educativos e de ensino, documentários, aplicações para turismo, jogos,
             animações e ferramentas de conceção), desde que sejam plenamente respeitados os direitos
             de autor e os direitos conexos.



           • Limitar a utilização de marcas de água ou outras medidas de protecção visual intrusivas que
             diminuem as possibilidades de utilização do material digitalizado no domínio público.




Portugal
Nº de objetos na Europeana


                                                                             Fonte: CE, Recomendações da Comissão
                                                                             sobre a digitalização e a acessibilidade em
                                                                             linha de material cultural e a preservação
                                                                             digital, 2011.
                                             Cristiana Freitas
                             Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   A informação digital inclui:

       documentos digitalizados
         aqueles que, por questões de acesso

          ou preservação, foram convertidos
          para um formato digital através de
          um qualquer processo de digitalização




                               documentos nado-digitais
                                 Aqueles que criados originalmente em

                                  ambiente digital e o seu manuseio só
                                  pode ser feito nesse ambiente.




                                       Cristiana Freitas
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   Vantagens da digitalização

       Economia efetiva de espaço;
       Multi-acesso;
       Distribuição mais rápida, dirigida e eficiente;
       Identificação e gestão efetiva de objetos digitais;
       Preservação da capacidade evidencial do documento.

   Problemas

       Deficiente planeamento  pontos de bloqueio e rutura total;
       Preservação de objetos digitais;
       Gestão de objetos digitais:
             Identificação

             Localização

             Recuperação

             Preservação da capacidade de prova

       Insuficiente suporte tecnológico.

                                       Cristiana Freitas
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   Gestão de projetos de digitalização

       Quais são os objetivos?
       O que digitalizar?
       Digitalizar os processos na íntegra?
       Quais as tipologias informacionais a digitalizar?
       Qual o formato e a resolução mais adequados?
       Qual o equipamento necessário (software e hardware)?
       Qual o esquema de metadados a utilizar?
       Quais os recursos humanos necessários?




                                     Cristiana Freitas
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Cristiana Freitas
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   Cadeia de digitalização




        Fonte: http://www.library.cornell.edu/preservation/tutorial/technical/technicalA-01.html

                                            Cristiana Freitas
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   Tipos de digitalização

     Bitonal – um bit por pixel que representam o preto e o branco
      (documentos de texto);
     Escala de cinza – múltiplos bits por pixel que representam tons de
      cinza (fotografias a preto e branco);
     Cor (RGB) – Múltiplos bits que representam cores (documentos com
      cor).




                                    Cristiana Freitas
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   Bit Depth

       A profundidade de bits mede o número de cores disponíveis para
        representar a cor ou tons de cinza no original. A cada pixel é
        atribuído um valor que corresponde à cor/sombra que representa.




              Fonte: BCR, BCR’s CDP Digital Imaging Best Practices: version 2.0, 2008, p. 9.



                                            Cristiana Freitas
                            Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Resolução
     A resolução, expressa em pontos por polegada (dots-per-inch),
      determina a qualidade da imagem.
     Quanto maior for a resoluções da captura mais aumenta a
      informações obtida, bem como aumenta o tamanho do ficheiro.
     A resolução deve ser ajustada tendo em conta o tamanho,
      qualidade e condições de utilização do objeto digital.




                 PPI

           Fonte: BCR, BCR’s CDP Digital Imaging Best Practices: version 2.0, 2008, p. 10.


                                         Cristiana Freitas
                         Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Compressão
       A resolução determina a qualidade da imagem, desta forma a
        qualidade pode ser afetada pelas técnicas e nível de compressão
        utilizadas
           lossless compression – sem perda de qualidade (ex. TIFF);
           lossy compression – com perda de qualidade (ex. JPEG).
       Reduz o tamanho do ficheiro para processamento, armazenamento
        e transmissão.




                Fonte: BCR, BCR’s CDP Digital Imaging Best Practices: version 2.0, 2008, p. 11.

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                              Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Equipamento

       Densidade ótica
         A densidade ótica mede o “Brightest bright" e “darkest dark"
          que um equipamento pode capturar. Quanto maior for
          capacidade do scanner ou câmara em reproduzir alterações
          subtis de tonalidades (dynamic range), mais qualidade terá a
          imagem.
         Scanners capazes de capturar uma maior profundidade de bits
          geralmente capturam uma maior densidade ótica.

       Velocidade
         A velocidade com que o equipamento pode captar imagens e

          transmiti-los para o computador é um fator importante a
          considerar para nos projetos de digitalização.

              As alegadas capacidades dadas pelos fabricantes
             devem ser cuidadosamente investigadas e testadas
              examinado os resultados no ecrã e em impressão

                                      Cristiana Freitas
                      Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Armazenamento

        Critérios a considerar

       1.Custo                                            3.Interoperabilidade
         Custo de instalação                                Suporta nós de marcas
         Manutenção e suporte/ano                             concorrentes
         Prazo da garantia                                  Suporta discos de marcas
                                                               concorrentes
         Custo da solução para 1 TB
                                                             Disponibiliza interfaces de
         Custo da solução para 10 TB                          programação
         Custo da solução para 100 TB                       Suporta conectividade NFS
         Custo de cada nó (1 nó suporta                     Suporta conectividade SMB
           vários discos)
         Custo de cada unidade de controlo
                                                           4.Segurança de dados
                                                             Suporta RAID
       2.Escalabilidade
                                                             Suporta backups
         Número máximo de nós
                                                             Suporta replicação remota
         Número máximo de nós por cada
           unidade de controlo
         Capacidade máxima de cada nó                     5.Facilidade de programação
           (número de discos)                                Storage Virtualization
         Limite máximo em TB de cada nó                     API de controlo do número de
                                                               réplicas
                                                             API de controlo dos processos de
                                                               auditoria

                                          Cristiana Freitas
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   Formatos adequados

       A escolha de formatos de ficheiro deve ter em conta o resultado
        final com maior qualidade de digitalização possível e a
        disponibilidade de caminhos de migração para futura preservação
        da matriz digital.
       Privilegiar a escolha de formatos abertos e independentes (ex:
        TIFF) em detrimento de formatos proprietários, isto é coberto
        por patente ou copyright (ex: Word, Excel), de modo a que
        diferentes configurações de hardware e software sejam capazes
        de os interpretar.




     Apesar de ser desejável o uso de formatos adequados à
    preservação a longo prazo serem adoptados na criação da
            informação digital, não é um imperativo.
             Podem ser convertidos posteriormente.




                                        Cristiana Freitas
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   Normalização

     A normalização tem como objetivo simplificar o processo de
     preservação através da redução do número de formatos distintos que
     se encontram num repositório de objetos digitais. A utilização de um
     número reduzido de formatos compatíveis permite:

        Evitar futuras complicações a nível de direitos de autor ou
         pagamento de royalties (taxas de utilização);
        A interoperabilidade entre sistemas distintos;
        Uma estratégia de preservação seja aplicada de forma transversal a
         um grande número de objetos digitais;
        A redução de custos e facilita a gestão e aplicação de eventos de
         preservação.




                                        Cristiana Freitas
                        Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Fonte: U.S. National Archives and Records Administration (NARA)


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       Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   OCR (optical character recognition)
        A utilização de software OCR permite extrair informação da
         informação digitalizada.
            Reconhece as letras e os números que formam a imagem

             digitalizada, i.e. converte o texto impresso num formato
             legível pela máquina;
            Permite procurar, indexar, converter formatos e outras

             operações de processamento.




                                     Cristiana Freitas
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   Marca de água digital
       é essencialmente utilizada para a proteção da
        propriedade intelectual, anexando o
        copyright ao objeto;
       identifica a fonte, criador, proprietário,
        distribuidor, ou consumidor autorizado de uma
        documento ou imagem;
       Em caso de uso ilícito, facilmente se pode
        fazer prova de propriedade.



                  A aplicação de marcas de água a um objeto digital
                  significa a alteração dos bits, ao ponto de alterar
                          ligeiramente a perceção do objeto


       Não é apropriada para a gestão de
         objetos digitais num ambiente                     É apropriada para um ambiente de
     controlado, tal como um arquivo ou um                 distribuição pública não controlada
         repositório preocupados com a
              integridade do objeto

                                         Cristiana Freitas
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   Tratamento e digitalização de documentos do Arquivo
    Municipal de Ponte de Lima (POC)

       Objetivos:
         Ampliar o conhecimento do património arquivístico à guarda do Arquivo
          Municipal de Ponte de Lima alargando a outros públicos;
         Facilitar o acesso a informações relativas às coleções e séries

          documentais tratadas e digitalizadas;
         Conservar e preservar, a longo prazo, em boas condições físicas, toda a
          documentação do Arquivo Municipal de Ponte de Lima, evitando os
          prejuízos causados pelo seu manuseamento;
         Fomentar o apoio à investigação científica e académica;

         Sensibilizar a população em geral e mais concretamente os mais jovens
          para a conservação do património
          arquivístico, que constitui a herança
          cultural e/ou a memória coletiva,
          através da promoção de visitas de
          estudo ao Arquivo Municipal.
                                        Cristiana Freitas
                        Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Documentos digitalizados:
     Livros de actas

     Livros de registo geral

     Colecção de pergaminhos

     Colecção de cartas régias

     Forais

     …



   Formatos:
     300 dpi para as matrizes (TIFF)
                                                                  188.676 imagens
     200 dpi para consulta (JPEG)

     72/100 dpi para as miniaturas (JPEG)




                                  Cristiana Freitas
                  Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   E-arquivos (QREN)

       Objetivos:
         Contribuir ativamente para a introdução de uma nova dinâmica

          na modernização administrativa:
           ao nível dos serviços
              desburocratização;

              reengenharia de processos;

              aumento da eficácia, eficiência, celeridade e transparência;

              redução de custos.

         ao nível da interação/comunicação entre o município e os
          munícipes.




                                       Cristiana Freitas
                       Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Tipologias informacionais digitalizadas:
     Requerimento inicial

     Planta de localização

     Planta de implantação

     Planta topográfica

     Planta de condicionantes (PDM)

     Planta de ordenamento (PDM)

     Alvará de construção

     Projeto de arquitetura (telas finais)

     Alvará de utilização



   Formatos
     200 dpi para plantas

     150 dpi para tamanho A4




                                                       4.780 Processos de Obras Particulares
                                                                       51.137 imagens
                                   Cristiana Freitas
                   Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
circulação analógica




                Cristiana Freitas
Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
circulação digital




Arquivo Municipal                                                         Câmara Municipal




                        10010010110
                        10100100101
                                                                        Cidadãos e Organizações
                                    Cristiana Freitas
                    Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
“consiste na capacidade de garantir que a informação digital
permanece acessível e com qualidades de autenticidade
suficientes para que possa ser interpretada no futuro
recorrendo a uma plataforma tecnológica diferente da
utilizada no momento da sua criação”.
         Ferreira, Miguel, Introdução à preservação digital: conceitos, estratégias e actuais consensos, 2006, p. 20.




                                     Cristiana Freitas
                     Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Ambiente                                                        Ambiente
analógico                                                        digital




                            Cristiana Freitas
            Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
“retirada do tranquilo limbo do ambiente
tradicional, em que coexistia com pacíficos
insectos e pergaminhos, a preservação aplicada
ao universo digital tem conseguido finalmente
despertar a atenção de todos os sectores
profissionais na área da gestão da informação”.
                                 Barbedo, Francisco, Arquivos digitais: da origem à maturidade, 2005, p. 7.




              Preservação digital - DGARQ

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              Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Hardware




  Suportes de             Obsolescência                             Software
armazenamento
                           tecnológica




                                Formatos de
                                  arquivo




                                Cristiana Freitas
                Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Fonte: Gracio, José Carlos Abbud, Preservação digital na gestão da informação:
            um modelo processual para as instituições de ensino superior, 2011, p. 63.




                Cristiana Freitas
Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Cristiana Freitas
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Informação                    Preservação                                  Memória
digital                       digital

    • Fragilidade                    •   Autenticidade                        • Memória
     física dos                      •    Integridade                          colectiva e
     suportes                        •    Fidedignidade                        institucional
    •Vulnerabilidade                 •   Acesso
     do ambiente                         continuado
     digital
    • Obsolescência
     tecnológica




                                       Cristiana Freitas
                       Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Cristiana Freitas
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Fonte: Gracio, José Carlos Abbud, Preservação digital na gestão da informação:
um modelo processual para as instituições de ensino superior, 2011, p.83.


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   Migração
            Transferência periódica de material digital de uma dada
             configuração de hardware/software para uma outra ou de
             uma geração de tecnologia para outra subsequente;
            Centra-se na procura de formatos alternativos para
             representar o mesmo conteúdo intelectual que se pretende
             preservar;
            Tem como principal objetivo garantir que a informação digital
             permanece compatível com as tecnologias atuais.




    Fonte: Ferreira, Miguel, Introdução à preservação digital: conceitos, estratégias e actuais consensos, 2006, p. 40.

                                                    Cristiana Freitas
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   Encapsulamento

      As soluções baseadas em encapsulamento procuram manter os
       objetos digitais inalterados até ao momento em que se tornam
       necessários.
      Consiste em conservar, juntamente com a informação digital,
       toda a metainformação necessária e suficiente que permita
       futuramente desenvolver conversores, visualizadores ou
       emuladores.



              Preservação do bit stream original juntamente
               com metainformação capaz de garantir a sua
                           futura interpretação
               Ferreira, Miguel, Preservação digital: conceitos, estratégias e actuais consensos, 2006.




                                        Cristiana Freitas
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   Emulação

      Baseia-se na utilização de um emulador (software especial)
       capaz de reproduzir o comportamento de uma plataforma de
       hardware e/ou software, inicialmente incompatível.
      É particularmente relevante em contextos em que o objeto a
       preservar se trata de uma aplicação de software.




     Fonte: Ferreira, Miguel e Ramalho, José Carlos, Preservação digital: das normas às boas práticas, 2008.

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                               Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Preservação da tecnologia

       Criação de “museus de tecnologia” através da conservação e
        manutenção de todo o hardware e software necessários à correta
        apresentação dos objetos digitais.

   Transferência para suportes analógicos

       Conversão de documentos digitais em documentos analógicos, de
        forma a garantir o acesso à informação neles contida. Feita a
        transferência da informação, os esforços de preservação serão
        feitos em torno do documento analógico.

   Arqueologia digital

       Métodos de salvar conteúdos de suportes
        estragados, ou ambientes de hardware/
        software obsoletos. Estratégia de recuperação
        em casos de emergência.

                                        Cristiana Freitas
                        Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Pedra Roseta digital


       A Pedra Roseta, cujo texto está escrito em
        três línguas distintas (egípcio hieroglífico,
        egípcio cursivo e grego clássico) permitiu a
        descodificação de inúmeros textos
        egípcios encontrados em vários locais e
        suporte.


       Reunir amostras de objetos que sejam
        representativas do formato que se
        pretende recuperar e que permitam
        inferir as regras necessárias para
        traduzir/converter o objeto original para
        um qualquer formato contemporâneo.




                                       Cristiana Freitas
                       Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Refrescamento

      Consiste na transferência de informação
       de um suporte físico de
       armazenamento, para outro geralmente
       mais actual, antes que o primeiro se
       deteriore ou se torne
       irremediavelmente obsoleto.
      Não é propriamente uma estratégia de
       preservação, mas deve ser considerado
       como um pré-requisito para o sucesso
       de qualquer estratégia de preservação
       digital.                                                         Repositório




                                    Cristiana Freitas
                    Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Processos de preservação digital
        Nível físico
          Tecnologia de armazenamento de elevada disponibilidade;

          Refrescamento de suportes;

          Plano de contingência (recuperação perante desastres).


        Nível lógico
          Replicação local (backups);

          Replicação remota.


        Nível conceptual/semântico
          Normalização dos formatos durante a ingestão;

          Migração de formatos obsoletos;

          Modelo económico (sustentabilidade económica/ orçamento anual).


        Nível social
          Todos os utilizadores têm de estar registados;

          Toda a sua atividade é registada;

          O sistema procura evitar a ocorrência de erros.


        Nível económico                                                     Ramalho, José Carlos e
          Modelo de sustentabilidade económica;                             Ferreira, Miguel,
                                                                             Sistemas de suporte à
          Custos de preservação integrados no orçamento anual.              governação electrónica:
                                                                             preservação a longo-
                                         Cristiana Freitas                   prazo de informação
                         Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012   digital, 2008.
   Infraestrutura tecnológica

       A preservação digital tem na infraestrutura tecnológica (hardware
        e software) um dos aspetos fundamentais para a preservação e
        acesso:
           Definição de hardware e software ;
           Sistema de armazenamento com alta capacidade e dispositivos de acesso
            adequados;
           Estrutura de cópias de segurança (backup) confiável;
           Sistema de redundância de base de dados e de hardware;
           Sistema de deteção e recuperação automática de falhas;
           Escolha dos suportes de armazenamento para preservação, backups e
            acesso;
           Definição dos tipos, ou seja off-line e/ou online;
           Estrutura de rede de computadores adequada para acesso dos
            utilizadores ao sistema de informação;
           Sistemas de armazenamento com mecanismos de segurança, com senhas
            seguras para acesso à base de dados;
           Definição de formatos de armazenamento lógico e físico.
                                                                Gracio, José Carlos Abbud, Preservação digital na
                                                                gestão da informação: um modelo processual para as
                                                                instituições de ensino superior, 2011, p. 145.
                                         Cristiana Freitas
                         Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Aspectos a considerar na preservação digital

       Aspetos técnicos, legais, administrativos e culturais;

       Custo elevado das ações de preservação:
         Recursos financeiros;

         Recursos humanos.




                                       Cristiana Freitas
                       Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
“O plano de preservação digital permite identificar as
funcionalidades que devem ser implementadas e a forma
de as implementar, para manter a integridade e
usabilidade dos documentos de arquivo electrónicos ao
longo do tempo.”
                           DGARQ, Recomendações para a produção de Planos Preservação Digital, 2005, p. 6.




   Não é considerada, neste documento, a circunstância em
   que um produtor deseje criar um arquivo digital, orientado
   para a preservação de objetos digitais (OD) de conservação
   permanente e acessível a utilizadores externos à
   organização. Neste caso muitos outros requisitos serão
   necessários bem como recursos humanos e materiais
   indispensáveis para gerir esse tipo de função.


                                Cristiana Freitas
                Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Objetivos do Plano de Preservação Digital:
     i) garantir que os documentos de arquivo eletrónico sejam
      conservados de forma legível e acessível, mantendo
      simultaneamente as suas propriedades de autenticidade e
      integridade durante tanto tempo quanto a organização deles
      necessitar;
     ii) permitir identificar quais as funcionalidades que devem ser
      implementadas e a forma de as implementar, para manter a
      integridade e usabilidade dos documentos de arquivo eletrónicos
      ao longo do tempo.
                                                          Barbedo, Francisco et al., Recomendações para a
                                                          produção de planos de preservação digital, 2010, p.8.




                                Fonte: Serra Serra, Jordi, Los documentos
                                electrónicos: qué son y como se tratan , 2008, p. 112.



                                    Cristiana Freitas
                    Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Cristiana Freitas
Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Pré-requisitos
     Plano de classificação;
     Tabela de seleção;
     Caracterização do sistema de informação e identificação dos
      requisitos dos documentos de arquivo eletrónico
           Análise e caracterização do sistema documental e suas funcionalidades;
           Análise das séries documentais.


   Planeamento da estratégia de preservação
       Definição das estratégias de preservação;
       Definição de formatos de preservação;
       Escolha de aplicações informáticas;
       Escolha de soluções de armazenamento;
       Escolha de metainformação.




                                          Cristiana Freitas
                          Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Ameaças a considerar

       Falha do Hardware;
       Falha do Software;
       Erros nos canais de comunicação;
       Falhas na rede;
       Obsolescência;
       Erros do operador;
       Desastres naturais;
       Ataques externos;
       Ataques internos;
       Falhas organizacionais e económicas.




                Fonte: Gladney, Henry M., Preserving Digital Information, 2007. p. 10




                                         Cristiana Freitas
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   Em suma, pretende-se:
       Minimizar os riscos de perda irremediável da informação:

                Adulteração da informação digital;
                Definição de formatos não adequados na migração e
                 refrescamento;
                Alteração ou perda da estrutura dos documentos digitais
                 originais;
                Perda da informação e/ou metadados de conteúdos de
                 preservação;
                Obsolescência do hardware e Software.



                                          Garantir
        Autenticidade, a integridade e a
          fiabilidade da informação a                  Acesso continuado à informação
                    preservar

                                          Cristiana Freitas
                          Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Metadados?




   Informação estruturada que descreve, explica, localiza, ou ainda
    possibilita que um recurso informacional seja fácil de recuperar, usar
    ou gerir. O termo metadados frequentemente designa dados sobre
    dados, ou informação sobre informação.
                                                                                 ISO 15489-1
                                      Descoberta de
                                        recursos




                    Preservação                                Organização
                       digital                                 de recursos

                                          Função dos
                                          metadados




                                                       Facilitação da
                          Identificação
                                                       interoperabili
                             digital
                                                            dade


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                      Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   A metainformação no contexto da preservação digital:


     procura descrever o caminho percorrido pelos documentos
      digitais, desde a sua criação até à sua incorporação no
      repositório;
     descreve o ambiente tecnológico que sustenta a correta
      apresentação dos objetos digitais (hardware, software e sistemas
      operativos);
     assume também a responsabilidade de garantir a sua
      autenticidade;
     inclui informação sobre todas as contingências legais que afetam
      os objetos digitais.

             Ferreira, Miguel, Introdução à preservação digital: conceitos, estratégias e actuais consensos, 2006, p. 54.




                                        Cristiana Freitas
                        Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Metadados de Preservação

 descrevem e documentam os processos e
  atividades relacionados com a preservação
  dos objetos digitais;                                 Metadados                 Metadados
                                                      administrativos             descritivos
                                                                    Metadados
 reúnem informação detalhada sobre a
                                                                         de
  proveniência, autenticidade, atividades de                      preservação
  preservação, ambiente tecnológico e
                                                                      Metadados
  condicionantes legais dos objetos digitais;                         estruturais

 descrevem o ambiente tecnológico
  necessário à correta execução e
  apresentação dos objetos                    Fonte: Ferreira, Carla, Preservação da informação
  digitais.                                   digital: uma perspectiva orientada para as
                                              bibliotecas, 2011, p. 81




                                         Cristiana Freitas
                         Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Fonte: Barbedo, Francisco et al., RODA: Repositório de objectos digitais autênticos: relatório final, 2006, p. 13.




                                               Cristiana Freitas
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   O que são e como funcionam?
       Um repositório digital é um sistema de informação responsável por gerir e
        armazenar informação digital, mantendo-a acessível e preservando-a.
       preservar, num repositório digital, significa que se cumprem os seguintes
        objetivos:
         os dados são mantidos no repositório sem serem danificados, perdidos

          ou adulterados;
         os dados podem ser encontrados, recuperados e disponibilizados ao
          utilizador;
         os dados podem ser interpretados e entendidos pelo utilizador (não
          basta preservar a bitstream que representa a informação preservada, o
          desafio reside em assegurar que os utilizadores podem aceder ao
          conteúdo tal como este foi depositado no repositório);
         todas as condições referidas podem ser mantidas ao longo do tempo.




                                                            Ferreira, Carla, Preservação da informação digital: uma
                                                            perspectiva orientada para as bibliotecas, 2011, p. 72.
                                        Cristiana Freitas
                        Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   No contexto da preservação digital, um repositório digital surge
    como uma importante infra-estrutura que providencia os
    mecanismos necessários para:

        identificar de forma consistente os documentos;
        uniformizar os formatos em que estes se encontram;
        atribuir os metadados necessários para a descrição e localização dos
         documentos, gestão dos direitos de autor e documentação das
         alterações efetuadas aos documentos.


          Ações que garantem uma melhor gestão das mudanças
             tecnológicas e da aplicação das estratégias de
            preservação, com a automatização de processos.


                                                           Ferreira, Carla, Preservação da informação digital: uma
                                                           perspectiva orientada para as bibliotecas, 2011, p. 72.




                                       Cristiana Freitas
                       Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Arquitetura de um sistema de preservação




Ferreira, Miguel, Preservação de longa duração da informação digital no contexto de um arquivo histórico, 2009, p. 57.

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   Repositórios digitais de confiança (Trusted Digital
    Repositories)

        Devem assegurar que os documentos sejam preservados tal qual
         foram depositados, ou seja, que se mantêm a sua autenticidade e
         integridade e que todas as operações de preservação levadas a cabo
         estão devidamente justificadas e documentadas.




                   certificação                                confiança




                                      Cristiana Freitas
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   Atributos e responsabilidades dos repositórios digitais
    de confiança (TRAC)

                                              Conformidade
                                            com o modelo de
                                             referência OAIS


               Responsabilidade
                (accountability)                                      Responsabilidade
                      de                                               administrativa
                 procedimentos




                                             Repositório
                                              digital de
                                              confiança
            Sistema de                                                         Viabilidade
            segurança                                                         organizacional




                              Adequação                    Sustentabilidade
                              tecnológica                     financeira




                                         Cristiana Freitas
                         Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Modelo de referência OAIS
    • Definição de políticas                                                                                                 •Estabelece
    de preservação digital                                                                                                   relações entre a
    ;                                                                                                                        metainformação
    •Elaboração de planos                                                                                                    e o material
    de preservação;                                                                                                          preservado (AIP);
    •Monitorização do                                                                                                        •Assegura a
    ambiente externo.                                                                                                        localização do
                                                                                                                             material;
                                                                                                                             • Conservação da
                                                                                                                             metainformação;
                                                                                                                             •Permite a
                                                                                                                             obtenção de
                                                                                                                             relatórios e
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                                                                                         • Armazena o material a
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                                                                                         •Guarda as representações
             • Verifica a                                                                digitais;
             integridade                        • Estabelece a ponte                     •Gera toda a estrutura de
             física, lógica e                   entre o sistema e a                      armazenamento;
             semântica;                         comunidade de                            •Garante que as representações
             •Valida a                          interesse (consumidores                  não são degeneradas por mau
             metainformação                     da material custodiado);                 funcionamento dos suportes
             (ou geração da                     • Facilita a descoberta                  físicos;
             mesma);                            e localização dos                        •Verifica a integridade;
             •Transforma o                      objetos digitais;                        •Oferece funcionalidades de
             SIP em AIP.                        • Prepara os mesmos                      salvaguarda e recuperação de
                                                para entrega ao                          dados em caso de desastre (RAID,
                                                consumidor (DIP).                        Back-up, replicação remota, etc.)
Fonte: Ferreira, Miguel et al., Estado da
arte em preservação digital, 2012.                          Cristiana Freitas
                                            Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   A Direção Geral de Arquivos enquanto Service
    Provider
       RODA

           O Repositório de Objetos Digitais Autênticos, desenvolvido pela
            DGARQ, visa desenvolver e promover uma solução tecnológica,
            ultimada na construção de um protótipo de repositório digital capaz
            de incorporar, descrever e dar acesso a todo o tipo de informação
            digital produzida no contexto da Administração Pública.
           Estipula normas para efeitos de submissão/ingestão no que se
            refere aos formatos para cada tipo de objeto digital (texto com
            estrutura, imagens com estrutura, Bases de Dados relacionais,
            áudios e vídeos).

                            Quaisquer outros formatos de
                Texto, Imagem, Bases de Dados, que se encontrem
                 fora da listagem podem também ser aceites, mas
                       sem qualquer garante de preservação


                                       Cristiana Freitas
                       Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Rede Portuguesa de Arquivos (RPA)

       Projeto da Direcção-Geral de Arquivos (DGARQ) que pretende
        assumir-se como um repositório da memória coletiva, através da
        divulgação do património arquivístico nacional.
       A rede baseia-se na partilha de serviços e disponibilização de
        conteúdos de arquivo, articulando-se com outras redes de
        serviços materializadas em diversos portais, como o portal do
        cidadão, ou o portal da cultura, de forma a proporcionar
        serviços integrados ao cidadão.
       Este projeto visa associar-se, a partir do Portal Português de
        Arquivos (PPA), a outras estruturas internacionais afins, como a
        EUROPEANA (Biblioteca Digital Europeia) e a APENET (Portal de
        Arquivos Europeu).




                                    Cristiana Freitas
                    Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Fonte: FERROS, Luís Miguel, Extracção e concentração de metainformação distribuída por vários repositórios, 2009. p. 34.




                                                   Cristiana Freitas
                                   Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Integração do Portal Português de Arquivos (PPA) com
    a Europeana




    Fonte: FERROS, Luís Miguel Ferros et al., Digitarq e o novo modelo de interoperabilidade OAI-PMH, 2010.



                                               Cristiana Freitas
                               Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
   Documentos de apoio:

       Colecções digitais: digitalização e preservação digital



                  http://coleccoes-digitais.wikidot.com/




                                         Cristiana Freitas
                         Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
Cristiana Freitas
Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012

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Gestão e preservação da informação digital em arquivos

  • 1.
  • 2. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 3. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 4. Memória perpétua Pública Prova fé autêntica ARQUIVO santuário tesouro Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 5. • Pode a presunção da autenticidade ser transferida para o contexto digital? • Quais os requisitos que garantirão a autenticidade, integridade, fidedignidade, inteligibilidade e usabilidade da informação? • Quais as implicações no conceito de documento? • Qual o papel dos profissionais da informação? • Qual o posicionamento da Arquivística? • Como garantir a autenticidade e a usabilidade dos objectos digitais ao longo do tempo? Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 6. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 7. Fonte: FERREIRA, Miguel, Introdução à Preservação Digital : Conceitos, estratégias e actuais consensos, 2006, p. 24-25. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 8. Preservar a informação Garantir o digital a acesso longo prazo continuado Conservar a memória Mas como? Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 9. “os arquivistas devem ser capazes não só de conhecer os princípios e as práticas fundamentais de arquivo, mas também de compreender que estes mudaram e que se devem reformular e/ou ampliar para fazerem face aos documentos de arquivo electrónicos”. CIA, Documentos de arquivo electrónicos: manual para arquivistas, 2005, p. 23. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 10. Autenticidade Manutenção da fidedignidade dos documentos/informação após a utilização, transmissão e preservação a longo prazo.  Como transpor para o mundo digital os princípios que tão bem funcionam em ambiente analógico?  Como garantir a autenticidade dos objetos digitais? Se um documento apresenta todos os elementos formais desde a sua criação/recepção (autêntico), esse documento é aquilo que pretende ser (genuíno) e o seu conteúdo é de confiança (fidedigno). Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 11. Autenticidade e fidedignidade para quê?  apoiar as atividades da organização  fornecer prova  Como transpor para o mundo digital os princípios que tão bem funcionam em ambiente analógico?  Como garantir a autenticidade dos objetos digitais? No mundo digital impera a desconfiança Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde 2012
  • 12. Preservação da memória Produtores de informação Profissionais da informação Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde 2012
  • 13. “As questões relacionadas com a preservação da memória constituem um dos maiores desafios que os profissionais da informação devem enfrentar. Dado o volume incomensurável de Informação produzida e a rapidez com que a mesma se produz graças às facilidades da tecnologia é inquestionável que se torna impossível conservar tudo e a decisão sobre a conservação da memória deixou de ser um problema que se põe a posteriori ”. Ribeiro, Fernanda, Gestão da Informação/ Preservação da Memória na era pós-custodial: um equilíbrio precário, 2004, p. 8. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 14. Avaliação Apesar dos diferentes suportes, não há nenhuma diferença fundamental na avaliação da informação em suporte papel ou digital, uma vez que, ambos são avaliados de acordo com os valores administrativos, legais, probatório e informacionais no âmbito do contexto do sistema de manutenção de documentos em que foram criados. Seleção da informação a preservar de acordo com os objetivos da instituição e das necessidades da comunidade. Questão primordial da preservação digital Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 15. Concepção e implementação de sistemas de arquivo (NP-4438-2, 2005, p. 10) ciclo de gestão de informação - produção, captura e recolha de informação, o seu processamento/organização, a sua circulação, a sua avaliação, o seu armazenamento, o seu uso e disseminação Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 16. Normas  ISO 15489 (NP 4438-2)  Aplica-se a documentos em qualquer formato ou suporte, produzidos ou recebidos por qualquer organização pública ou privada no decurso das suas atividades.  Especifica os elementos da gestão de documentos de arquivo e define os resultados a atingir. Fornece uma metodologia para implementação. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 17. Normas  ISO 30300 / ISO 30301  Fornece uma abordagem sistemática e estratégica para a criação e gestão da informação como parte integrante dos processos de negócios das organizações, utilizando esses recursos de informação como parte dos objetivos estratégicos.  Contexto da organização;  Contexto de produção;  Contexto do documento.  Estrutura do MSR (Management Systems for Records) Fonte: Bustelo, Carlota e Ellis, Judith, What is ISO 30300? Who, when, where, why and how to implement, 2011. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 18. Benefícios da implementação de um MSR (Management System Records)  a) usa um modelo internacionalmente aceite para estabelecer e implementar política e objetivos;  b) integra a avaliação de riscos;  c) promove a melhoria contínua através da avaliação de desempenho e da implementação de processos de auditoria;  d) permite facilidade na confirmação de conformidade e na certificação de por parte de uma outra entidade independente;  e) integra o uso de MSR com outros padrões comummente utilizados MSS (Managment System Standards). Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 19. Benefícios de um controlo eficiente dos documentos:  a) eficiência nos processos de negócio;  b) cumprimento da legislação e regulamentação;  c) tomada de decisão eficaz;  d) eliminação de informação redundante e duplicados;  e) partilha de informação;  f) melhora o desempenho das TI;  g) recuperação de desastres e a continuidade do processo de negócio;  h) proteção em caso de litígio;  i) defesa dos direitos das partes interessadas (stakeholders);  j) conservação da memória institucional e/ou coletiva;  k) apoia a responsabilidade social. Controlo total da informação sobre a atividade da organização durante tanto tempo quanto for necessário para servir os seus propósitos. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 20. Interoperabilidade  Capacidade de dois ou mais sistemas (computadores, meios de comunicação, redes, software e outros componentes de tecnologia da informação) de interagir e de trocar dados de acordo com um método definido de forma a obter os resultados esperados.  Lei nº 36/2011 de 21 de Junho  Estabelece a adopção de normas abertas nos sistemas informáticos do Estado. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 21. Modernização Administrativa  Princípios fundamentais:  Desburocratização;  Transparência;  Racionalidade;  Simplicidade;  Eficiência;  Acesso;  Flexibilidade.  Estratégias:  Qualificação dos recursos humanos;  Orientação dos serviços para o cidadão;  … Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 22. Medidas de simplificação administrativa e legislativa e medidas de administração electrónica  A simplificação tem por objetivo:  melhorar a relação dos cidadãos com os serviços municipais;  reduzir os custos de contexto das empresas no seu relacionamento com estes serviços;  tornar o Município mais eficiente e, assim, tornar o concelho mais competitivo.  A estratégia de simplificação pode ser concretizada através de alguns objetivos genéricos:  diminuir o número de atendimentos presenciais;  reduzir tempos de espera;  minimizar o número de interações relacionadas com o mesmo processo;  prestar serviços na hora;  dar mais e melhor acesso à informação. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 23. “A digitalização e preservação da memória cultural da Europa, que inclui material impresso (livros, revistas, jornais), fotografias, objectos de museus, documentos de arquivos, material sonoro e audiovisual, monumentos e sítios arqueológicos (a seguir denominados «material cultural»), constituem um dos principais domínios visados pela Agenda Digital”. Até 2025 Até 2015 Digitalização de todo o Meta global património de 30 cultural da 2011 milhões de Europa Mais de 19 objetos milhões de digitalizados objetos Fonte: CE, Recomendações da Comissão sobre a digitalização e a acessibilidade digitalizados em linha de material cultural e a preservação digital, 2011. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 24. • Reforçar os incentivos ao desenvolvimento de material digitalizado proveniente de bibliotecas, arquivos e museus. • Disponibilizar em linha do material cultural torná-lo-á acessível aos cidadãos em toda a Europa, que o poderão utilizar para fins recreativos, educativos ou profissionais. • Reutilizar o material digitalizado para fins comerciais ou não comerciais (criação de conteúdos educativos e de ensino, documentários, aplicações para turismo, jogos, animações e ferramentas de conceção), desde que sejam plenamente respeitados os direitos de autor e os direitos conexos. • Limitar a utilização de marcas de água ou outras medidas de protecção visual intrusivas que diminuem as possibilidades de utilização do material digitalizado no domínio público. Portugal Nº de objetos na Europeana Fonte: CE, Recomendações da Comissão sobre a digitalização e a acessibilidade em linha de material cultural e a preservação digital, 2011. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 25. A informação digital inclui:  documentos digitalizados  aqueles que, por questões de acesso ou preservação, foram convertidos para um formato digital através de um qualquer processo de digitalização  documentos nado-digitais  Aqueles que criados originalmente em ambiente digital e o seu manuseio só pode ser feito nesse ambiente. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 26. Vantagens da digitalização  Economia efetiva de espaço;  Multi-acesso;  Distribuição mais rápida, dirigida e eficiente;  Identificação e gestão efetiva de objetos digitais;  Preservação da capacidade evidencial do documento.  Problemas  Deficiente planeamento  pontos de bloqueio e rutura total;  Preservação de objetos digitais;  Gestão de objetos digitais:  Identificação  Localização  Recuperação  Preservação da capacidade de prova  Insuficiente suporte tecnológico. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 27. Gestão de projetos de digitalização  Quais são os objetivos?  O que digitalizar?  Digitalizar os processos na íntegra?  Quais as tipologias informacionais a digitalizar?  Qual o formato e a resolução mais adequados?  Qual o equipamento necessário (software e hardware)?  Qual o esquema de metadados a utilizar?  Quais os recursos humanos necessários? Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 28. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 29. Cadeia de digitalização Fonte: http://www.library.cornell.edu/preservation/tutorial/technical/technicalA-01.html Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 30. Tipos de digitalização  Bitonal – um bit por pixel que representam o preto e o branco (documentos de texto);  Escala de cinza – múltiplos bits por pixel que representam tons de cinza (fotografias a preto e branco);  Cor (RGB) – Múltiplos bits que representam cores (documentos com cor). Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 31. Bit Depth  A profundidade de bits mede o número de cores disponíveis para representar a cor ou tons de cinza no original. A cada pixel é atribuído um valor que corresponde à cor/sombra que representa. Fonte: BCR, BCR’s CDP Digital Imaging Best Practices: version 2.0, 2008, p. 9. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 32. Resolução  A resolução, expressa em pontos por polegada (dots-per-inch), determina a qualidade da imagem.  Quanto maior for a resoluções da captura mais aumenta a informações obtida, bem como aumenta o tamanho do ficheiro.  A resolução deve ser ajustada tendo em conta o tamanho, qualidade e condições de utilização do objeto digital. PPI Fonte: BCR, BCR’s CDP Digital Imaging Best Practices: version 2.0, 2008, p. 10. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 33. Compressão  A resolução determina a qualidade da imagem, desta forma a qualidade pode ser afetada pelas técnicas e nível de compressão utilizadas  lossless compression – sem perda de qualidade (ex. TIFF);  lossy compression – com perda de qualidade (ex. JPEG).  Reduz o tamanho do ficheiro para processamento, armazenamento e transmissão. Fonte: BCR, BCR’s CDP Digital Imaging Best Practices: version 2.0, 2008, p. 11. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 34. Equipamento  Densidade ótica  A densidade ótica mede o “Brightest bright" e “darkest dark" que um equipamento pode capturar. Quanto maior for capacidade do scanner ou câmara em reproduzir alterações subtis de tonalidades (dynamic range), mais qualidade terá a imagem.  Scanners capazes de capturar uma maior profundidade de bits geralmente capturam uma maior densidade ótica.  Velocidade  A velocidade com que o equipamento pode captar imagens e transmiti-los para o computador é um fator importante a considerar para nos projetos de digitalização. As alegadas capacidades dadas pelos fabricantes devem ser cuidadosamente investigadas e testadas examinado os resultados no ecrã e em impressão Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 35. Armazenamento  Critérios a considerar  1.Custo  3.Interoperabilidade  Custo de instalação  Suporta nós de marcas  Manutenção e suporte/ano concorrentes  Prazo da garantia  Suporta discos de marcas concorrentes  Custo da solução para 1 TB  Disponibiliza interfaces de  Custo da solução para 10 TB programação  Custo da solução para 100 TB  Suporta conectividade NFS  Custo de cada nó (1 nó suporta  Suporta conectividade SMB vários discos)  Custo de cada unidade de controlo  4.Segurança de dados  Suporta RAID  2.Escalabilidade  Suporta backups  Número máximo de nós  Suporta replicação remota  Número máximo de nós por cada unidade de controlo  Capacidade máxima de cada nó  5.Facilidade de programação (número de discos)  Storage Virtualization  Limite máximo em TB de cada nó  API de controlo do número de réplicas  API de controlo dos processos de auditoria Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 36. Formatos adequados  A escolha de formatos de ficheiro deve ter em conta o resultado final com maior qualidade de digitalização possível e a disponibilidade de caminhos de migração para futura preservação da matriz digital.  Privilegiar a escolha de formatos abertos e independentes (ex: TIFF) em detrimento de formatos proprietários, isto é coberto por patente ou copyright (ex: Word, Excel), de modo a que diferentes configurações de hardware e software sejam capazes de os interpretar. Apesar de ser desejável o uso de formatos adequados à preservação a longo prazo serem adoptados na criação da informação digital, não é um imperativo. Podem ser convertidos posteriormente. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 37. Normalização A normalização tem como objetivo simplificar o processo de preservação através da redução do número de formatos distintos que se encontram num repositório de objetos digitais. A utilização de um número reduzido de formatos compatíveis permite:  Evitar futuras complicações a nível de direitos de autor ou pagamento de royalties (taxas de utilização);  A interoperabilidade entre sistemas distintos;  Uma estratégia de preservação seja aplicada de forma transversal a um grande número de objetos digitais;  A redução de custos e facilita a gestão e aplicação de eventos de preservação. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 38. Fonte: U.S. National Archives and Records Administration (NARA) Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 39. OCR (optical character recognition)  A utilização de software OCR permite extrair informação da informação digitalizada.  Reconhece as letras e os números que formam a imagem digitalizada, i.e. converte o texto impresso num formato legível pela máquina;  Permite procurar, indexar, converter formatos e outras operações de processamento. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 40. Marca de água digital  é essencialmente utilizada para a proteção da propriedade intelectual, anexando o copyright ao objeto;  identifica a fonte, criador, proprietário, distribuidor, ou consumidor autorizado de uma documento ou imagem;  Em caso de uso ilícito, facilmente se pode fazer prova de propriedade. A aplicação de marcas de água a um objeto digital significa a alteração dos bits, ao ponto de alterar ligeiramente a perceção do objeto Não é apropriada para a gestão de objetos digitais num ambiente É apropriada para um ambiente de controlado, tal como um arquivo ou um distribuição pública não controlada repositório preocupados com a integridade do objeto Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 41. Tratamento e digitalização de documentos do Arquivo Municipal de Ponte de Lima (POC)  Objetivos:  Ampliar o conhecimento do património arquivístico à guarda do Arquivo Municipal de Ponte de Lima alargando a outros públicos;  Facilitar o acesso a informações relativas às coleções e séries documentais tratadas e digitalizadas;  Conservar e preservar, a longo prazo, em boas condições físicas, toda a documentação do Arquivo Municipal de Ponte de Lima, evitando os prejuízos causados pelo seu manuseamento;  Fomentar o apoio à investigação científica e académica;  Sensibilizar a população em geral e mais concretamente os mais jovens para a conservação do património arquivístico, que constitui a herança cultural e/ou a memória coletiva, através da promoção de visitas de estudo ao Arquivo Municipal. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 42.
  • 43. Documentos digitalizados:  Livros de actas  Livros de registo geral  Colecção de pergaminhos  Colecção de cartas régias  Forais  …  Formatos:  300 dpi para as matrizes (TIFF) 188.676 imagens  200 dpi para consulta (JPEG)  72/100 dpi para as miniaturas (JPEG) Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 44. E-arquivos (QREN)  Objetivos:  Contribuir ativamente para a introdução de uma nova dinâmica na modernização administrativa:  ao nível dos serviços  desburocratização;  reengenharia de processos;  aumento da eficácia, eficiência, celeridade e transparência;  redução de custos.  ao nível da interação/comunicação entre o município e os munícipes. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 45. Tipologias informacionais digitalizadas:  Requerimento inicial  Planta de localização  Planta de implantação  Planta topográfica  Planta de condicionantes (PDM)  Planta de ordenamento (PDM)  Alvará de construção  Projeto de arquitetura (telas finais)  Alvará de utilização  Formatos  200 dpi para plantas  150 dpi para tamanho A4 4.780 Processos de Obras Particulares 51.137 imagens Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 46. circulação analógica Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 47. circulação digital Arquivo Municipal Câmara Municipal 10010010110 10100100101 Cidadãos e Organizações Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 48. “consiste na capacidade de garantir que a informação digital permanece acessível e com qualidades de autenticidade suficientes para que possa ser interpretada no futuro recorrendo a uma plataforma tecnológica diferente da utilizada no momento da sua criação”. Ferreira, Miguel, Introdução à preservação digital: conceitos, estratégias e actuais consensos, 2006, p. 20. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 49. Ambiente Ambiente analógico digital Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 50. “retirada do tranquilo limbo do ambiente tradicional, em que coexistia com pacíficos insectos e pergaminhos, a preservação aplicada ao universo digital tem conseguido finalmente despertar a atenção de todos os sectores profissionais na área da gestão da informação”. Barbedo, Francisco, Arquivos digitais: da origem à maturidade, 2005, p. 7. Preservação digital - DGARQ Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 51. Hardware Suportes de Obsolescência Software armazenamento tecnológica Formatos de arquivo Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 52. Fonte: Gracio, José Carlos Abbud, Preservação digital na gestão da informação: um modelo processual para as instituições de ensino superior, 2011, p. 63. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 53. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 54. Informação Preservação Memória digital digital • Fragilidade • Autenticidade • Memória física dos • Integridade colectiva e suportes • Fidedignidade institucional •Vulnerabilidade • Acesso do ambiente continuado digital • Obsolescência tecnológica Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 55. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 56. Fonte: Gracio, José Carlos Abbud, Preservação digital na gestão da informação: um modelo processual para as instituições de ensino superior, 2011, p.83. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 57. Migração  Transferência periódica de material digital de uma dada configuração de hardware/software para uma outra ou de uma geração de tecnologia para outra subsequente;  Centra-se na procura de formatos alternativos para representar o mesmo conteúdo intelectual que se pretende preservar;  Tem como principal objetivo garantir que a informação digital permanece compatível com as tecnologias atuais. Fonte: Ferreira, Miguel, Introdução à preservação digital: conceitos, estratégias e actuais consensos, 2006, p. 40. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 58. Encapsulamento  As soluções baseadas em encapsulamento procuram manter os objetos digitais inalterados até ao momento em que se tornam necessários.  Consiste em conservar, juntamente com a informação digital, toda a metainformação necessária e suficiente que permita futuramente desenvolver conversores, visualizadores ou emuladores. Preservação do bit stream original juntamente com metainformação capaz de garantir a sua futura interpretação Ferreira, Miguel, Preservação digital: conceitos, estratégias e actuais consensos, 2006. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 59. Emulação  Baseia-se na utilização de um emulador (software especial) capaz de reproduzir o comportamento de uma plataforma de hardware e/ou software, inicialmente incompatível.  É particularmente relevante em contextos em que o objeto a preservar se trata de uma aplicação de software. Fonte: Ferreira, Miguel e Ramalho, José Carlos, Preservação digital: das normas às boas práticas, 2008. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 60. Preservação da tecnologia  Criação de “museus de tecnologia” através da conservação e manutenção de todo o hardware e software necessários à correta apresentação dos objetos digitais.  Transferência para suportes analógicos  Conversão de documentos digitais em documentos analógicos, de forma a garantir o acesso à informação neles contida. Feita a transferência da informação, os esforços de preservação serão feitos em torno do documento analógico.  Arqueologia digital  Métodos de salvar conteúdos de suportes estragados, ou ambientes de hardware/ software obsoletos. Estratégia de recuperação em casos de emergência. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 61. Pedra Roseta digital  A Pedra Roseta, cujo texto está escrito em três línguas distintas (egípcio hieroglífico, egípcio cursivo e grego clássico) permitiu a descodificação de inúmeros textos egípcios encontrados em vários locais e suporte.  Reunir amostras de objetos que sejam representativas do formato que se pretende recuperar e que permitam inferir as regras necessárias para traduzir/converter o objeto original para um qualquer formato contemporâneo. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 62. Refrescamento  Consiste na transferência de informação de um suporte físico de armazenamento, para outro geralmente mais actual, antes que o primeiro se deteriore ou se torne irremediavelmente obsoleto.  Não é propriamente uma estratégia de preservação, mas deve ser considerado como um pré-requisito para o sucesso de qualquer estratégia de preservação digital. Repositório Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 63. Processos de preservação digital  Nível físico  Tecnologia de armazenamento de elevada disponibilidade;  Refrescamento de suportes;  Plano de contingência (recuperação perante desastres).  Nível lógico  Replicação local (backups);  Replicação remota.  Nível conceptual/semântico  Normalização dos formatos durante a ingestão;  Migração de formatos obsoletos;  Modelo económico (sustentabilidade económica/ orçamento anual).  Nível social  Todos os utilizadores têm de estar registados;  Toda a sua atividade é registada;  O sistema procura evitar a ocorrência de erros.  Nível económico Ramalho, José Carlos e  Modelo de sustentabilidade económica; Ferreira, Miguel, Sistemas de suporte à  Custos de preservação integrados no orçamento anual. governação electrónica: preservação a longo- Cristiana Freitas prazo de informação Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012 digital, 2008.
  • 64. Infraestrutura tecnológica  A preservação digital tem na infraestrutura tecnológica (hardware e software) um dos aspetos fundamentais para a preservação e acesso:  Definição de hardware e software ;  Sistema de armazenamento com alta capacidade e dispositivos de acesso adequados;  Estrutura de cópias de segurança (backup) confiável;  Sistema de redundância de base de dados e de hardware;  Sistema de deteção e recuperação automática de falhas;  Escolha dos suportes de armazenamento para preservação, backups e acesso;  Definição dos tipos, ou seja off-line e/ou online;  Estrutura de rede de computadores adequada para acesso dos utilizadores ao sistema de informação;  Sistemas de armazenamento com mecanismos de segurança, com senhas seguras para acesso à base de dados;  Definição de formatos de armazenamento lógico e físico. Gracio, José Carlos Abbud, Preservação digital na gestão da informação: um modelo processual para as instituições de ensino superior, 2011, p. 145. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 65. Aspectos a considerar na preservação digital  Aspetos técnicos, legais, administrativos e culturais;  Custo elevado das ações de preservação:  Recursos financeiros;  Recursos humanos. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 66. “O plano de preservação digital permite identificar as funcionalidades que devem ser implementadas e a forma de as implementar, para manter a integridade e usabilidade dos documentos de arquivo electrónicos ao longo do tempo.” DGARQ, Recomendações para a produção de Planos Preservação Digital, 2005, p. 6. Não é considerada, neste documento, a circunstância em que um produtor deseje criar um arquivo digital, orientado para a preservação de objetos digitais (OD) de conservação permanente e acessível a utilizadores externos à organização. Neste caso muitos outros requisitos serão necessários bem como recursos humanos e materiais indispensáveis para gerir esse tipo de função. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 67. Objetivos do Plano de Preservação Digital:  i) garantir que os documentos de arquivo eletrónico sejam conservados de forma legível e acessível, mantendo simultaneamente as suas propriedades de autenticidade e integridade durante tanto tempo quanto a organização deles necessitar;  ii) permitir identificar quais as funcionalidades que devem ser implementadas e a forma de as implementar, para manter a integridade e usabilidade dos documentos de arquivo eletrónicos ao longo do tempo. Barbedo, Francisco et al., Recomendações para a produção de planos de preservação digital, 2010, p.8. Fonte: Serra Serra, Jordi, Los documentos electrónicos: qué son y como se tratan , 2008, p. 112. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 68. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 69. Pré-requisitos  Plano de classificação;  Tabela de seleção;  Caracterização do sistema de informação e identificação dos requisitos dos documentos de arquivo eletrónico  Análise e caracterização do sistema documental e suas funcionalidades;  Análise das séries documentais.  Planeamento da estratégia de preservação  Definição das estratégias de preservação;  Definição de formatos de preservação;  Escolha de aplicações informáticas;  Escolha de soluções de armazenamento;  Escolha de metainformação. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 70. Ameaças a considerar  Falha do Hardware;  Falha do Software;  Erros nos canais de comunicação;  Falhas na rede;  Obsolescência;  Erros do operador;  Desastres naturais;  Ataques externos;  Ataques internos;  Falhas organizacionais e económicas. Fonte: Gladney, Henry M., Preserving Digital Information, 2007. p. 10 Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 71. Em suma, pretende-se:  Minimizar os riscos de perda irremediável da informação:  Adulteração da informação digital;  Definição de formatos não adequados na migração e refrescamento;  Alteração ou perda da estrutura dos documentos digitais originais;  Perda da informação e/ou metadados de conteúdos de preservação;  Obsolescência do hardware e Software. Garantir Autenticidade, a integridade e a fiabilidade da informação a Acesso continuado à informação preservar Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 72. Metadados?  Informação estruturada que descreve, explica, localiza, ou ainda possibilita que um recurso informacional seja fácil de recuperar, usar ou gerir. O termo metadados frequentemente designa dados sobre dados, ou informação sobre informação. ISO 15489-1 Descoberta de recursos Preservação Organização digital de recursos Função dos metadados Facilitação da Identificação interoperabili digital dade Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 73. A metainformação no contexto da preservação digital:  procura descrever o caminho percorrido pelos documentos digitais, desde a sua criação até à sua incorporação no repositório;  descreve o ambiente tecnológico que sustenta a correta apresentação dos objetos digitais (hardware, software e sistemas operativos);  assume também a responsabilidade de garantir a sua autenticidade;  inclui informação sobre todas as contingências legais que afetam os objetos digitais. Ferreira, Miguel, Introdução à preservação digital: conceitos, estratégias e actuais consensos, 2006, p. 54. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 74. Metadados de Preservação  descrevem e documentam os processos e atividades relacionados com a preservação dos objetos digitais; Metadados Metadados administrativos descritivos Metadados  reúnem informação detalhada sobre a de proveniência, autenticidade, atividades de preservação preservação, ambiente tecnológico e Metadados condicionantes legais dos objetos digitais; estruturais  descrevem o ambiente tecnológico necessário à correta execução e apresentação dos objetos Fonte: Ferreira, Carla, Preservação da informação digitais. digital: uma perspectiva orientada para as bibliotecas, 2011, p. 81 Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 75. Fonte: Barbedo, Francisco et al., RODA: Repositório de objectos digitais autênticos: relatório final, 2006, p. 13. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 76. O que são e como funcionam?  Um repositório digital é um sistema de informação responsável por gerir e armazenar informação digital, mantendo-a acessível e preservando-a.  preservar, num repositório digital, significa que se cumprem os seguintes objetivos:  os dados são mantidos no repositório sem serem danificados, perdidos ou adulterados;  os dados podem ser encontrados, recuperados e disponibilizados ao utilizador;  os dados podem ser interpretados e entendidos pelo utilizador (não basta preservar a bitstream que representa a informação preservada, o desafio reside em assegurar que os utilizadores podem aceder ao conteúdo tal como este foi depositado no repositório);  todas as condições referidas podem ser mantidas ao longo do tempo. Ferreira, Carla, Preservação da informação digital: uma perspectiva orientada para as bibliotecas, 2011, p. 72. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 77. No contexto da preservação digital, um repositório digital surge como uma importante infra-estrutura que providencia os mecanismos necessários para:  identificar de forma consistente os documentos;  uniformizar os formatos em que estes se encontram;  atribuir os metadados necessários para a descrição e localização dos documentos, gestão dos direitos de autor e documentação das alterações efetuadas aos documentos. Ações que garantem uma melhor gestão das mudanças tecnológicas e da aplicação das estratégias de preservação, com a automatização de processos. Ferreira, Carla, Preservação da informação digital: uma perspectiva orientada para as bibliotecas, 2011, p. 72. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 78. Arquitetura de um sistema de preservação Ferreira, Miguel, Preservação de longa duração da informação digital no contexto de um arquivo histórico, 2009, p. 57. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 79. Repositórios digitais de confiança (Trusted Digital Repositories)  Devem assegurar que os documentos sejam preservados tal qual foram depositados, ou seja, que se mantêm a sua autenticidade e integridade e que todas as operações de preservação levadas a cabo estão devidamente justificadas e documentadas. certificação confiança Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 80. Atributos e responsabilidades dos repositórios digitais de confiança (TRAC) Conformidade com o modelo de referência OAIS Responsabilidade (accountability) Responsabilidade de administrativa procedimentos Repositório digital de confiança Sistema de Viabilidade segurança organizacional Adequação Sustentabilidade tecnológica financeira Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 81. Modelo de referência OAIS • Definição de políticas •Estabelece de preservação digital relações entre a ; metainformação •Elaboração de planos e o material de preservação; preservado (AIP); •Monitorização do •Assegura a ambiente externo. localização do material; • Conservação da metainformação; •Permite a obtenção de relatórios e estatísticas sobre os conteúdos do repositório. • Armazena o material a preservar; •Guarda as representações • Verifica a digitais; integridade • Estabelece a ponte •Gera toda a estrutura de física, lógica e entre o sistema e a armazenamento; semântica; comunidade de •Garante que as representações •Valida a interesse (consumidores não são degeneradas por mau metainformação da material custodiado); funcionamento dos suportes (ou geração da • Facilita a descoberta físicos; mesma); e localização dos •Verifica a integridade; •Transforma o objetos digitais; •Oferece funcionalidades de SIP em AIP. • Prepara os mesmos salvaguarda e recuperação de para entrega ao dados em caso de desastre (RAID, consumidor (DIP). Back-up, replicação remota, etc.) Fonte: Ferreira, Miguel et al., Estado da arte em preservação digital, 2012. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 82. A Direção Geral de Arquivos enquanto Service Provider  RODA  O Repositório de Objetos Digitais Autênticos, desenvolvido pela DGARQ, visa desenvolver e promover uma solução tecnológica, ultimada na construção de um protótipo de repositório digital capaz de incorporar, descrever e dar acesso a todo o tipo de informação digital produzida no contexto da Administração Pública.  Estipula normas para efeitos de submissão/ingestão no que se refere aos formatos para cada tipo de objeto digital (texto com estrutura, imagens com estrutura, Bases de Dados relacionais, áudios e vídeos). Quaisquer outros formatos de Texto, Imagem, Bases de Dados, que se encontrem fora da listagem podem também ser aceites, mas sem qualquer garante de preservação Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 83. Rede Portuguesa de Arquivos (RPA)  Projeto da Direcção-Geral de Arquivos (DGARQ) que pretende assumir-se como um repositório da memória coletiva, através da divulgação do património arquivístico nacional.  A rede baseia-se na partilha de serviços e disponibilização de conteúdos de arquivo, articulando-se com outras redes de serviços materializadas em diversos portais, como o portal do cidadão, ou o portal da cultura, de forma a proporcionar serviços integrados ao cidadão.  Este projeto visa associar-se, a partir do Portal Português de Arquivos (PPA), a outras estruturas internacionais afins, como a EUROPEANA (Biblioteca Digital Europeia) e a APENET (Portal de Arquivos Europeu). Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 84. Fonte: FERROS, Luís Miguel, Extracção e concentração de metainformação distribuída por vários repositórios, 2009. p. 34. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 85. Integração do Portal Português de Arquivos (PPA) com a Europeana Fonte: FERROS, Luís Miguel Ferros et al., Digitarq e o novo modelo de interoperabilidade OAI-PMH, 2010. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 86. Documentos de apoio:  Colecções digitais: digitalização e preservação digital http://coleccoes-digitais.wikidot.com/ Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012
  • 87. Cristiana Freitas Seminário de CTDI – Vila do Conde – 20 Junho 2012